«Em apenas um ano, os bancos e instituições financeiras de todo o Mundo, os mesmos responsáveis pela crise que tantos países deixou à beira de um ataque de nervos, receberam mais verbas do que os países pobres em 49 anos. Uma denúncia que consta do relatório das Nações Unidas que faz o balanço do cumprimento das Metas do Milénio. Ao todo, ao longo de quase meio século, as nações em vias de desenvolvimento mereceram dois mil milhões de dólares em ajudas dos que mais podem, valor que fica aquém dos 18 mil milhões de dólares recebidos pela indústria financeira mundial. A informação foi tornada pública no dia em que arrancou, em New York, um encontro que reúne os representantes dos países mais ricos e dos mais pobres, e que conta na agenda com a discussão do impacto da pior crise económica sentida desde os anos 30 do século passado. Para os responsáveis pelo relatório que dá conta das Metas do Milénio, a atribuição de verbas aos que mais precisam nada tem a ver com uma questão de falta de recursos, mas sim de falta de vontade política. Por isso, o único pedido da ONU é "verdade" nos próximos encontros e que se cumpram as promessas feitas aos mais pobres». (in, Jornal Destak, 25.06.2009)
Se a esta notícia juntarmos a do julgamento de Bernard Madoff, no qual o seu advogado de defesa pede uns míseros 12 anos de prisão, para um homem que cometeu a maior fraude da história da bolsa e que levou à miséria milhões de pessoas em todo o mundo, não temos dúvidas que os economistas e os políticos andam a brincar com a justiça e com as pessoas, numa escala sem precedentes na história mundial...
