PORTUGAL, O PIOR DA UE EM AGRICULTURA

a agricultura que empregava pessoas de todas as idades está agora a extinguir-se aos poucos

Antes da entrada de Portugal para a CEE em 1986, tínhamos uma agricultura baseada a Norte na pequena propriedade, a Sul no Latifúndio. Os agricultores eram livres de vender particularmente, de se associarem em cooperativas ou de criarem ou participarem em empresas privadas de médios ou grandes grupos distribuidores. Havia produção, produtos de qualidade, saborosos e sobretudo havia liberdade de escolha. Hoje, a União Europeia impõem-nos cotas cada vez menores de produção, paga às cooperativas e aos agricultores para não produzirem. Obriga-nos mesmo a importar cada vez mais produtos de baixa qualidade (excedentes) vindos até de países tradicionalmente menos produtores e geograficamente distantes. Que lógica e gestão existe nisto?

Recentemente, segundo um relatório da CAP-Confederação dos Agricultores de Portugal, baseado no relatório da OCDE para 2009, o Ministro Jaime Silva é o grande responsável por os fundos comunitários destinados a recuperar alguma da nossa agricultura, não terem sido aplicados, muito simplesmente, porque não foram requisitados... Numa altura de crise e de falta de emprego em Portugal, isto deve-se a malvadez, estupidez ou incompetência pura...? Qual das três? Muitos dizem que as grandes empresas querem instalar-se, depois desta fase de ruína dos agricultores locais. Mas uma política destas arruinaria de vez com Portugal, um país tradicionalmente pobre em que esta actividade dá sentido a muitas pessoas que vivem no interior, longe dos grandes centros urbanos e que vêem na agricultura o seu único recurso de vida e de sobrevivência. Arruinar a agricultura de Portugal é levá-lo a mergulhar numa viagem sem retorno para as próximas décadas. É isto que pretendem a Europa, os socialistas e sociais-democratas europeístas? Infelizmente parece que sim...