«O governador do Banco de Portugal, Vítor Constâncio, está no Parlamento para continuar a audição no âmbito da comissão de inquérito ao processo que levou à nacionalização do BPN. A Comissão Parlamentar de Inquérito ao chamado caso BPN ouviu as explicações de Vítor Constâncio sobre a intervenção do Banco de Portugal na instituição, e o governador deverá ser confrontado com o facto de vários administradores terem deixado a instituição antes de terminarem mandato sem que a supervisão os tenha convocado para perceber as razões do afastamento. Já na passada semana numa audição em que Constâncio respondeu às questões colocadas pelos deputados Miguel Macedo (PSD) e Honório Novo (PCP) o Governador do BP reconheceu que nenhum destes ex-administradores do BPN reportou ao Banco de Portugal as razões efectivas da sua denúncia. Refira-se que os administradores bancários têm obrigações para com a entidade de supervisão, pelo que as omissões podem implicar o incumprimento desse dever.»
«O governador vai ser confrontado com uma sequência de diapositivos preparados pelo BE. Através destes o deputado João Semedo vai mostrar ao governador parcelas de vários depoimentos das muitas pessoas ouvidas pela comissão de inquérito ao caso BPN nestes últimos meses. Nuno Melo, do CDS-PP, antes de ir ocupar o seu lugar de eurodeputado, já prometeu deixar para esta sessão a revelação de vários documentos sobre o caso. O deputado popular tem, aliás , sido o rosto mais combativo desta comissão de inquérito e já declarou ter material para ocupar várias horas deste novo encontro com Vítor Constâncio. Igualmente foi ouvido o Ministro de Estado e das Finanças, Teixeira dos Santos, o responsável político pela nacionalização do BPN.» (in, http://dn.sapo.pt/inicio/portugal/interior.aspx?content_id=1261911)