«Em Inglaterra, o partido da extrema-direita, o BNP (British National Party), elegeu dois deputados e reuniu cerca de um milhão de votos. Jean Marie Le Pen, o negacionista vitalício do partido ultra-nacionalista francês, foi eleito outra vez. Um pouco pela Europa, a extrema-direita ganhou votos. Não esqueçamos, no entanto, que os ganhou em eleições livres. Por muito que não se respeite estes vencedores – que não merecem respeito – há que aceitar a decisão. Uma parte do eleitorado em Portugal apoia o moralismo censório de esquerda e outra parte em Inglaterra e noutros países, vê com agrado uma direita xenófoba. Tudo isto é perigoso, mas paradoxalmente necessário à democracia. Numa democracia em que se respeitam eleições e a liberdade de expressão é um valor que merece ser defendido há espaço para tudo. E esse espaço não é nem regrado, nem moderado, nem limpo. Após as eleições europeias, à entrada do Parlamento inglês, o líder do BNP foi agredido por uma multidão em fúria. Os primeiros sinais de protesto já se fazem sentir.» (in, http://jazza-memuito.blogs.sapo.pt/410858.html).
Contrariando uma série de normativas europeias publicadas há poucos anos contra o racismo, vemos agora a União Europeia apoiar incondicionalmente estes partidos de extrema-direita (com financiamentos de milhares de euros), que crescem exponencialmente por serem um "nicho de mercado" político ainda pouco explorado uma vez que foram fortemente desincentivados pela UE desde o início, pelo menos oficialmente. Perante o cenário de crise económica e forte descontentamento da população europeia, estes partidos terão tendência a encontrar cada vez mais apoiantes, tal como no passado aconteceu, para grande surpresa daqueles que sempre acreditaram na democracia. A história é cíclica e não haja dúvidas: a Europa caminha a passos largos, não para o federalismo sonhado, mas para uma oligarquia de poderosas famílias, seitas, sociedades secretas, máfias políticas e financeiras cujas hierarquias superiores defendem, inequivocamente principios fundamentalistas de extrema-direita ultra, os mesmos em que a Nacional Socialista de Hitler acabou por acreditar...