"AUSTERIDADE É DEMAIS" GRITARAM PROTESTANTES À PORTA DO CONSELHO EUROPEU

é preciso demolir a UE como a UE está a demolir a sociedade europeia a favor da NWO 

Lisboa, Atenas, Madrid e Bruxelas foram alguns dos palcos europeus com manifestações contra a austeridade, em resposta ao apelo da Confederação Europeia dos Sindicatos. Em frente ao edifício do Conselho Europeu, em Bruxelas, a euronews ouviu algumas das vozes que protestam contra os novos esquemas de rigor a serem aprovados na cimeira da União Europeia, quinta e sexta-feira. “Construam uma outra política, a vossa política de austeridade não funciona e criou um abismo entre os cidadãos europeus e os dirigenats da Europa”, disse Claude Rolin, secretário-geral do sindicato CSC. “A Grécia está em défice, mas o equivalente a très vezes a dívida publica da Grécia está em bancos na Suíça. Logo, há formas de obter o dinheiro sem que sejam os trabalhadores a pagar por ela”, é a opinião de Michèle Dehaen, do sindicato CGSP. A correspondente da euronews em Bruxelas, Gulsum Alan, realça o extremar de posições: “Apesar de decorrerem manifestações anti-austeridade por toda a Europa, os líderes da UE vão assinar, esta sexta-feira, em Bruxelas, o novo do pacto orçamental. Mas os sindicalistas acreditam que esse tratado pode conduzir a Europa à recessão. “

NASA PREOCUPADA COM POSSÍVEL ROTA DE COLISÃO DE ASTERÓIDE COM A TERRA EM 2029

possível realidade ou procura de financiamentos da NASA?

Uma equipa internacional de astrónomos advertiu que a força gravitacional da Terra pode atrair um enorme asteróide na sua passagem perto do planeta em 2029 e modificar assim a sua órbita, o que poderia provocar uma forte colisão entre ambos alguns anos depois. Segundo o jornal britânico The Times, o asteróide, baptizado como 2004 MN4 e que passará a uma distância entre 24 mil e 40 mil quilómetros da Terra, não representa um perigo real por enquanto, mas se a sua órbita se desviar poderá colidir com o globo terrestre por volta do ano 2034. Veja a simulação do que pode acontecer às cidades e ao planeta perante um fenómeno desses: http://www.youtube.com/watch?v=bl96ztMw1FA.

CANNES E ÓSCARES MANIPULADOS PELOS GRANDES INTERESSES DA NWO

a manipulação de resultados dos festivais de cinema começa muito antes dos resultados finais

O filme francês “O Artista”, que fala sobre a passagem do cinema mudo para o sonoro, foi o vencedor da 84ª edição dos Óscares, realizada no domingo, no Kodak Theatre, em Los Angeles, ao conquistar os prémios de melhor filme, actor, realizador, guarda-roupa e banda sonora original, informou ontem a Reuters. “O Artista” fez também história, além de vencer na principal categoria, a de melhor filme, por ser a primeira produção sem a bandeira norte-americana a conseguir o título. O seu realizador Michel Hazanavicius foi eleito o melhor do ano. Jean Dujardin, que interpretou a personagem do famoso “artista” que se transforma num inadaptado na mudança do cinema mudo para os “falados”, foi distinguido com o Óscar para melhor actor. A extrema qualidade cinematográfica da película, a todos os níveis, é inegável. Mas não foi patrocinada apenas pelo seu produtor francês...

Por detrás de todo o espectáculo montado em Hollywood parece estar uma estratégia puramente comercial dos EUA, uma vez mais com "mãozinha" da CIA e das estratégias secretas da Casa Branca para que a indústria de Hollywood prevaleça em todo o mundo, por ser uma das maiores indústrias lucrativas daquele país. Costureiros famosos, jóias das melhores marcas, um espectáculo publicitário a todas as marcas da elite llluminati da NWO. Nos dois últimos festivais de Cannes, apareceram filmes premiados da grande máquina de produção norte-americana e arrebataram prémios naquele que era conhecido como o maior festival de "série B" da Europa. Uma forma dos EUA invadirem em força a produção cinematográfica francesa e europeia e assim esmagarem os realizadores mais "à esquerda", com menores recursos e maior criatividade. Como pagamento dessa estratégia para favorecer as produtoras mais ricas do mundo, a NWO obteve em troca o grande destaque de uma mega-produção belgo-francesa ao estilo de Holywood anos 20/30 onde todas as estratégias visavam claramente arrebatar o máximo de estatuetas e, sobretudo, dar nas vistas. Até o discurso do melhor actor foi pensado nessa estratégia de unificação, claramente preparado com antecedência. Esta grande produção teve o claro apoio da máquina produtiva de Hollywood e de mega-financiamentos da CIA. A NWO tenta assim a união cultural forçada entre EUA e Europa, ao mesmo tempo tentada por Merkel na política e na economia. Conseguirão enganar tantos milhões de pessoas?

KODAK FALIDA NÃO ESTEVE PRESENTE NOS ÓSCARES "AS ALWAYS"


na era digital, a maior empresa de revelação do mundo faliu. O que nos espera quando os gigantes caem?

A empresa Eastman Kodak, falida, viu o seu nome retirado da transmissão dos Óscares no domingo. Em vez de Kodak Theatre, como era conhecido desde 2002, o local onde ocorreu a cerimónia de premiação foi designado como Centro Hollywood e Highland, nome do complexo de edifícios onde o teatro se encontra inserido. A Kodak entrou com pedido de concordata no início do ano e, na quarta-feira passada, rompeu o seu contrato de patrocínio com o teatro. Em 2000, a empresa assinou um contrato de 74 milhões de dólares para usar o nome do teatro de Hollywood. Deveria permanecer até 2020, mas, com a lei de falência, pôde pedir a rescisão do documento. Agora, a Academia de Artes e Ciências Cinematográficas e o CIM Group, responsável pelo edifício, vão decidir se a cerimónia vai continuar a ser realizada neste teatro a partir de agora. A sofrer com a mudança maciça dos consumidores para a fotografia digital, a KODAK diz que o seu pedido de falência, que lhe dará protecção face aos credores, visa a obtenção de liquidez nos EUA e no estrangeiro para rentabilizar a propriedade intelectual não estratégica, resolver o passivo e, assim, permitir à empresa que se concentre nas linhas de negócio mais valiosas.

O pedido de falência não abrange as subsidiárias fora dos EUA, que vão continuar a honrar todas as obrigações, segundo se lê no comunicado que a empresa publicou no site. A empresa espera pagar salários nos EUA e manter os serviços aos consumidores. A Kodak tem estado com dificuldades financeiras crescentes, foi ameaçada de expulsão da Bolsa de Nova Iorque devido à brutal queda do valor das acções e obteve agora uma linha de crédito de 950 milhões de dólares, a ano e meio, do Citigroup. “A Kodak está a dar um passo significativo para completar a sua transformação”, disse o presidente executivo, Antonio M. Perez, citado no mesmo comunicado. O mesmo responsável realçou que o Capítulo 11 da Lei de Falências dos EUA, a que a empresa recorreu, lhe dá “as melhores oportunidades para maximizar valor em duas partes críticas” da sua tecnologia: “as patentes de captura digital, que são essenciais para uma vasta gama de aparelhos móveis e outros aparelhos de electrónica de consumo”, e as tecnologias de impressão e armazenamento de imagem, “que dão à Kodak uma vantagem competitiva” no crescente negócio digital. Mas a empresa tem sido criticada justamente por, há cerca de uma década, não ter iniciado com o vigor necessário a transição para o digital. “São uma empresa presa no tempo”, disse um professor da Universidade Reyrson de Toronto, Robert Burley, citado pela Bloomberg. “A sua história era tão importante para eles, esta rica história centenária em que fizeram muitas coisas espantosas e muito dinheiro pelo caminho. Agora a sua história tornou-se um passivo”, acrescentou. A Kodak, símbolo do capitalismo norte-americano, foi criada por George Eastman, que inventou o filme fotográfico, e chegou a Portugal em 1919. O primeiro produto da Kodak no país foi a câmara Brownie, lançada em todo o mundo, a um dólar, em 1900.

CENTRAL NUCLEAR DE CÁCERES A 100KM DE PORTUGAL PAROU POR PERIGOSO SOBREAQUECIMENTO

a falta de peritagens regulares tão comum na Europa pode levar a perigosos acidentes nucleares como o de Fukushima

A central nuclear de Almaraz II, em Cáceres, a 100 quilómetros de Portugal, parou ontem a produção por causa das altas temperaturas detectadas numa das bombas de refrigeração. De acordo com o Conselho de Segurança Nuclear espanhol (CSN), a paragem não programada do reactor justifica-se com “a presença de altas temperaturas numa das bombas principais de refrigeração do reactor”. “Como medida preventiva, e antes de alcançar um valor que obrigue a uma paragem automática do reactor, os responsáveis decidiram parar a central” e desligá-la da rede, acrescenta o CSN em comunicado. Este organismo garante que “os sistemas de segurança actuaram correctamente”. A paragem da central “não representa riscos nem para as pessoas nem para o ambiente e está classificada como o nível 0 na Escala Internacional de Ocorrências Nucleares (INES)”, conclui o CSN. A INES é uma escala com sete níveis definida pela Agência Internacional de Energia Atómica e pela OCDE, utilizada para divulgar à sociedade a gravidade de um evento nuclear. O acidente da central nuclear de Fukushima (Japão), em Março, foi classificado como nível 7 nesta escala, assim como a catástrofe de Tchernobil (Ucrânia), em Abril de 1986. Em Espanha existem seis centrais nucleares em funcionamento, num total de oito reactores (as centrais de Almaraz e Ascó têm dois reactores cada), segundo o Conselho de Segurança Nuclear. As restantes são Santa Maria de Garoña, Trillo, Cofrentes e Vandellós II. Uma central, José Cabrera, já foi definitivamente encerrada. Estas centrais produzem cerca de 20% da electricidade consumida no país.

PASSOS COELHO COMEÇA A USAR ÚLTIMOS "TRUNFOS" NA MANGA PARA DESCULPAR AUSTERIDADE

mentiu como os anteriores 1.ºs ministros e começa a usar "trunfos escondidos" para evitar perda de popularidade maior 

Passos Coelho diz que o País estava numa situação "muito pior" do que dizia o Governo socialista. O primeiro-ministro afirmou na terça-feira à noite que o Governo foi obrigado a aplicar mais medidas de austeridade para atingir os objetivos do défice para 2012 porque a situação era pior do que dizia o anterior Executivo. "Nós não dissemos que queríamos fazer baixar o défice mais depressa e que, por isso, íamos aplicar uma dose de austeridade maior, para conseguirmos eliminar esse problema profundo. Não, nós precisámos de ir mais além para chegarmos aos mesmos objectivos", disse Pedro Passos Coelho em Setúbal. Segundo Passos Coelho, só há "uma leitura" para o sucedido: "Se precisámos de ir mais além para chegar aos mesmos objectivos, é porque o nosso ponto de partida não era aquele que nos tinha sido comunicado pelo anterior Governo. Era muito pior". O chefe do Governo falava a cerca de duas centenas de militantes social-democratas, numa reunião partidária da Assembleia Distrital de Setúbal do PSD Satisfeito com a avaliação positiva do programa de ajustamento da economia portuguesa feita pela "troika" constituída pelo FMI (Fundo Monetário internacional), BCE (Banco Central Europeu) e Comissão Europeia, o presidente do PSD reconheceu, no entanto, que o país continua em "situação de emergência". "Quando o PSD ganhou as eleições e formou Governo com o CDS/PP, nós estávamos numa verdadeira situação de emergência nacional. Estávamos e estamos", acrescentou Pedro Passos Coelho, reconhecendo que "há muito trabalho por fazer, apesar das reformas estruturais já efectuadas, ou que estão em curso". "A 'história' que estamos hoje a fazer teria sido evitada se durante os últimos anos Portugal tivesse feito as reformas e não se tivesse endividado ao ritmo que se endividou.

CAVACO SILVA PELA PRIMEIRA VEZ FALA COMO PRESIDENTE AOS PORTUGUESES

o Presidente deixou de tomar medicação ou resolveu trabalhar, fazer aquilo para que foi eleito?

"É impossível impor mais austeridade aos grupos mais vulneráveis da sociedade", afirmou o Presidente da República, Cavaco Silva, em entrevista à TSF. "Há um conjunto que nós chamamos hoje os "novos pobres" que são aqueles que são mais atingidos por medidas que, não tendo em devida conta a especificidade de cada grupo, as atingem. É preciso olhar às pessoas", disse o Presidente da República. "Eu penso que esse é um conhecimento generalizado. É impossível impor mais austeridade a grupos como aqueles que eu acabo de referir", acrescentou. Ao longo da entrevista, Cavaco Silva referiu-se aos pensionistas, aos pequenos empresários, às famílias que sofreram reduções "abruptas" dos rendimentos ou que estão sobreendividadas. Presidente da República critica supervisão e agências de rating Na mesma entrevista em que lamentou que os líderes europeus se deixem "chantagear" pela agências de rating, defendendo que sejam regulamentadas, Cavaco Silva criticou a falta de supervisão na Europa "Não se critique apenas a Grécia, não se critique apenas a Irlanda, não se critique apenas Portugal, que podem ter tido as suas responsabilidades por terem ultrapassado alguns limites", a nível de desequilíbrio orçamental, de dívida pública ou de dívida externa. "O certo é que a supervisão multilateral não foi realizada por quem competia realizar com a eficácia com que devia ser realizada", considerou.

Cavaco Silva lamentou ainda que os líderes europeus se deixem "chantagear" pelas agências de rating que, defendeu, devem ser regulamentadas. "Surpreende-me como é que vinte e sete chefes de Estado e do Governo se deixam condicionar e até chantagear por três agências de rating norte-americanas". Cavaco Silva defendeu que é preciso uma regulamentação que garanta transparência nas agências de rating, e que resolva eventuais problemas de conflitos de interesse. Salientando que a "visibilidade tipo directório" da Alemanha e da França é "bastante negativa" para a Europa, pondo em causa a coesão e comprometendo as relações com o resto do mundo. "Está-se a tentar avançar num federalismo mitigado na área orçamental, na medida em que se procura reforçar a disciplina orçamental, a supervisão dos orçamentos dos Estados-membros, a coordenação das políticas económicas. Isto são passos no sentido federal. Mas estamos muito muito longe de um orçamento federal.", afirmou o presidente, lembrando que o Orçamento da União Europeia corresponde apenas a 1% do produto interno bruto Cavaco Silva considerou que a carta de Cameron "está incompleta", nomeadamente quanto ao que propõe para o crescimento económico, já que não defende políticas expansionistas aos países com excedente orçamental que permitam equilibrar a austeridade nos países do Sul e evitar que o crescimento seja "anémico". (in, Jornal de Negócios).

CONTRIBUINTES QUE PAGAM IVA OBRIGADOS A ABRIREM CONTA E-MAIL NOS CTT OU PAGARÃO MULTAS ATÉ 3.750€

Azevedo Pereira informou da medida anunciou multas até 3.750 a quem não o fizer...!

Os contribuintes do regime de IVA vão ser obrigados, já a partir de Abril, a ter um endereço electrónico nos Correios para receberem as notificações do Fisco. As empresas e contribuintes que estejam abrangidos pelo regime de IVA terão de, até final de Abril, utilizar obrigatoriamente a caixa postal electrónica para efeitos de notificações da Autoridade Tributária e Aduaneira (AT). Caso não o façam estarão sujeitos a multas que variam entre os 150 e os 3.750 euros. Estes contribuintes deixam assim de ser notificados através do ‘email' pessoal e passam a receber as comunicações do Fisco via caixa postal electrónica dos CTT. A possibilidade já existia, mas era voluntária. O Orçamento do Estado deste ano tornou-a obrigatória. Algumas empresas e contribuintes singulares enquadrados como trabalhadores independentes e que paguem IVA já foram avisados pelas Finanças: "A notificação electrónica passa a ser obrigatória para todos os contribuintes que sejam sujeitos passivos do IRC e do IVA", pode ler-se na nota enviada. Assim, as empresas e os contribuintes enquadrados no regime normal de IVA que tenham contabilidade organizada terão de criar a caixa postal electrónica até 31 de Março. Para os que se enquadram no regime normal trimestral de IVA o prazo vai até 30 de Abril. A medida inclui-se no processo de simplificação e desmaterialização das notificações aos contribuintes. Estes podem aderir à caixa postal electrónica através do portal da Autoridade Tributária e Aduaneira ou, no caso dos contribuintes que já têm caixa postal electrónica activa através da Via CTT, seleccionando como entidade a Autoridade Tributária e Aduaneira. No entanto, em qualquer dos dois casos, a adesão à caixa postal electrónica só estará concluída com a aceitação expressa no portal da AT, pelo que, mesmo os contribuintes que seleccionarem a entidade AT na Via CTT serão direccionados para o Portal das Finanças.

BANCO MUNDIAL: O ACTUAL MODELO DE CRESCIMENTO CHINÊS É INSUSTENTÁVEL

preocupado com a ameaça chinesa no mercado mundial Zoellick alerta para moderação da China

O presidente do Banco Mundial, Robert B. Zoellick, exortou hoje a China a "reformar" a sua economia, afirmando que o país "atingiu um ponto de viragem" e que o "actual modelo de crescimento "é insustentável". "A causa a favor das reformas é convincente porque a China atingiu agora um ponto de viragem no seu processo de desenvolvimento", disse Zoellick em Pequim, no lançamento do estudo "China 2030", elaborado pelo Banco Mundial e pelo Centro de Investigação e Desenvolvimento do Conselho de Estado chinês. Segundo Zoellick, o modelo de crescimento da China, assente em grande parte nas exportações, "não é sustentável". "Chegou a altura de estar à frente dos acontecimentos e adoptar grandes mudanças nas economias mundial e nacional", acrescentou. A economia chinesa cresceu em média cerca de dez por cento ao ano ao longo das últimas três décadas, sendo hoje a segunda maior do mundo, a seguir à dos Estados Unidos. "Os líderes chineses reconheceram que o modelo de crescimento do país, que teve tanto sucesso nos últimos trinta anos, necessitará de mudar e acolher novos desafios", disse Zoellick. O presidente do Banco Mundial considerou que a China tem agora "uma oportunidade" para "promover um crescimento inclusivo, sem danificar mais o ambiente" e "continuar o seu caminho para se tornar um responsável parceiro da economia internacional". Contudo, Zoellick advertiu que o referido estudo, apesar de patrocinado pelo governo chinês, deverá suscitar resistências por parte de pessoas com "interesses instalados" no modelo actual. "As reformas não são fáceis. Muitas vezes geram recuos", disse. O estudo recomenda nomeadamente o "redimensionamento do vasto e poderoso setor das empresas estatais", adiantou no fim-de-semana a imprensa oficial. Em 2011, o crescimento da economia chinesa abrandou para 9,2 por cento - menos 1,2 pontos percentuais que em 2010 - e este ano deverá continuar a abrandar. O crónico excedente comercial da China também diminuiu devido à queda da procura na União Europeia e nos Estados Unidos, os dois maiores mercados das exportações chinesas. (in, Jornal de Negócios)

SINDICATOS COMEÇAM A PREPARAR HOJE A GREVE GERAL DE 22 DE MARÇO

este Governo tem de cair rapidamente ou continuará a demolir tudo o que Portugal tinha de positivo

A coordenadora da Frente Comum de Sindicatos da Administração Pública considera que a semana de luta, que hoje começa, vai ser "um marco importante" para a preparação da greve geral de 22 de março. "A Frente Comum marcou esta semana de luta contra o agravamento das condições de trabalho na Administração Pública mas também com o objetivo de preparar e dinamizar os trabalhadores para a greve geral", disse à agência Lusa Ana Avoila. A semana de luta, convocada pela Frente Comum, tem a ver com a retirada de direitos aos funcionários públicos, a redução de salários e pensões e alteração do Regime de Contrato de Trabalho em Funções Públicas (RCTFP). "Os problemas dos trabalhadores do setor público e do setor privado são os mesmos: o aumento do custo de vida, os impostos, os problemas sociais. Por isso, esta semana de luta pode servir de preparação e para criar uma dinâmica para a greve geral, cujo objetivos se aplicam a tudo o que está a ser feito na Administração Pública", afirmou Ana Avoila. A semana de luta, que termina a 05 de março, incluirá vigílias, plenários e debates. O primeiro dia do protesto será ocupado com um debate sobre os efeitos das propostas do Governo na vida dos trabalhadores e nos serviços públicos.

PUTIN CRITICA POLÍTICA AGRESSIVA DOS EUA E DA NATO

para Putin as ofensivas da NATO e dos EUA estão a minar a paz e estabilidade do resto do mundo

O primeiro-ministro e candidato à presidência da Rússia, Vladimir Putin, considera que a política de segurança dos Estados Unidos e da NATO é nociva para o resto do mundo porque mina a estabilidade. "Os norte-americanos estão obstinados com a ideia de obter a segurança absoluta dos Estados Unidos, algo utópico e irrealizável, tanto no plano tecnológico, como geopolítico, e isto é precisamente a essência do assunto", escreve Putin num artigo hoje publicado no diário Moskovskie Novosti. No seu artigo, em que expõe o seu programa eleitoral no campo da política externa, Putin considera que os Estados Unidos e os países da NATO têm uma concepção muito particular sobre a segurança que difere de forma radical da posição de outros países como a Rússia e a China. "A invulnerabilidade absoluta para um país significa a vulnerabilidade total para o resto e não podemos compartilhar essa perspectiva", frisou. Putin sublinhou a postura dócil de muitos governos ocidentais face à estratégia de segurança norte-americana em numerosas ocasiões que não tem em conta os interesses nacionais ou regionais dos seus aliados. Ao explicar a sua posição, o dirigente russo deixa claro que, se voltar ao Kremlin, Moscovo defenderá a sua política externa do ponto de vista da sua segurança e interesses nacionais. "A Rússia chamará sempre as coisas pelos seus nomes de forma aberta", prometeu. Putin não escondeu também a sua preocupação face à crescente ameaça de uma guerra contra o Irão. "Se tal coisa ocorrer, terá consequências realmente catastróficas", advertiu.

O candidato a Presidente da Rússia propõe que se reconheça o direito do Irão "ao desenvolvimento do programa nuclear civil", incluindo o enriquecimento de urânio, a troco do controlo multilateral da Agência Internacional de Energia Atómica sobre todos os programas nucleares iranianos. O primeiro-ministro disse ainda estar de acordo em que os direitos humanos estão acima de tudo e que os crimes contra a humanidade devem ser punidos pela justiça internacional. "Quando se atenta contra a soberania nacional e se defendem os direitos humanos a partir do exterior, de forma seletiva, e, no processo dessa "defesa", violam-se os direitos de muitas pessoas, incluindo o direito à vida, aqui não se pode falar de missões altruístas porque, na realidade, é pura demagogia", considerou. Neste sentido, o primeiro-ministro russo critica a política do Ocidente em relação à Síria e põe em causa o êxito da "primavera árabe". Putin qualificou de "extremamente drástica, no limiar da histeria" a reação do Ocidente ao veto que a China e a Rússia impuseram no Conselho de Segurança da ONU ao projeto de uma resolução contra o regime de Bashar Assad. "Gostaria de prevenir os nossos colegas ocidentais da tentação de recorrer ao esquema simplista que usaram anteriormente, ou seja, forjar uma coligação de países interessados à margem da aprovação no Conselho de Segurança", acrescenta. "Ninguém tem o direito de assumir as prerrogativas e poderes da ONU, especialmente no que se refere ao uso da força em relação a outros Estados soberanos", frisou. Dirigindo-se diretamente à NATO, Putin acusa essa aliança de, nos últimos anos, ter realizado ações que não se enquadra no seu caráter "defensivo". Referindo-se ao alargamento da NATO, escreve: "não me deteria neste tema se esses jogos não se realizassem junto das fronteiras russas, se não pusessem em causa a nossa segurança e não influísse negativamente no mundo". (in, ionline).

ALBERTO JOÃO JARDIM CONTRA-ATACA MERKEL E PASSOS COELHO

Alberto João chamou a atenção para o facto de a Alemanha estar a dominar a Europa economicamente

Alberto João Jardim afirmou ontem que o país pode necessitar de mais ajuda financeira e considerou que Portugal precisa de medidas que coloquem a economia a crescer e não da prática de cortes "daqueles rapazinhos que estão lá no Governo". "Eu não sei se não será preciso ir reforçar este apoio estrangeiro, mas se a gente começa a reforçar e reforçar, vamos cair na mesma história daqueles problemas da Grécia", afirmou Alberto João Jardim no Faial, concelho de Santana, onde hoje visitou a XXI Exposição Regional da Anona. Perante dezenas de pessoas que se concentraram no adro da igreja local, às quais explicou as circunstâncias da dívida da Madeira que determinaram o pedido de ajuda financeira ao Governo Central - iniciativa que vai repetir pelo arquipélago -, o chefe do Executivo insular referiu-se à "última asneira" do ex-primeiro-mninistro José Sócrates "antes de sair", que foi ter fechado o acordo com a troika em 78 mil milhões de euros, "um quinto praticamente daquilo" que o país precisa. PS de Sócrates "roubou" a Madeira Sobre o PS de José Sócrates, Alberto João Jardim reiterou que roubou a Madeira: "Roubou-nos, tirou-nos o dinheiro que era nosso para dar a Lisboa e aos Açores", declarou. "Enquanto com o PS eles roubaram-nos, com estes conseguiu-se chegar a um acordo, embora eu também não ande aqui de mãos dadas com o Governo da República", avisou.

Na ocasião, Alberto João Jardim assumiu ainda ter "muitas dúvidas" em relação às medidas em curso no país e na Europa. "O que é preciso em Portugal é a economia crescer, é haver mais emprego, estas medidas que aqueles rapazinhos que estão lá no Governo em Lisboa estão a tomar - corta, corta, corta, corta, - uma economia onde corta, corta e que não cresce não gera impostos, não gera receitas, e é o que está a suceder na Europa", alertou. Para o presidente do Governo Regional, a Europa "precisa de imprimir mais moeda" de forma a "haver mais movimento comercial, fazer crescer a economia e o número de postos de trabalho". Grande disciplina financeira "Se fosse mandão lá na Europa, não era esta a política que fazia", afiançou, sustentando que o Governo alemão "gosta desta política" porque o país faz 80% das exportações "dentro da Europa", pelo que não lhe interessa que "os outros países cresçam muito".

Considerando que, embora tenha perdido a guerra, a Alemanha é "quem manda na Europa" e a sua política "é não deixar mais moeda em circulação" para evitar inflação, Alberto João Jardim insistiu: "Sem inflação não há hipótese de recuperar uma economia (...). De maneira que se me perguntarem se esta política está certa, para mim parece-me que não, não era a política que eu faria para recuperar o país, mas eles estão numa, eu estou noutra". Sobre o programa de ajustamento financeiro da região, o governante reconheceu que "vai obrigar a uma grande disciplina financeira", mas que a "sustentabilidade financeira ou era agora ou era nunca". "Eu quero deixar o Governo dizendo, está aqui a obra e estão aqui as finanças metidas na ordem", acrescentou. No final do discurso, Alberto João Jardim percorreu os espaços da exposição, onde antes do Partido Trabalhista Português defendeu a produção da anona e distribuiu panfletos sobre os seus benefícios terapêuticos. Ler mais: http://aeiou.expresso.pt/jardim-critica-rapazinhos-que-estao-no-governo=f707192#ixzz1nZln63Ac

BRUXELAS ESPERA RECESSÃO MAIOR EM PORTUGAL ESTE ANO

os resultados de políticas neo-salazaristas fora do seu contexto estão a afundar a economia portuguesa

Economia vai cair 3,3% este ano, pior do que esperado em Novembro e muito pior que a zona euro (-0,3%). Só a Grécia fará pior (-4,4%). Portugal vai sofrer uma recessão este ano na ordem dos 3,3%, de acordo com as previsões económicas da Comissão Europeia, hoje divulgadas em Bruxelas. Trata-se de uma contracção superior à de 3% prevista em Novembro último pelo executivo comunitário, e coloca Portugal numa recessão severa, bem longe da "ligeira recessão" europeia, que será este ano de -0,3%. Mais optimistas, o Banco de Portugal prevê um recuo de 3,1% e o governo 3%. No ranking de crescimento europeu, só a Grécia atinge uma marca pior, com um recuo de 4,4%, depois de ter caído 6,8% em 2011. A Espanha, o maior parceiro económico português destruirá este ano 1% da riqueza produzida em 2011, sendo o terceiro pior país nesta matéria este ano. Bruxelas atribui este recuo em 2012 aos "esforços adicionais de consolidação orçamental e à desalavancagem acelerada das famílias e das empresas". As exportações vão "sofrer" com a "desaceleração adicional da procura externa para os produtos portugueses no primeiro semestre". Sobretudo a procura vinda de países da zona euro, nota o relatório da Comissão, tendo em conta que 8 países dos 17 do euro estarão em recessão em 2012. E além disso, as condições de crédito nos mercados financeiros "deverão permanecer apertadas". Este é o segundo ano de recessão consecutiva em Portugal, depois da marca de -1,5% em 2011, agora confirmada de novo nestas previsões, que é 0,4 pontos percentuais, melhor do que a anterior projecção. Isto porque a queda no consumo não foi tão intensa como tinha sido esperada. Para 2013, a Comissão esperou em Novembro último uma ligeira retoma, com um crescimento de 1,1%, mas para esse ano anda não foram actualizadas as previsões.

SONDAGEM DA CATÓLICA É CLARA: MAIORIA DOS PORTUGUESES CONSIDERA QUE PASSOS COELHO ESTÁ A GOVERNAL MAL...!

quantos meses mais ainda temos de aturar as birras deste "betinho" incompetente e autoritário?

A maioria dos portugueses (62%) considera que o Governo liderado por Pedro Passos Coelho está a ter um mau desempenho. A sondagem da Universidade Católica para a RTP revela ainda que, apesar de descontentes com a actuação do Executivo, três quartos dos portugueses não encontram alternativa na oposição. A percentagem de portugueses que dá nota negativa ao Governo quase que duplicou face à última sondagem da Católica, em Setembro. Nessa altura 36% consideravam que a prestação do Governo era má e 32% elogiavam o seu desempenho. Agora 62% chumba a actuação do Executivo de Passos Coelho e 29% atribui nota positiva, o que revela que os que, em Setembro (com três meses de governação), não tinham opinião formada, agora criticam o Governo. Apesar das críticas, e de 40% da população achar mesmo que os sacrifícios impostos aos cidadãos (através, nomeadamente, do aumento de impostos) não levarão a bom porto, a grande maioria (73%) não encontra melhor alternativa em qualquer um dos partidos da oposição. A sondagem da Católica foi realizada nos dias 11 e 12 de Fevereiro. Foram obtidos 978 inquéritos válidos com uma margem de erro máximo de 3,1% .

PORTUGUÊS DESPEJADO NUMA RUELA ATÉ MORRER POR EMPRESA DE CONSTRUÇÃO NA BÉLGICA


António Nunes Coelho, 49 anos, vítima de ataque cardíaco depois de cair de andaime foi abandonado por estar ilegal

António Nunes Coelho, de 49 anos, ainda esteve vivo “entre 15 minutos a uma hora” depois de ter sido despejado pelo patrão e dois colegas da obra, numa ruela deserta de Bruxelas, onde estava a trabalhar ilegalmente. Depois de ter caído de um andaime, vítima de um ataque cardíaco, em vez de ser socorrido foi transportado de camião e abandonado num local deserto. As autoridades belgas investigaram o caso e a autópsia concluiu que o português foi abandonado ainda com vida, noticiou na terça-feira o jornal belga La Dernière Heure. O emigrante português, que vivia há 12 anos na Bélgica em situação legal, tinha sido despedido da empresa de construção belga Cassal há cerca de dois anos. Como não encontrava trabalho decidiu aceitar o que seria apenas um pequeno biscate não declarado como estucador, três dias por 500 euros. Levantou-se às cinco da manhã, entrou às 6h e, ao final da manhã, caiu de um andaime vítima de um ataque cardíaco. No estaleiro gerou-se o pânico e o responsável logo chegou para tratar do assunto, noticiou a imprensa. Só que o patrão, em vez de pedir socorro, chamou dois funcionários para ajudarem a transportar o homem para um camião. Depois de uma viagem de duas horas abandonaram o corpo numa ruela deserta de um parque de Bruxelas. De regresso ao trabalho, retomaram a obra. A imprensa noticiou o que se passou este mês, mas o corpo já foi encontrado a 12 de Novembro, por um transeunte.

O facto de ser sábado, um fim-de-semana prolongado, e o cadáver estar com roupas de trabalho sujas de tinta e gesso levantou as suspeitas da polícia que, depois de dois meses de investigação, localizou o estaleiro onde tudo se passou, da empresa EG-Batineuf. Foi aberto um inquérito por falta de assistência a pessoa em perigo, ocultação da cadáver. Estão em causa várias infracções laborais, como trabalho não declarado, ausência de documentação social, condições que colocam em perigo a segurança e a saúde dos trabalhadores. Segundo o site informativo Lusófonos na Bélgica o patrão já tinha sido condenado em 2011 por empregar mão-de-obra clandestina. O patrão da obra não só abandonou o operário como, nessa mesma noite, mandou um empregado pressionar a viúva, Lurdes Nunes, para que nada revelasse, oferecendo-lhe 10 mil euros para não ir à polícia, “e mais algum de tempos a tempos”. Lurdes, que vive em Bruxelas com 700 euros por mês, recusou a proposta diz o mesmo jornal. “Nunca iria aceitar aquele dinheiro sujo. Estou muito satisfeita com o trabalho da polícia.

Deixaram-no morrer e desfizeram-se dele como se fosse um cão”, afirmou ao La Dernière Heure, no início de Fevereiro. O português, natural de Ervedal (concelho alentejano de Avis) tinha pendente no Tribunal de Trabalho de Bruxelas um processo por despedimento abusivo. O irónico é que depois da sua morte se soube que a justiça lhe tinha dado razão, condenando a empresa a pagar-lhe 14 mil euros, a empresa recorreu. Segundo declarações de Rik Desmet, sindicalista da Federação Geral de construção FGTB, citado pelo site Lusófonos na Bélgica, o trabalho ilegal no país está a crescer: "Três quartos destas pessoas são originários de países lusófonos (portugueses, brasileiros, cabo-verdianos e angolanos). É muito difícil controlar este circuitos de tráfico humano, dado que eles trabalham em muitos locais diferentes. A construção é um sector onde os acidentes ocorrem com frequência. Se um trabalhador ilegal na construção tem um acidente, geralmente os chefes não sabem o que fazer temendo as multas".

ESTRANHO INCÊNDIO DE 5 VIATURAS EM MASSAMÁ, UM AVISO A PASSOS COELHO?

Passos Coelho que vive em Massamá ataca o povo português mas continua a viver numa zona de alto risco?

Um incêndio de origem desconhecida destruiu ontem à noite cinco carros em Massamá. As viaturas estavam estacionadas em frente a uma zona comercial. O alerta foi dado por volta das 20h00. Os bombeiros demoraram mais de uma hora a controlar o incêndio. A polícia está a investigar o motivo do fogo. Um vídeo amador mostrando a situação está já disponível no Youtube: http://www.youtube.com/watch?v=l68R2LWgEEg&feature=player_embedded. Depois da calorosa recepção a Gouveia, Passos Coelho já entrou claramente numa rápida espiral descendente de popularidade e favoritismo. (in, DN).

AFEGANISTÃO: TALIBÃS FAZEM APELO MUNDIAL AO ESPANCAMENTO E TORTURA DE TROPAS INTERNACIONAIS

em retaliação à queima do Corão pelas tropas norte-americanas no Qatar, a resposta é a vingança  

Os talibãs instaram hoje os afegãos a atacar, espancar e matar tropas internacionais para vingarem a alegada queima de exemplares do Corão numa base militar norte-americana, mas não suspenderam contactos com os representantes dos Estados Unidos no Qatar. O grupo encorajou os afegãos a não se cingirem somente a protestos, numa altura em que as manifestações antiamericanas se multiplicam um pouco por todo o país pelo terceiro dia consecutivo, após terem resultado em nove mortos na quarta-feira. Num comunicado, os talibãs incentivam os ataques contra os Estados Unidos: "Vocês devem atacar as forças militares 'invasoras' e os seus aliados, matá-los, raptá-los, agredi-los e dar-lhes uma lição para que nunca mais se atrevam a insultar o sagrado Corão". Na quarta-feira ao final do dia, o porta-voz dos talibãs, Zabiullah Mujahid, afirmou, em declarações à agência noticiosa AFP que a queima de exemplares do Corão não iria afetar os contactos com representantes americanos no Qatar. "Condenamos a profanação do sagrado Corão de forma veemente", disse o mesmo. Expulsos do poder, em 2001, pela coligação militar liderada pelos Estados Unidos, os talibãs lutam desde então contra o governo de Cabul e aliados da NATO presentes no país.

GRÉCIA DECIDE NO PARLAMENTO SEGUNDO RESGATE SOB FORTES PROTESTOS NAS RUAS

na Grécia o povo sem futuro protesta mais na rua do que na blogosfera 

O Parlamento grego abre nesta quarta-feira o debate sobre a aprovação do segundo resgate à Grécia estipulado pelo Eurogrupo, enquanto os sindicatos convocaram novas manifestações para protestar contra os cortes que acompanham a negociação. A previsão é de que a votação ocorra daqui a dois dias. Até lá, ocorrerão os debates dos dois projetos de lei fundamentais à aplicação do acordo de resgate à Grécia no valor de 130 biliões de euros no Parlamento. O primeiro dos dois projetos de lei prevê a adopção da troca de bónus com os credores privados, operação que deverá ser finalizada até 11 de março, e que representa o perdão de 107 biliões de euros da dívida helena. Já o segundo estabelece a redução das aposentações em 75 milhões de euros, uma das medidas adotadas para alcançar o corte de despesa total de 3,3 bilhões de euros neste ano de 2012 pactuado com a União Europeia (UE) e o Fundo Monetário Internacional (FMI). Esta medida representa redução de 12% nas aposentações superiores a 1,3 mil euros mensais. Os suplementos dos pagamentos de aposentação superiores aos 200 euros mensais serão reduzidos entre 10% e 20%. Por causa desses debates, os dois sindicatos maioritários, o GSEE e o Adedy, convocaram manifestações na Praça Sintagma, contra o Parlamento, para protestar pelos cortes nas aposentações e na mudança da legislação do trabalho. Ao mesmo tempo os sindicatos próximos do Partido Comunista manifestam-se na Praça Omonia. Em comunicado, o GSEE denuncia as reduções das aposentações como um "golpe de misericórdia nos aposentados e no sistema de protecção social". O site do Ministério da Justiça grego foi atacado nesta quarta-feira pelos hackers Anonymous que pediam a libertação de três estudantes do Ensino Médio detidos pela acusação de atacar páginas oficiais.

IRÃO AMEAÇA LANÇAR ATAQUES PREVENTIVOS EM CASO DE AMEAÇA EXTERIOR

as forças militares dos EUA na região estão a pressionar o conflito

Exercícios de defesa antiaérea, manobras militares ao largo do Golfo Pérsico, anúncio de novos progressos no nuclear e um contra-embargo petrolífero à União Europeia. O Irão multiplica nos últimos dias as respostas à pressão crescente da comunidade internacional sobre o seu programa nuclear. Os dois navios enviados nos últimos dias à Síria, deram meia volta e regressam agora ao país através do canal do Suez. Mas o número dois das forças armadas iranianas anunciou hoje que o país está disposto a lançar ataques preventivos em caso de ameaça grave. Declarações que coincidem com a visita dos inspetores da agência internacional de energia atómica a Teerão. Uma visita que para o porta-voz do governo iraniano, “não tem por objetivo inspecionar as centrais nucleares do país, mas apenas discutir sobre formas de colaboração entre o país e a Agência internacional”, antes do reinício das negociações entre o Irão, os membros do Conselho de Segurança da ONU e a Alemanha, suspensas há mais de um ano. Mas o petróleo é até agora a única arma utilizada pelo governo iraniano. Depois de ter anunciado um contra embargo à União Europeia, o país iniciou manobras militares junto à costa sul do país, no Golfo Pérsico. Um gesto que ameaça prosseguir a subida dos preços do petróleo no continente. A reportagem em: http://pt.euronews.net/2012/02/21/irao-ameaca-lancar-ataques-preventivos-em-caso-de-ameaca/.

GOVERNO ANUNCIA DESPEDIMENTO DE MAIS 20.000 FUNCIONÁRIOS PÚBLICOS JÁ ESTE ANO

o aumento exponencial de desempregados não vai ajudar Portugal, definitivamente, a sair da crise

O secretário de Estado da Administração Pública, Hélder Rosalino, anunciou que 17 a 20 mil pessoas vão deixar a função pública este ano, o que corresponde a uma redução de 3,2 por cento nos trabalhadores do Estado. A 31 de dezembro o número de funcionários públicos era de 512.424, adiantou o secretário de Estado, ressalvando que estes são números provisórios. Hélder Rosalino está a ser ouvido na Comissão de Orçamento, Finanças e Administração Pública, que decorre na Assembleia da República

CAMERON DEIXA DE FORA DO SEU MANIFESTO EUROPEU PORTUGAL POR TER ALINHADO COM MERKEL

Cameron e a Inglaterra estão fartos da incompetência da Chanceler alemã que não percebe nada de economia 

O primeiro-ministro britânico lançou «Um Plano para o Crescimento na Europa», que já tem a assinatura de onze outros chefes de Governo da União Europeia. O primeiro-ministro português ficou de fora do manifesto do primeiro-ministro britânico, David Cameron, porque "não está sintonizado", refere a edição de hoje do "Diário de Notícias". O jornal, que cita o site oficial do gabinete de Cameron, conta que em Janeiro passado o primeiro-ministro britânico e o seu homólogo italiano Mário Monti concordaram que "os seus países deveriam trabalhar juntos para desenvolver medidas práticas que desbloqueassem o potencial do mercado único". O manifesto, intitulado “Um plano para o crescimento na Europa” foi assinado por 12 primeiros-ministros europeus, tendo Passos Coelho ficado de fora. Segundo o DN, Passos nem sequer foi contactado, por ter sido considerado que não está "sintonizado" com as preocupações de Cameron e Monti.

STRAUSS-KAHN: O EXEMPLO DA ESCUMALHA POLÍTICA QUE LIDERA O MUNDO

excessivo poder sem fiscalização leva a abusos e corrupção mafiosa ao mais alto nível diplomático

O ex-director-geral do Fundo Monetário Internacional, Dominique Strauss-Kahn, passa a noite sob custódia numa esquadra de polícia em Lille, onde foi interrogado durante todo o dia no âmbito de um inquérito judicial conhecido como o “caso Carlton”. S egundo a imprensa francesa, a juíza de instrução Stéphanie Ausbart, titular do processo Carlton, foi chamada pela polícia judiciária ao final da tarde para ratificar o prolongamento da detenção de Strauss-Kahn durante a noite e até ao dia seguinte. DSK, como é tratado pelos franceses, acabou envolvido no escândalo depois de se confirmar que participou em várias orgias sexuais, tanto em Paris como também em Washington, a cidade que serve de sede ao FMI. A polícia já deteve oito indivíduos suspeitos de pertencerem à rede: dois deles são empresários com ligações ao Partido Socialista francês, e alegadamente responsáveis pela organização das chamadas “festas libertinas” e pelo pagamento das mulheres. Os dois amigos de Strauss-Kahn, Fabrice Paszkowski e David Roquet, terão pago as passagens de prostitutas que viajaram até à capital dos Estados Unidos entre os dias 11 e 13 de Maio do ano passado para uma dessas festas. No fim-de-semana seguinte, o ainda director-geral do FMI acabaria por ser detido num aeroporto de Nova Iorque, depois de uma camareira de hotel apresentar queixa por violação.

Strauss-Kahn desmentiu ferozmente qualquer ilícito e várias vezes manifestou interesse em ser ouvido “o mais rapidamente possível” para esclarecer o que classificou como “insinuações maliciosas” que não passavam de um “linchamento mediático”. Nesta terça-feira, nem DSK nem os seus advogados fizeram qualquer declaração. O ex-director do FMI e antigo ministro da Economia e Finanças do Governo socialista de Lionel Jospin, entrou na esquadra de Lille por volta das nove horas da manhã para uma sessão de interrogatório com quatro investigadores que acabou por se prolongar por todo o dia. O interesse dos investigadores é saber até que ponto DSK estava ciente que as mulheres que participavam nas orgias sexuais eram prostitutas pagas, e ainda se estava por dentro do esquema de financiamento fraudulento dessas “soirées” – várias delas no hotel Carlton. Através do seu advogado, o ex-director do FMI já indicou que não sabia que as mulheres com quem mantinha relações sexuais eram prostitutas – “Nessas soirées as mulheres não tinham roupa, e desafio quem quer que seja a distinguir uma mulher nua de uma prostituta nua”, disse o seu advogado Henri Leclerc. A justiça francesa contempla que um cidadão possa ficar detido para interrogatório, mediante aprovação de um juiz, por um período máximo de 96 horas. No fim desse prazo, terá de ser obrigatoriamente libertado – embora possa sê-lo já na condição de arguido. A lei não penaliza os clientes de prostitutas, mas DSK corre o risco de ser acusado por cumplicidade com proxenetismo e ou abuso de bens sociais sob a forma de receptação.

ESPANHÓIS DE VALÊNCIA PROTESTAM VIOLENTA E MASSIVAMENTE CONTRA VIOLÊNCIA POLICIAL NAS ESCOLAS

aos protestos aderiu a cidade de Valência em peso e a polícia carregou forte sobre os manifestantes

Milhares de cidadãos juntaram-se aos protestos em Valência, em nome da solidariedade para com os estudantes que se mantêm no local e que têm sido alvo das cargas policiais. Pais de estudantes, líderes políticos e representantes de organizações da sociedade civil condenaram já a acção policial e acusaram os agentes de respostas desproporcionadas contra os manifestantes. Jorge Férnandez Díaz, ministro do Interior, admitiu que pode ter havido “algum excesso” e “uma intervenção desproporcionada” por parte da polícia. Dos confrontos entre a polícia e os manifestantes resultaram 43 detidos e vários feridos. Tanto Mariano Rajoy, primeiro-ministro espanhol, como Alberto Ruiz-Gallardón, ministro espanhol da Justiça, já condenaram os protestos, defendendo que todos têm a liberdade de expressar-se e manifestar-se, mas lembrando também que a polícia tem uma missão a cumprir. O primeiro ministro espanhol disse que os valencianos não podem passar uma imagem de violência e que “é hora de fazer um esforço para regressar à tranquilidade”, acrescentando que “se todos agirem com peso e medida, esta situação não voltará a repetir-se”.

ESTADO PERDEU 222 MILHÕES EM RECEITAS DE IMPOSTOS RELATIVAMENTE AO ANO PASSADO

com as políticas reducionistas deste Governo, aumentará a Troika o que diminuirá ainda mais a receita...

O Estado arrecadou 2,6 mil milhões de euros em receitas fiscais, em Janeiro. São menos 222 milhões do que em igual período do ano passado, ou seja, menos 7,9%. Em Janeiro de 2011, as receitas fiscais aumentaram 15,1%, de acordo com os dados divulgados pela Direcção-Geral do Orçamento (DGO) através da Execução Orçamental. A contribuir para esta evolução estiveram os impostos sobre os rendimentos dos particulares (IRS), bem como das empresas (IRC), com a colecta a diminuir 4,5% e 61,3%, respectivamente. Enquanto do IRS o Estado conseguiu menos 43 milhões, do lado das empresas a quebra de receita foi de 138,6 milhões de euros. A DGO explica que esta quebra das receitas fiscais está relacionada com um episódio extraordinário observado em 2011, que foi a “antecipação generalizada da distribuição de dividendos ocorrida em Dezembro de 2010”. Excluindo este impacto, "a receita fiscal registaria um decréscimo de cerca de 1,6% face ao período homólogo de 2011, explicado pela variação negativa de cerca de 4,8% nos impostos directos e pela variação positiva de 0,5% nos impostos indirectos." Com estas evoluções, as receitas obtidas com os impostos directos diminuiu 18,8%. Já os impostos indirectos registaram um aumento de 0,5%. E para esta última evolução contribuiu um maior encaixe com IVA (5,7%), com o imposto sobre o tabaco (13,9%), bebidas alcoólicas (14,9%) e o imposto de circulação (23,3%). Já o imposto sobre veículos e o imposto de selo registaram quebras de 43,9% e 8,8%, respectivamente. O comportamento destas variáveis é ilustrativo do contexto nacional. Famílias com menores rendimentos, a taxa de desemprego em máximos históricos (14%) e empresas com menores vendas são a realidade actual, o que tem impacto directo nos impostos que o Estado consegue arrecadar.Partilhar

MÁRIO SOARES CHOCADO COM SUBSERVIÊNCIA DO GOVERNO À DEMOLIDORA TROIKA

Soares, considerado um socialista moderado já alertou várias vezes para as políticas pró-totalitaristas deste Governo

Mário Soares aconselha Passos Coelho a agir com "palavras simples" para contrariar "uma depressão colectiva que se está a generalizar". O antigo Presidente da República volta a lançar fortes críticas à ‘troika' por meter "o nariz em tudo, como se fossem os nossos patrões, só porque representam os que nos emprestaram dinheiro a juros inaceitáveis" e "fingindo que são nossos simpáticos dadores quando são implacáveis exploradores". "Sacrifícios, sim, se houver uma estratégia que os justifique, humilhações, não", escreve. Num artigo hoje publicado no Diário de Notícias, Mário Soares relata "uma depressão colectiva que está a generalizar" e um "descontentamento progressivo com tendência a transformar-se em revolta". O histórico socialista diz que Pedro Passos Coelho "não deve menosprezar esta perigosa situação" e aconselha o primeiro-ministro a usar "palavras simples e claras" para contrariar a ideia de "que quem nos governa é a troika". E escreve também que o Governo português "não deve ostentar perante ela uma subserviência chocante".

GOVERNO QUERIA BANIR PARA SEMPRE A TVI DAS REUNIÕES EUROPEIAS

o "terrível" segredo que revelou a hipocrisia política do obediente (até fez a vénia maçónica) ministro português

Portugal queria banir a TVI para sempre das chamadas tour de table, em Bruxelas, na sequência da conversa gravada e difundida entre os ministros das Finanças de Portugal e da Alemanha. Maria Rui Fonseca, porta-voz da Representação Permanente de Portugal junto da União Europeia (REPER), disse ao Expresso online ter agido “em articulação e segundo instruções do Ministério das Finanças”, explicando que estas decisões ficam aquém do defendido por Portugal: “A recolha de imagens pelas televisões devia acabar e passar a ser feita pelos serviços do Conselho, que posteriormente as distribuiriam”. E em relação à suspensão do jornalista da TVI, que ficará proibido de aceder à sala das reuniões ministeriais, a postura é semelhante. Maria Rui diz que se trata de uma decisão “infantil”, uma vez que a estação portuguesa tem “antecedentes” na matéria e “nada garante que não voltem a fazer a mesma coisa”. “A TVI devia ser banida para sempre do tour de table”, opina. Os serviços de imprensa do Conselho de Ministros da União Europeia decidiram na semana passada implementar regras mais restritivas para a recolha de imagens nos instantes que antecedem o início das reuniões ministeriais e suspender, durante um mês, o repórter de imagem da TVI responsável pela recolha das imagens da polémica.

A decisão foi tomada depois das pressões de Portugal, com o apoio da Alemanha e de Espanha. A REPER acusa a TVI de ter tido uma atitude semelhante em 2008, ao divulgar uma conversa de Rui Pereira, ministro da Administração Interna no governo de José Sócrates, Num vídeo já famoso, Rui Pereira aparece a fazer rasgados elogios à beleza de Carla Bruni, mulher de Nicolas Sarkozy, e a gracejar com o facto de o presidente francês ter de cuidar muito bem do seu aspecto para estar à altura da beleza da mulher. Qual adivinho, Rui Pereira terminou a conversa dizendo ao seu interlocutor que agora era perigoso falar dessas e de outras matérias por causa dos microfones direccionais. Maria Rui Fonseca diz que desde essa altura decidiu vedar o acesso da estação de Queluz de Baixo ao tour de table das reuniões do Conselho Europeu, em que participam os chefes de Estado e de governo dos 27: “No que depender de mim, a TVI não volta a recolher imagens em nenhum tour de table”. “Estamos de consciência tranquila. Fizemos o nosso trabalho”, afirmam por seu turno Pedro Moreira, o correspondente da TVI em Bruxelas, e António Galvão, o repórter de imagem visado pela decisão em causa. Numa declaração conjunta, os dois jornalistas manifestam ainda um desejo: “Esperamos que o facto da câmara da TVI não estar na sala ajude o Conselho Europeu a combater a recessão económica e o desemprego de 24 milhões de pessoas”.

VATILEAKS: A CONSPIRAÇÃO PARA MATAR O PAPA NESTE APOCALÍPTICO 2012

Ratzinger fazendo a saudação nazi enquanto jovem, durante uma missa

Já há quem chame Vatileaks ao novo desaire do Vaticano. Nas últimas semanas têm chegado à imprensa italiana supostos documentos confidenciais da cúria romana que dão conta da existência de conspirações nos corredores da Santa Sé. Um deles aponta mesmo para um estranho complô com o objectivo de assassinar o Papa Bento XVI e o próprio jornal do Vaticano, “L’Osservatore Romano”, já escreveu que o Papa, prestes a completar 85 anos, se transformou num “pastor cercado por lobos”. O primeiro golpe – como lhe chama o porta-voz da Santa Sé, Federico Lombardi – chegou através do jornal “Il Fatto Quotidiano”, que divulgou uma carta do cardeal colombiano Darío Hoyos endereçada ao Papa. Na missiva, escrita em alemão e enviada para o Vaticano a 31 de Dezembro com o selo de “estritamente confidencial”, o cardeal avisa Bento XVI de que uma conspiração estaria a ganhar forma dentro da cúria. Darío conta que, durante uma viagem à China, em Novembro do ano passado, o arcebispo siciliano de Palermo, Paolo Romeo, terá garantido que o Papa morreria “nos próximos 12 meses”. A intriga estender-se-ia também ao número dois da Santa Sé, o secretário de Estado Tarcisio Bertone.

Na carta, o colombiano alerta para “o grave perigo que corre o santo padre” e conta que o objectivo da conspiração será fazer chegar o actual arcebispo de Milão, o cardeal Angelo Scola, ao topo da Igreja. A carta está dividida em três partes. Na primeira, intitulada “Viagem a Pequim”, Darío fala no à-vontade com que o arcebispo terá contado detalhes da suposta conspiração. A segunda, com o título “O secretário de Estado Tarcisio Bertone”, faz alusão aos confrontos frequentes entre o Papa e o seu número dois – que, garante a imprensa italiana, tem arranjado diversos inimigos nos últimos seis anos. Na última parte, “A sucessão do Papa Bento XVI”, Darío revela que Scola deverá ser o novo líder da Igreja. O porta-voz do Vaticano, Federico Lombardi, já veio a público desvalorizar o assunto, afirmando que se “trata de divagações que não devem, de modo algum, ser levadas a sério”. Certo é que o arcebispo de Palermo já tem antecedentes: em 2006 tentou a nomeação para presidente da Conferência Episcopal Italiana, promovendo mesmo uma consulta junto de todos os bispos para ser eleito. Mas no final acabaria por ser desautorizado publicamente por Bento XVI.

Dias antes da polémica carta, o canal de televisão italiano “La 7” divulgava uma outra, alegadamente escrita pelo arcebispo Carlo Viganó, actual núncio apostólico dos Estados Unidos. No documento, igualmente endereçado ao Papa, Viganó, que é também o responsável pelo Governatore da Santa Sé, denunciava casos de alegada “corrupção” dentro do Vaticano e chegava a pedir a demissão do cargo. Tanto quanto se sabe, Bento XVI não lhe terá respondido. O Vaticano já reagiu à divulgação dos documentos para dizer que existe um caso Vatileaks, com o intuito de descredibilizar a Igreja. Num comunicado lido na Rádio Vaticano, Lombardi, porta-voz da Santa Sé, pediu “calma e sangue frio”. “O governo americano teve o Wikileaks e o Vaticano tem agora a sua Vatileaks, as suas fugas de documentos, que pretendem gerar confusão e dar uma má imagem do Vaticano e do governo da Igreja”, acrescentou. Lombardi aproveitou o tempo de antena para avisar “aqueles que acreditam conseguir abalar a Igreja com intrigas” de que estão “muito enganados” e lembrou ainda que é “muito natural” que existam “posições diferentes e diversificadas” dentro do governo da Igreja. os Lobos de púrpura Depois do consistório deste fim-de-semana, em que foram proclamados 22 novos cardeais, o Vaticano tem a pesada tarefa de limpar as consequências de um novo escândalo junto da opinião pública.

O alegado complô para assassinar Bento XVI vem pôr a descoberto as lutas de poder dentro da cúria romana – onde muitos parecem ansiosos pelo fim do papado de Bento XVI, debilitado e prestes a fazer 85 anos. As motivações dos “lobos vestidos de púrpura” para fazer cair o Papa são as mais diversas: desde 1978 que o maior lugar da Igreja não é ocupado por um italiano e alguns cardeais entendem que chegou a hora de isso acontecer; outros consideram que Ratzinger foi longe de mais ao tentar promover a transparência dos dinheiros da Igreja (ver texto ao lado) e cortar na permissividade em relação aos abusos sexuais de menores entre o clero. Demasiadas ambições para um octogenário introvertido, doente e cada vez mais sozinho, tendo em conta os confrontos com o seu número dois. A jogar contra o actual Papa está ainda ser muito diferente do seu antecessor, João Paulo II, o Papa polaco que durante 26 anos foi muito hábil em matéria de diplomacia e relações públicas dentro da Igreja. Conta-se que o anterior Papa, João Paulo II, foi uma vez questionado sobre quantas pessoas trabalhavam no Vaticano. “Mais ou menos metade”, respondeu ironicamente. Já Ratzinger tem sido visto como uma figura introvertida e obstinada.

Há dois anos, Bento XVI dizia, numa entrevista ao seu jornalista favorito, o alemão Peter Seewald, que quando um Papa “tem a clara consciência de que não está bem física e espiritualmente para levar adiante a função que lhe foi confiada, tem o direito e, em algumas circunstâncias, o dever de se demitir”. Por isso também já há quem especule, em Roma, que Bento XVI pensa demitir-se em Abril – mês em que completa 85 anos de vida e sete de pontificado. Por enquanto, a secretaria de Estado do Vaticano está empenhada em descobrir os autores das alegadas fugas de informação. Mas para alguns jornalistas vaticanistas é certo que os responsáveis fazem parte de uma ala obscura do Vaticano que não estará particularmente interessada em que se faça uma limpeza às contas do banco da Santa Sé – algo em que o Papa Bento XVI parece estar fortemente empenhado nos últimos tempos. As fugas de informação referentes a este caso referem ainda as ligações do banco do Vaticano, o Instituto de Obras Religiosas (IOR), ao fecho do Banco Ambrosiano, há cerca de 30 anos. O IOR já garantiu que se vai adaptar às regras da União Europeia sobre transparência financeira até Junho. (in, Jornal i)

DOIS ASSALTANTES ROUBAM 85.000 EUROS DO BINGO DO BOAVISTA

Portugal deixou de ser um país seguro devido à corrupção e máfias dos políticos

Ameaçado com arma por dois encapuzados, um funcionário do Bingo do Boavista, no Porto, foi obrigado a abrir o cofre e a entregar 85 mil euros. Ficou sequestrado na caixa-forte durante quatro horas. Na mira dos assaltantes esteve um adjunto do chefe de sala, de 50 anos, que estava na fase final do turno, na madrugada de ontem. Pelas 2.40 horas, ouviu um barulho na porta da garagem do edifício, na Rua de Belos Ares. "Como o meu carro estava estacionado em frente, fui ver o que se passava. Só abri um bocado a porta e um deles apontou-me logo uma pistola. Tentei fechá-la, mas o outro meteu um pé e impediu", contou o funcionário, ao JN.

GREVE DA CP NO DIA DE CARNAVAL CORTA 81% DOS COMBOIOS

em protesto contra a perda do feriado acordado nos contratos de trabalho da empresa

A greve dos maquinistas da CP no dia de Carnaval deverá levar a empresa a realizar apenas os 162 comboios definidos como serviços mínimos pelo tribunal arbitral, um número que corresponde a cerca de 19 por cento da oferta prevista. Na terça-feira, os maquinistas da CP voltam a parar, no âmbito da greve ao trabalho em horas extraordinárias, dias de descanso semanal e feriados que têm em curso, uma vez que o Acordo de Empresa considera o dia feriado. A porta-voz da CP, Ana Portela, disse à Lusa que a empresa tinha programado para aquele dia a realização de 841 comboios, sendo que os serviços mínimos apenas abrangem a realização de 162, «o que corresponde a cerca de 19 por cento da oferta» prevista pela transportadora ferroviária. A responsável salientou, no entanto, que «se a empresa puder fazer mais comboios certamente não deixará de fazê-los». Os serviços mínimos decretados pelo tribunal arbitral «correspondem, nos serviços urbanos de Lisboa e do Porto, a um pouco mais de 20 por cento da oferta que seria normal e nos serviços de longo curso e regional a cerca de 15 por cento», detalhou Ana Portela.

A responsável alertou para o facto de, à semelhança de greves anteriores, o impacto poder começar a fazer-se sentir no dia anterior. «O impacto deverá começar a fazer-se sentir mesmo ao final de segunda-feira, já depois da hora de ponta», disse, acrescentando que, «nos serviços urbanos, a partir da 21:30/22:00 é expectável que deixem de se realizar comboios». A circulação voltará à normalidade na quarta-feira: nos serviços urbanos de Lisboa e do Porto o serviço deverá estar normalizado à hora de ponta, enquanto nos regionais e de longo curso «podem registar-se atrasos ou supressões ao longo do dia». A greve ao trabalho em horas extraordinárias, dias de descanso semanal e feriados foi decretada pelo Sindicato Nacional dos Maquinistas (SMAQ) no início de Janeiro e prolonga-se até final deste mês. O SMAQ, que já tinha cumprido vários dias de greve com a duração de 24 horas no período do Natal, contesta os processos disciplinares alegadamente ilegais interpostos pela CP pelo incumprimento de serviços mínimos em paralisações anteriores.

CARNAVAL DE PASSOS COELHO "ESTRAGADO" DEPOIS DE VAIADO EM GOUVEIA

depois de Cavaco não sair do seu "palácio" com medo dos estudantes, Passos foi vaiado e sentiu a força do Carnaval do povo

Passos Coelho garantiu depois que enfrentou "com naturalidade" o grupo de manifestantes que contestou as políticas do Governo, junto ao mercado. Passos Coelho falava aos jornalistas no final de uma visita à feira do queijo da Serra da Estrela e de artesanato, em Gouveia, após ter sido vaiado por sindicalistas, elementos de uma comissão de utentes contra as portagens nas autoestradas da região e alguns populares. O primeiro-ministro, no meio de muito ruído e de assobios, ainda tentou chegar à fala com os manifestantes, mas não conseguiu, embora tenha dialogado com alguns populares que lhe apresentaram criticas à sua governação. "Há muitas ocasiões em que as pessoas expressam a sua insatisfação, muitas vezes apenas o descontentamento, para mostrarem que têm dificuldades e que estão a viver com dificuldades, disse o primeiro-ministro, acrescentando que gosta de se inteirar "dessas situações" e de estar ao pé das pessoas para lhes dizer que sabe bem quais são as dificuldades que todo o país atravessa. Referiu que é "obrigação" do primeiro-ministro "ouvir o que as pessoas têm para dizer, mesmo quando comunicam as suas dificuldades". Questionado sobre a sua atitude ser diferente da assumida pelo Presidente da República, Passos Coelho disse que não respondia a perguntas sobre Cavaco Silva, por quem tem "um grande respeito". Disse também esperar que as pessoas "saibam distinguir a posição do Presidente da República, porque tem sido de uma relevância muito grande para a estabilidade que temos tido em Portugal", lembrando a negociação do Orçamento e o acordo de concertação social. "Eu tenho tido, da parte do senhor Presidente da República um apoio, uma cooperação política como lhe compete, muito relevante para o país", garantiu.

ALEMANHA: MAIS UM PRESIDENTE NO SEIO DA EUROPA NÃO ELEITO PELO POVO

 apesar do seu mérito, este novo Presidente é mais um "não-eleito por voto" no seio da Nova Europa de Merkel

A chanceler Angela Merkel disse à sua coalizão e à oposição que concordou neste domingo com a nomeação do ex-ativista da Alemanha Oriental, Joachim Gauck, o candidato consensual para se tornar o próximo presidente da Alemanha. A decisão foi tomada depois da renúncia de Christian Wulff do cargo na sexta-feira por causa de um caso de corrupção e após membros do próprio partido conservador de Merkel derrubarem suas objeções a Gauck, de 72 anos. Merkel, que cresceu na comunista Alemanha Oriental e que, como Gauck, é protestante, chamou o popular pastor de um "verdadeiro professor de democracia" que ajudou o país a se integrar depois da reunificação em 1990. "Este homem pode oferecer um importante impulso para os desafios de nosso tempo e do futuro," disse ela depois de um encontro com representantes de seu governo de centro-direita e da oposição no centro de Berlim neste domingo à noite. Gauck era candidato da oposição social-democrata e dos Verdes em junho de 2010 contra Wulff, um ex-primeiro-ministro de estado cristão-democrata, escolhido a dedo por Merkel como uma espécie de árbitro moral para o país.

Apesar do forte apoio de Merkel, Wulff só foi eleito na terceira rodada de votações - um conturbado começo de uma Presidência arruinada. A oposição apoiou Gauck nessa ocasião, assim como após a decisão de Wulff de renunciar. Apenas o partido de extrema esquerda Die Linke, que inclui muitos comunistas da antiga Alemanha Oriental, disse que suspenderia o apoio quando o presidente for eleito em março. Os conservadores estavam a princípio relutantes em apoiá-lo por verem nisso uma perda de identidade e um presente político para a oposição, mas seu desejo de pôr fim a um capítulo danoso prevaleceu no final. A vitória de Gauck está agora assegurada com uma clara maioria de apoio na assembleia dos deputados e lideranças que escolhe o presidente. Um Gauck visivelmente emocionado, que a maioria dos alemães considera que pode recuperar a credibilidade do posto depois da série de escândalos de Wulff, disse que está profundamente honrado por ter sido nomeado. "Este é um dia muito especial para mim, mesmo em uma vida na qual tive várias," disse a jornalistas. Ele ressaltou o fato de alguém nascido durante a II Guerra Mundial e que viveu 50 anos sob uma ditadura ter chegado à chefia do Estado.

Gauck, que não é filiado a um partido, disse que quer ajudar os alemães a recuperar a "fé em sua própria força" frente à crise da Eurozona. Gauck nasceu em janeiro de 1940 em Rostock (noroeste) e optou por seguir a vida de pastor da Igreja Luterana, sendo testemunha de detenções arbitrárias em sua paróquia. Em uma RDA onde as igrejas desfrutavam de certa tranquilidade, Gauck utilizou sua posição para defender os direitos humanos. Durante as primeiras manifestações contra o regime comunista em 1989, que terminaram com a queda do Muro de Berlim em novembro desse ano, Gauck tornou-se porta-voz da formação opositora Novo Fórum de Rostock. No dia 3 de outubro de 1990 foi escolhido para dirigir o centro encarregado de conservar e explorar os arquivos da Stasi, a polícia secreta da RDA. Ocupou o posto durante 10 anos e foi elogiado pela maneira como tentou unir justiça, verdade e reconciliação. Os partidos cristãos (CDU/CSU) de Merkel e seu aliado liberal (FDP), o Partido Social Democrata (SPD) e os Verdes contam com uma cômoda maioria para que Gauck seja eleito. Gauck será oficialmente eleito por uma assembleia federal composta por deputados da Bundestag e por delegados do mundo político e da sociedade civil escolhidos pelos parlamentos regionais, uma eleição que se deve ser realizada antes de 18 de março.

ESPANHA EM PESO CONTESTOU REFORMAS LABORAIS DO PP

Espanha promete lutar contra a implementação da extrema-direita e das suas políticas anti-sociais 

Grandes manifestações são primeiro grande desafio às mudanças impostas pelo governo Rajoy Dezenas de milhares de pessoas desfilaram nas ruas das grandes cidades espanholas em protesto pela reforma laboral do governo do PP, que entre outras medidas reduz as indemnizações por despedimento. A nova lei flexibiliza o mercado de trabalho para empresas que estejam três trimestres a perder receitas e a contratação coletiva perde influência.. A Espanha tem um desemprego recorde de 23,5% e muitos economistas culpam a rigidez da lei. Os protestos foram convocados pelas centrais sindicais e reuniram, segundo números sindicais, meio milhão de pessoas em Madrid e 450 mil em Barcelona. Desfilaram também os "indignados" (movimento 15-M) e os protestos contaram com a presença de delegações socialistas. Nos cartazes podia ler-se que a reforma laboral é "injusta, ineficaz e inútil". Os sindicatos dizem que a reforma laboral vai apenas aumentar o desemprego, ao facilitar os despedimentos, e ameaçam prosseguir a luta com uma greve geral. Em resposta a este primeiro desafio político de grande envergadura, o primeiro-ministro Mariano Rajoy disse que a reforma laboral "é justa e necessária". Os conservadores afirmam que têm um mandato reformista e que as novas leis laborais são necessárias para os milhões de espanhóis sem trabalho.

EMPRESAS PAGAM AOS SEUS FUNCIONÁRIOS COM SUBSÍDIOS QUE DEVIAM PAGAR À SEGURANÇA SOCIAL

esta fórmula há muito utilizada pelas empresas constitui uma grave burla da parte dos empresários 

A Segurança Social notificou, no final de Janeiro, 481 empresas para que estas devolvam quase 11 milhões de euros que o Estado gastou indevidamente com "lay-offs" e subsídios de desemprego, escreve hoje o Jornal de Notícias. Segundo o diário, estas empresas enganaram o Estado conseguindo assim receber financiamento público indevido para reduções temporárias ou permanentes do número de trabalhadores. O "lay-off" constitui um redução temporária dos dias de trabalho em que segurança social e as empresas pagam a meias dois terços do salário do trabalhador que assim fica em casa, e pode trabalhar para outra empresa. Várias empresas reportaram informação errada ou não chegaram sequer a concretizar o lay-off que comunicaram à segurança social. No caso do subsídio de desemprego a maior parte das ilegalidades foram constituídas por empresas que ultrapassaram o número de despedimentos com direito a subsídio de desemprego. A Lei portuguesa impõe um limite aos despedimentos subsidiados, caso uma empresa não seja declarada em reestruturação. Ultrapassado o limite, um trabalhador mantém o direito ao subsídios, mas é a empresa que o suporta. Também aqui vários empresários violaram a Lei. A Segurança Social pede assim a devolução de 10,7 milhões de euros às 481 empresas, escreve o JN, que salienta que o maior número de dívidas e empresas está no Norte do país. O Porto ocupa a primeira posição com 3,8 milhões de euros, segue-se Lisboa com 2,4 milhões e Braga com 1,1 milhões.

CENSURA À TVI NA UE PELA DIVULGAÇÃO DE CONVERSA PARTICULAR ENTRE VÍTOR GASPAR E MINISTRO ALEMÃO

revelar as verdades foi fatal para os jornalistas que fazem bem o trabalho de informar a opinião pública 

O repórter de imagem da TVI fica proibido de recolher imagens por um período ainda indeterminado, mas que poderá ir além de um mês. Os serviços de imprensa do Conselho Europeu suspenderam o repórter de imagem da TVI, António Galvão, que gravou a polémica conversa informal entre o ministro das Finanças, Vítor Gaspar, e o homólogo alemão sobre a disponibilidade de flexibilização do programa de ajuda financeira a Portugal. O jornalista suspenso fica, assim, proibido de recolher imagens por um período ainda indeterminado, mas que poderá ir além de um mês. Os mesmos serviços, que são responsáveis por estipular os termos do trabalho da comunicação social em Bruxelas, fixaram ainda regras mais apertadas para a gravação de imagens antes das reuniões ministeriais. A decisão surge depois de a estação de Queluz ter divulgado imagens de uma conversa informal entre Vítor Gaspar e Volfganf Schauble antes da reunião do Eurogrupo, no passado dia 9 de Fevereiro. Na ocasião, o ministro das Finanças germânico dava conta da disponibilidade da Alemanha para aprovar um segundo resgate financeiro a Portugal. Posição que, mostravam as imagens, Vítor Gaspar agradecia. O Governo, em reacção às imagens que foram difundidas a nível mundial e perante as críticas da oposição parlamentar, negou a necessidade de um segundo pacote de resgate.

PASSOS COELHO REFORÇOU A SUA SEGURANÇA HÁ UM MÊS

Passos Coelho será vaiado todos os dias a partir deste Carnaval até à sua demissão

A previsão de maior contestação social às medidas do governo, maiores riscos de tumultos e aumento das ameaças à integridade física de Pedro Passos Coelho levaram a PSP a reforçar, há cerca de um mês, o Corpo de Segurança Pessoal que acompanha o primeiro-ministro. Passos, que antes teria 10 ou 11 seguranças, tem agora mais uma equipa a assegurar a sua protecção. Ao todo, são já 15 os elementos da PSP que seguem os passos do primeiro-ministro, avançou fonte daquela força de segurança ao i. O contexto mudou e o agravamento da crise económica no país tem levado a PSP a uma avaliação diária mais rigorosa dos riscos que correm as principais figuras do Estado e os ministros que anunciam as medidas mais controversas. Episódios como o que ontem levou Passos a ser vaiado e insultado por manifestantes durante uma visita a Gouveia já seriam esperados pela PSP, que há um mês está em alerta máximo no que respeita à segurança do primeiro-ministro. Fonte da PSP explica que actualmente a avaliação dos riscos de membros do governo é diária. Atrás de Pedro Passos Coelho, Álvaro Santos Pereira e Vítor Gaspar são neste momento os membros do governo mais protegidos. Por serem os que anunciam as medidas menos populistas, os ministros da Economia e das Finanças passaram a ter escolta policial reforçada há duas semanas, adiantou o “Diário de Notícias”. Também estes terão sido alvo de ameaças. (in, Jornal i).

CGTP MARCA NOVA GREVE GERAL PARA 22 DE MARÇO

Arménio Carlos aposta no derrube imediato deste Governo-capacho da Troika e do FMI

A CGTP marcou na quinta-feira uma greve geral para 22 de março que será a oitava da Intersindical nos últimos 29 anos e a primeira sob a liderança de Arménio Carlos. O agravamento da legislação laboral e das condições de vida dos portugueses, o aumento do desemprego, o aumento do empobrecimento e as sucessivas medidas de austeridade levaram o conselho nacional da CGTP a decidir a marcação da paralisação, cerca de quatro meses após a última greve geral. Desta vez não é previsível que a UGT se junte ao protesto, como aconteceu a 24 de novembro de 2011 e de 2010, porque a central sindical liderada por João Proença assinou o acordo para a Competitividade, Crescimento e Emprego que está na origem da revisão da legislação laboral. As duas centrais sindicais estiveram juntas nas duas últimas greves gerais, pela primeira vez, contra as medidas de austeridade aplicadas pelo Governo socialista e pelo atual governo PSD/CDS. Ao longo dos últimos 29 anos a CGTP fez sete greves gerais e a UGT três. A primeira greve da CGTP, a 12 de fevereiro de 1982, foi contra o pacote laboral que o governo AD tentou impor, retirando direitos aos trabalhadores. Por isso, a CGTP pediu a demissão daquele Executivo. Na altura, a paralisação contou com a participação de 1,5 milhões de trabalhadores. No mesmo ano, a 11 de maio, realizou-se outra greve geral pelo mesmo motivo, mas acrescentando o protesto contra a repressão policial que causou dezenas de feridos e 2 mortos no Porto, na véspera do 1.º de Maio. O pacote laboral do Governo de Cavaco Silva deu o mote para a terceira greve geral em democracia, a 28 de março de 1988. Esta greve foi realizada pelas duas centrais sindicais, embora convocada em separado porque as relações entre a CGTP e UGT não eram as melhores. Para tentar impedir a aprovação do Código do Trabalho de Bagão Félix a CGTP promoveu uma nova greve geral a 10 de dezembro de 2002, que contou com a participação de 1,7 milhões de trabalhadores. A quinta greve, a 30 de maio de 2007, foi de protesto contra a revisão do Código do trabalho feita pelo Governo PS, que a Inter considera ter agravado ainda mais a legislação laboral. A primeira greve geral nacional em Portugal realizou-se em janeiro de 1912 em defesa de melhores salários.