"ADVOGADOS DO DIABO": HERANÇA DA INQUISIÇÃO ?

tribunais secretos permitidos na maçonaria revelam o carácter conspiratório contra a democracia

Os tribunais da Inquisição instituíram-se, oficialmente como os primeiros tribunais na nova era europeia e ocidental. Nascidos numa época anterior ao Iluminismo, eram locais de pré-tortura, de amesquinhamento da mente humana, da preparação meticulosa do medo enquanto ferramenta de persuassão à prática de uma religião única e de uma obediência cega ao sistema de poder vigente. No fundo, não era muito diferente dos governos totalitários de direita e esquerda que exercem o medo social nos mais desfavorecidos como forma de manterem o seu poder corrupto, não democrático. Desde então, este modelo de tribunal, foi sendo alterado, actualizado e até “absorvido” pelos rituais das lojas maçónicas e dos Illuminati. As capas negras, as perucas do século XVIII, as máscaras maçónicas e dos Illuminati, a mesma demonstração poderosa de uma hierarquia fria e impassível que “esmaga” os culpados ou inocentes que se apresentam perante a tribuna. “Vigilantes”, juízes, magistrados, justiceiros, são nomes que adoptam os que se sentam na tribuna e determinam o futuro dos outros, como determinavam os deuses da antiguidade se os insignificantes indivíduos deviam ou não morrer em sacrifício de uma “causa maior” de um “bem comum” admitido, supostamente por toda a sociedade…

A expressão “advogado do diabo” deriva desta dubialidade da justiça, pois desde cedo, muitos destes juízes e “vigilantes” advogavam não a favor da verdade e da justiça, mas em prole dos interesses particulares das elites do poder, atacando os cidadãos individualmente, “pela lei”, pois atacá-los em grupo é seguramente mais difícil. Lúcifer compactua com as elites, que mantêm o povo a acreditar na redenção e salvação do “Senhor” enquanto eles se revestem de toda a materialidade e poder que o dinheiro permite. São, por esta razão, muitas vezes os tribunais, uma “válvula de escape” destes grupos, destas sociedades secretas, as mesmas que, desde tempos imemoriais garantem que o poder permanece nas mãos desta oligarquia de famílias poderosas. Nos dias de hoje, vemos retomar este poder bruto nos tribunais, salas de pré-tortura, locais de exercício de um poder esmagador, que na maioria dos casos ataca os pobres e salva os ricos, num claro exercício de justiça nada estranho às sociedades de direita dos anos 40 e cinquenta do século XX. As leis são o instrumento do Inferno, os tribunais os Purgatórios e os advogados (não todos, pois ainda existem alguns que lutam pela verdade e pela justiça) um resíduo da “Santa” Inquisição, que garantem a “purga” do réu e da sociedade…