Portugal e Espanha não são excepção. Nos últimos anos Portugal assumiu uma posição de destaque no tráfico marítimo transatlântico, sobretudo cocaína, heroína e tráfico de pessoas. Portugal controla o Atlântico. Espanha o Mediterrâneo. A Europa "fecha os olhos" pois estes países de entrada são apenas o início de uma vasta rede de distribuição em que todos ganham. Por isso em Portugal temos assistido nos últimos anos à proliferação de inúmeras discotecas e casas de prostituição, com grande proximidade da costa, em sítios isolados ou ermos. O círculo vicioso é complexo. Nas discotecas distribui-se ou angariam-se clientes para festas privadas (raves ou afterhours). Aqui o sexo fácil é utilizado como estímulo ao consumo de drogas viciantes, primeiro gratuito, depois adquirindo o carácter de dívida em dinheiro, favores ou sexo. Paralelamente, o tráfico humano faz engrossar a rede de prostituição que interage com a rede da droga e do tráfico de armas. De Portugal saem os distribuidores grossistas em camiões ou espalhados em veículos particulares, mais dificilmente detectáveis. Vão directos a discotecas, casas de prostituição ou armazenam em locais seguros. Em Espanha, as máfias já são em tanta quantidade e etnicamente tão diversificadas que a polícia não tem qualquer controle nas redes de tráfico de todo o tipo. A prostituição em Espanha associada ao consumo de drogas como a cocaína e heroína é tão preocupante que pode estar em risco toda a geração de jovens entre os 10 e os 35 anos...! Sob o efeito das drogas a prática de sexo de alto risco é grande e o HIV tem proliferado a um ritmo alucinante nas novas gerações. A homosexualidade e bissexualidade, actualmente em grande expansão é igualmente fomentada pelas máfias, que lucram de todas as formas com estes grupos "consumistas" da "noite".
TERMINAL DE CONTENTORES: O TRÁFICO INTERNACIONAL DE DROGA
Com a produção de droga mundial a aumentar como forma de ultrapassar a crise internacional, as rotas internacionais de distribuição têm acentuado as suas movimentações. Cada vez existem mais políticos envolvidos, em África, América do Sul, Rússia, Países Árabes, EUA e Europa. A droga é hoje uma questão social, transversal a todos os sectores da sociedade. Constitui a principal fonte de rendimento de todas as máfias mundiais, que financiam partidos políticos e governos obtendo destes todo o tipo de favores. E precisamente um destes favores é, muitas vezes, a "vista grossa" a determinadas cargas transportadas em contentores e cujos fins ilícitos obrigam a avultados pagamentos. Hoje em dia, as empresas de gestão de cargas portuárias sofrem pressões políticas, das forças de segurança portuárias e das máfias... Muitas vezes, o que acontece é que se consegue um encontro de "vontades" em que todos ganham. E aqui é que está o problema. Desde o momento que se negoceie uma vez com as máfias, nada pode voltar atrás. Em muitos países da Europa, África, América do Sul bem como a própria Rússia fazem passar por portos internacionais, droga em estado puro e armamento em quantidades que muitos não acreditariam. Negócios chorudos entre os EUA, Rússia, China, Israel, França, Coreia, Japão e inúmeros países africanos, que trocam directamente armas, droga e diamantes, num complexo processo de moeda-troca e moeda-venda. Os rastos são apagados e para isso são envolvidos muitas vezes directamente ministros e governos.
A "noite" é uma organização sem cara, que chama a si a grande maioria dos jovens. Nela se iniciam em todo o tipo de vícios e crimes e a ela ficam para sempre ligados. Festivais de Rock, discotecas, moda, festivais de cerveja, rave's nas praias ou em descampados, festas privadas são o ponto de partida para uma viagem sem regresso. A taxa de suicídios entre os jovens está a aumentar seriamente (40% entre 2001 e 2006) em Portugal, segundo o World Drug Report 2009. Muitos agentes de investigação têm igualmente sido apanhados por estas largas redes, que pagam bem a quem se corrompe ao sistema, cada dia, mais alargado e expandido. Nesta perspectiva perguntam muitos: afinal qual o interesse tão grande do Governo de José Sócrates (que se diz tão amigo de Luís Zapatero - 1.º Ministro do país que comunga do mesmo "problema" de tráfico com Portugal) em defender um contrato de mais 27 anos a uma empresa, defendendo-a com todos os meios de que dispunha o Estado Português, num contrato selado altamente favorável àquela empresa, conforme afirmou o Tribunal de Contas no seu recente relatório sobre possível favorecimento contratual. Certo é que Portugal e Espanha, ambos liderados por socialistas convictos, conotados com os Bilderberg, com os Illuminati e com a Maçonaria, cujas ligações às redes das máfias e da banca internacional são por demais evidentes, controlarão TODA a entrada de droga e pessoas para a Europa Ocidental. Um caso a investigar...
(*) gráfico publicado no Jornal "i" de 28.08.2009