A ESTRANHA ESCULTURA DE SÁ CARNEIRO

cabeça decepada de Sá Carneiro, como uma "bola" de golfe, com os "tacos" do PSD alinhados atrás

Pedro Santana Lopes decidiu, ainda quando Durão Barroso era Primeiro-ministro, a substituir o actual e horrendo monumento a Sá Carneiro na praça do Areeiro por uma estátua em corpo inteiro do falecido político, em bronze, realizada pelo mesmo autor. A escultura existente, é de certa forma macabra e sarcástica: com um volume que serve de suporte à enorme cabeça de Sá Carneiro semelhante a um saco de golfe, destacam-se os tacos colocados imediatamente atrás, alinhados na vertical, a formar um subtil e “esticadinho” logótipo do PSD. Neste contexto, a cabeça de Sá Carneiro representa simultaneamente a “marca” do saco de golfe, mas também representa, proporcionalmente a todo o conjunto, a própria “bola” de golfe, cirurgicamente “decepada” com uma forte “tacada” ou “jogada”. No topo, uma multidão “bidimensional”, sem força (representando o povo impotente) eufórica levanta as bandeiras do líder com a inscrição: “Viva Portugal. Vencer Portugal em Democracia. Liberdade. Justiça Social. Solidariedade”. A ideia da sua construção teve origem numa subscrição pública iniciada pelo jornal "O Dia" que resultou neste modelo final da autoria do escultor Domingos Soares Branco e arquitectos Martins Bairrada e Leopoldo Soares Branco, como homenagem ao assassinato de Francisco Sá Carneiro na fatídica noite de 4 de Dezembro de 1980.

A nova estátua de estilo mais naturalista e menos abstracto-simbólico, adjudicada por Pedro Santana Lopes, teria cerca de cinco metros de altura, num estilo “neo-kitsch” próprio de certos regimes totalitários da Europa de Leste com pormenores de proporção que colocam em questão a “beleza” pretendida pelo autarca (os enormes sapatos saem das calças de forma monstruosa e desproporcionada). Nesta proposta, Sá Carneiro segura, na mão esquerda, um par de óculos!... Assentará num pedestal elíptico de seis metros revestido a granito, onde será inscrita uma frase de Sá Carneiro escolhida por Santana. A decisão de substituir o polémico conjunto escultórico que ele próprio inaugurara em 1991, na qualidade de secretário de Estado da Cultura torna a questão ainda mais surrealista. O escultor diz não saber exactamente quanto custará o monumento à autarquia, mas avisou que não sairia barato. O seu valor ultrapassaria os cem mil euros. A mística política em torno da representação de Francisco Sá Carneiro parece não encontrar o mesmo descanso que não encontrou o “estranho”, hermético e inconclusivo processo Camarate… Terá sido a sua morte decidida nalgum campo de golfe, por alguma da "nata" política da altura?...

“V” DE VENDETTA

"V" começa por destruir o Parlamento de Londres símbolo da "nata" dos Illuminati

Na paisagem futurista de uma Inglaterra totalitária, o filme “V de Vingança” conta a história de uma pacata jovem chamada Evey (Natalie Portman), que é resgatada de uma situação de vida e morte por um homem mascarado, conhecido apenas como “V”. Incomparavelmente carismático e extremamente habilidoso na arte do combate e destruição, V inicia uma revolução quando convoca seus compatriotas a erguerem-se contra a tirania e opressão. Enquanto Evey descobre a verdade sobre o misterioso passado de V, descobre igualmente a verdade sobre si mesma, numa espécie de catarsis iniciática – e emerge como uma improvável aliada na culminação do plano de V, para trazer liberdade e justiça de volta à sociedade repleta de crueldade e corrupção. V de Vingança, escrita por Alan Moore em 1982, mostra as pessoas vigiadas constantemente pelo Estado no estilo de 1984, de George Orwell. Neste cenário de opressão surge “V”, o vingador da opressão, vestido com uma capa e máscara (tal como a zorro) ele enfrenta o sistema com tácticas de guerrilha terrorista e representa a única esperança de liberdade contra o fascismo que impera.

No filme o nome do ditador deste regime é Adam Sutler, que em muito se parece com o de Adolf Hitler e Evey semelhante a Eva (Eva Brown - a amante de Hitler). A bandeira do partido que sustentava o regime totalitário possuía um símbolo com formas geométricas, tal qual a suástica nazi, de cores preta e vermelha (uma inversão das cores utilizadas pelo Partido da Nacional Socialista Nazi). A história do ditador Sutler é quase similar à de Hitler, em especial no que toca à sua ascensão junto ao partido e no governo. O regime nazi perseguia grupos como as testemunhas de Jeová, ciganos, homossexuais e deficientes físicos. O regime fictício do enredo atribui a culpa pelo atentado ocorrido no metro e na escola aos muçulmanos, o que acaba por originar uma perseguição contra homossexuais. No enredo, o regime de Sutler cria campos de concentração tais quais os da Alemanha nazi. Existe no enredo uma polícia secreta, chamada fingers à semelhança da Gestapo nazi. Há uma forte crítica ao clero no enredo, mostrando escândalos de pedofilia, assassinatos, e busca pelo poder por parte de certos indivíduos. O filme é brilhante e incentiva ao espírito combativo contra a corrupção política de governantes de extrema-direita que tentam manter a ordem à força, mantendo o povo enfraquecido de baixo do medo da perseguição e da autoridade sem regra e justiça. No final, depois de "V" invadir um canal de televisão e passar a sua mensagem contra a ditadura, ganha um exército de aliados que sai à rua num dia determinado, todos com a mesma máscara de "V" e destroem o regime, todos unidos.

SINARQUIA NEGRA VS SINARQUIA BRANCA

os Bilderberg assumem-se como o poder máximo na Terra, a nata da nata da hierarquia dos Illuminati

“Se incumprir ao mais ínfimo do meu juramento, que me cortem a garganta, me arranquem o coração, os dentes e as entranhas e que os atirem ao fundo do mar. Seja queimado o meu corpo e as minhas cinzas espargidas pelo ar para que não reste nada de mim, nem sequer a memória entre os homens e entre os meus irmãos maçons". (Juramento maçónico, 1869)


«No ano 510 a.C. quando a tirania se desmoronou em Atenas […] Clisteneo, avô do popular Péricles, encarregou-se de reformar a constituição vigente e instaurar um governo colegial, ou seja, não eleito pelos cidadãos, mas formado por um grupo de sábios e místicos de renome. Chamou-lhes sinarquia e funcionou bastante bem durante décadas. Quem foi o real promotor da sinarquia? Durante a tirania e inclusivamente antes, os antigos gregos tinham aprendido a diferenciar os plutocratas (de plutos, ou “donos da riqueza”) do resto dos cidadãos porque a filosofia que aplicavam os primeiros era a pleonexia ou “desejo desmedido de posse”. De possuir tudo: produtos, escravos, terras, influência social e política… Com semelhante atitude, destruíram a antiga sociedade pastoril e igualitária, que durava desde tempos imemoráveis […] dando lugar a outra época em que a desigualdade se converteu em regra-geral, gerando guerras contínuas e actos violentos. Então apareceu uma classe de filósofos pré-socráticos chamada MESOI (ou conciliadores), que advogavam a recuperação do espírito da era antiga e para isso promoviam a teoria do equilíbrio […]. Para encontrar a virtude do novo poder era necessário criar instituições que regulamentassem as práticas comerciais desleais, a escravidão e o caos social, impedindo que os mais poderosos pudessem impor as suas condições a todos os outros. Desta forma aparece também a filosofia da arkhé ou harmonia, segundo a qual, os cidadãos (os habitantes da polis) apenas podiam desfrutar de igualdade (eumonía) se os acordos tomados entre eles livremente, fossem respeitados por todos. Segundo os filósofos, esta era a situação dos homens no princípio dos tempos, quando a sua harmonia na terra reflectia a de todo o universo.»

«Arkhé representava a correcta evolução de tudo quanto existe, um avanço paulatino em direcção à divindade, que idealmente devia estender-se a todos os âmbitos, não apenas no das relações políticas e sociais, como também na vida pessoal. Para vigiar a sua correcta aplicação, nomearam-se os arkhontes ou magistrados, encarregados de manter a ordem e a harmonia, os verdadeiros guardiães do “demos” (o povo). Clisteneo aplicou estas ideias criando o seu governo de sábios aconselhado pelos filósofos, que além disso, tinham a missão de instruir o povo através das academias ou centros de ensino. Assim se instituíram as bases da Grécia Clássica, na qual o seu neto Péricles instauraria a democracia, ou governo do povo (ainda que limitada, uma vez que não participavam nela as mulheres, escravos ou estrangeiros). Alguns autores afirmam que o momento actual da civilização se parece muito ao descrito nos parágrafos anteriores: o desejo desmedido de posse de uma minoria, destruiu a convivência social, a harmonia entre homem e mulher, o equilíbrio entre a natureza e o ser humano. […] Não está claro de onde surgiram os filósofos conciliadores, os autênticos impulsionadores daquela mudança, mas parece muito evidente a tentação de relacioná-los directamente com as sociedades secretas instituídas no Antigo Egipto e descendentes de cultos solares como os de Akhenaton. Quanto aos plutocratas, o número de cidadãos que apoiaram a sinarquia forçou-os a retirarem-se para segundo plano, mas a sua frustração não fez mais do que alimentar as suas ânsias de poder militar, económico e religioso e levou-os a pensar que, se um número de cidadãos, ainda que em maioria, podia agrupar-se e organizar-se para defender os seus interesses comuns, eles igualmente podiam superar as suas diferenças internas e construir a sua própria sinarquia. […] Uns filósofos, digamos, influenciados pelos descendentes dos cultos ao terrível deus Seth, inimigos por antonomasia dos primeiros. Talvez naquele momento tenha nascido a sinarquia branca a sinarquia negra. A primeira decidida a ajudar o ser humano a caminhar em direcção a um reino de paz e felicidade. A segunda, disposta a apoderar-se do território, da paz e da felicidade mas apenas para os seus membros, condenando todos os outros à escravidão.» (in, Illuminati, Paul H. Koch, Editorial Planeta SA, 2006, Barcelona).

OS “AFTER HOURS”: A MÁFIA DA NOITE

orgia bissexual no filme "Eyes Wide Shut", numa festa "secreta" organizada por uma poderosa máfia

O conceito “After Hours” em Portugal, para discotecas, bares e clubes privados com horário de funcionamento complementar ao regular horário daqueles estabelecimentos, é sinónimo de droga à descrição, festas de sexo privadas, consumo de álcool sem limites com muitas “pastilhas-fantasia” à mistura. Quem quer continuar a sua “night em grande”, sai dos habituais recintos e desloca-se a estes verdadeiros “antros” pertencentes à máfia mais “pesada” da noite. Gangs, camionistas, estivadores, homens das obras, taxistas, polícias e militares, adeptos de sexo violento e técnicas de dominação, assaltantes, ladrões, violadores, drogados, passadores de droga, prostitutas e prostitutos, travestis e transexuais, swingers, homens casados à procura de todo o tipo de perversão sexual e orgias com “miúdos”, VIP’s que perderam o glamour e o brilho, é a clientela fixa e frequente destes locais. Todos lucram com este negócio com múltiplas ramificações. Por esse mesmo motivo os tradicionais locais fixos de After’s, têm vindo a adoptar o conceito mais flexível de mobilidade geográfica, ganhando carácter de Rave’s e Festas Privadas, comunicadas algumas vezes apenas a pessoas “da confiança dos seus organizadores”, à laia de máfia russa… A droga à descrição mantém o nível de alucinação e excitação elevados, atrai os viciados e dependentes, é afrodisíaca para praticar sexo “non-stop” toda a noite e ajuda a manipular os frágeis espíritos dos mais jovens e dos mais dependentes, em quem o efeito é brutalmente poderoso, chegando a ser misturado com drogas químicas específicas que ajudam à amnésia (o que os torna objectos e presas fáceis dos seus manipuladores).

Para clientes com mais poder económico, são reservadas as salas privadas, as festas em hotéis de luxo com várias meninas e prostitutos (estes por vezes menores…) sejam oriundos da rua ou contratados através de falsas agências de scouting, acompanhantes ou até de modelos profissionais… As orgias mais eruditas ganham quase um ar artístico do tipo da que nos é “revelada” no filme “Eyes Wide Shut” (com Nicole Kidman e Tom Cruise), onde os seus protagonistas se comportam como deuses no Olimpo, a quem todos os prazeres terrestres são permitidos, em apenas algumas horas, desde que se pague, claro… nem que seja com o corpo ou com pesados favores, a cobrar “mais tarde”… O culto deste tipo de festas, já praticadas em muitas sociedades secretas e seitas como rituais de iniciação ou festas (ágapes) não fazem mais do que propagar o vício do sexo bissexual liberal com forte vertente comercial, mantendo vivas as tradições greco-romanas tão gratas às elites das sociedades secretas, que se aproveitaram desde toda a história dos jovens mais pobres que recorrem a este tipo de solução como forma de ganharem o seu sustento. O negócio está em crescimento tão franco que até já existem cirurgiões plásticos a trabalharem com jovens ligados a estas redes, ajudando a tornar a sua “imagem” mais atractiva, trabalhando para criarem verdadeiros “exércitos” de prostitutas e prostitutos de “gama alta” cujos dividendos resultam em lucros necessariamente mais elevados, e vocacionados para clientes mais exigentes, publicitados por outro “exército” de RP’s (relações públicas) que difundem e publicitam as festas recorrendo aos seus contactos pessoais, de chats ou locais “virtuais” de encontros para sexo, ou até no HI5…


CASAMENTO DE CRIANÇAS: A MÁFIA DA PEDOFILIA

crianças tratadas pelos MEDIA como se fossem adultos, para lucro das MÁFIAS DA PEDOFILIA

A pedofilia não é combatida pelas forças policiais e polícias de investigação das várias nações do mundo de forma concertada e séria. Se assim fosse na internet seria extremamente difícil encontrar sites de pedofilia ou contendo imagens de sexo com menores (jovens entre os 15 e os 18 anos) disponibilizadas facilmente em qualquer busca GOOGLE. Se ao menos os motores de busca existentes na WEB fossem obrigados POR LEI a introduzir bloqueios de busca para determinadas palavras ou associações de palavras ligadas ao sexo com crianças ou adolescentes, a grande maioria de consumidores de pedofilia seria altamente penalizada. Mas tal não acontece porque a pedofilia e pornografia infantil e juvenil movimenta muito dinheiro e muitas máfias, chegando mesmo a envolver altas patentes da política e das próprias forças de investigação policial oficiais, que nalguns casos, chegam mesmo a ter testas-de-ferro, que assumem os negócios de sexo, droga e armas manipulados por estes, dada a sua fácil influência e “movimentação” no meio. Claro que se algum dia se aplicarem medidas restritivas àqueles que visualizam imagens de pedofilia, não serão bloqueios de sites, mas prioritariamente coimas aos computadores que forem detectados a consultar essas páginas, pois que se a MÁFIA DA PEDOFILIA não ganha de um lado, tem de ganhar por outro, e daí as coimas…

O recente caso da paternidade de uma bebé recém-nascida Masie, por um casal de crianças - o pai Alfie Patten de 13 anos e a mãe Chantelle Steadman de 15 – chocou a opinião pública de todo o mundo. Pior do que o publicitar da notícia nos Media como se fosse um tipo de notícia completamente inovadora e chocante na história da imprensa, foi quando os próprios Media começaram a explorar o caso para o enfatizarem e se tornar numa ainda mais “rentável” notícia. Surgiram então mais duas crianças Richard Goodsell de 16 anos e Tyler Baker de 14, que não apenas deitaram por terra a versão “ternurenta” de um caso que apesar de chocante estava a revelar uma tão inocente história de amor entre crianças (e veja-se os olhos inocentes e infantis de Alfie, o suposto pai da criança) e tão bem admitida pelas famílias de ambas. Chantelle a mãe da bebé, é agora vista como uma galdéria, que apesar dos seus 15 anos, “dormia com metade do bairro” onde vivia. Jornais como o “The Sun” reclamam a exclusividade da notícia para si mas cerca de 15 canais de televisão não se importariam de pagar cerca de 500 mil euros pela história contada pelas famílias das duas crianças. Esta exploração clara dos MEDIA em torno da temática sexo “entre” crianças, era o complemento que faltava na perversa MÁFIA DA PEDOFILIA.

Conferir um ar satânico àquilo que, por direito pertence ao imaginário inocente do mundo do amor das crianças e dos adolescentes é uma forma cruel de alargar o mundo da pedofilia para a opinião pública, transformando aquilo que seria um caso pontual numa notícia de proporções globais, em que as MÁFIAS dos Media, do sexo e as próprias famílias das crianças saem a ganhar. Depois do caso de Maddie, também proveniente de uma família do Reino Unido (em que os seus pais apesar de acusados como responsáveis pela eventual morte ou desaparecimento da sua própria filha, conseguem criar uma fundação com a qual ganham rios de dinheiro, suportada até por maçons como o patrão da gigantesca cadeia Virgin), parece que está claro o envolvimento das Máfias do Sexo e da Pedofilia nesta trama diabólica para publicitar o sexo com crianças, entre crianças e com o consentimento dos adultos… É, sem dúvida, uma forma maquiavélica e “inteligente” de alargar de forma definitiva o mundo rentável do sexo a camadas etárias cada vez mais jovens. Recuaremos outra vez às leis medievais ou ancestrais das crianças que casavam com adultos a mando dos pais, como forma de rendimento familiar…?

PEDOFILIA: O NOVO “CAVIAR”

pedófilos portugueses frequentam saunas e bares gay em Madrid, Sevilha e sul de Espanha

Ir a um restaurante comer marisco, caviar ou uma boa lagosta era um hábito que ricos ou novos-ricos portugueses tinham nos anos 80 e 90. Mas este hábito demonstrativo do poder de compra desta “classe” endinheirada encontra-se fora de moda, nos dias de hoje. Um produto exclusivo, mais caro mas em expansão substitui este hábito “alimentar” tão característico dos que gostam de mostrar os seus “molhos de notas”. O recente processo “Casa Pia”, tão enfatizado em todos os Media, de forma tão prolongada no tempo e de forma tão omnipresente na vida dos portugueses, não fez mais do que facilitar a publicitação e promoção de um novo tipo de negócio que interessa “a muita gente” do mundo da noite, da máfia da droga e do sexo. A pedofilia sempre existiu e, se por um lado é certo que a visibilidade dada ao processo Casa Pia veio permitir criar legislação especifica que condene de forma mais severa este tipo de crimes, por outro ajudou a difundir os pormenores sórdidos deste submundo da prostituição infantil e juvenil de crianças e jovens que tentam sobreviver no mundo cruel que lhes foi destinado por determinação casuística. “Possuir” ou abusar sexualmente de uma criança ou de um jovem, revelam estudos psicológicos e psiquiátricos de perfil criminal, ser actos próprios de pessoas fracas que necessitam de se afirmar perante a diminuição, redução ou enfatização da fraqueza das suas vítimas, inferiorizadas em poder pela relação dominador-dominado, ou pela simples prestação de um serviço de prostituição em que o cliente dita as regras da possessão ou violação.

Antes do processo Casa Pia ser finalmente denunciado por Catalina Pestana, que assistiu “impávida” durante anos, limitando-se a recolher “provas” dos abusos destes jovens dependentes de uma instituição social que lhes garantisse uma orientação apropriada à sua formação enquanto pessoas, já muitos políticos tinham conhecimento deste caso, designadamente, Ramalho Eanes e o governo da altura, mas nada foi feito… Afinal de contas esses miúdos que muitas vezes se “ofereciam” nos jardins defronte dos Jerónimos e em Monsanto eram prostitutos, menores, mas prostitutos e procurados até por alguma “nata” social e política, desde os anos sessenta. A pedofilia durante o salazarismo existia, mas como os mais pobres não tinham voz nessa época, justamente porque os seus clientes eram ricos senhores até ligados ao regime, nem chegava a haver queixas nem denúncias; tudo se passava entre cliente e prostituto. Muitos até consideravam estar a fazer um favor financeiro aos miúdos, que de outra forma, não conseguiriam arrecadar uma “mesada” que lhes permitisse terem os seus pequenos gastos pessoais e uma certa independência financeira. Ainda hoje é assim e sempre será assim e o que este processo veio permitir foi uma MEGA PUBLICIDADE deste PRODUTO DA MÁFIA DO SEXO, hoje em franca expansão nos bares e discotecas, saunas e casas de prostituição, clubes privados onde atinge valores exorbitantes, conforme as variantes do negócio e dos clientes que manipula. A pedofilia ganhou assim, em Portugal, o carácter de mais uma profissão lucrativa, a ser explorada pelas “máfias da noite”, da droga e do sexo. As festas privadas em grupo são agora a nova moda, realizadas quase em segredo em hotéis de 3 a 5 estrelas, motéis de estrada e clubes de sexo, muitos deles com capital espanhol por detrás, pois este mercado, a nível nacional está a ser totalmente tomado pela poderosa máfia espanhola do sexo. Muitos dos clientes destes jovens são homens de meia-idade ou jovens empresários, com bastante capital para darem lugar às suas perversões mais profundamente enraizadas no seu subconsciente erótico, mesmo quando casados, pais de filhos e respeitáveis “senhores” das mais variadas áreas profissionais. Em Portugal este mercado ainda é maioritariamente masculino, inundado por prostitutos brasileiros e romenos que a qualquer preço desejam ganhar residência em território luso, mas também de uma juventude portuguesa que sem escrúpulos visa obter rendimentos suplementares como forma de “vida fácil” e excitante. Muitos prostitutos de luxo começam por agências de modelos de vãos-de-escada ou acompanhantes para eventos, que se encarregam de os orientar e lhes conseguir clientes com um certo poder económico, por vezes em troca de alguma “exclusividade”. Muitos pais nem sonham o que os seus filhos menores fazem à noite, mas também é certo que são geralmente os jovens mais carenciados que buscam esta “forma de vida”. Infelizmente muitas vezes acabam por cair em redes de prostituição e droga, algumas delas em Espanha, de onde nunca voltam a sair deixando de ser vistos, um “belo dia”…

Com o processo “Casa Pia” a MÁFIA DO SEXO e da NOITE ficou claramente a ganhar, conseguindo oficializar e publicitar para o grande público uma actividade que de outra forma nunca poderia ter atingido os elevados níveis de audiências facilitados pelo marketing e divulgação através de todos os MEDIA…

SEXO: A NOVA DROGA

a máfia do sexo é hoje, a mesma da droga, e a "noite" é o "local do crime"...

Por todo o mundo se deu uma expansão exponencial de uma nova droga, em especial nos últimos cinco anos: o sexo. Facilitadas pelo fácil uso da internet, as imagens de todo o tipo de sexo (com uma difusão bem mais controlada e discreta antes do aparecimento da WEB) estão agora à distância de um clique. Chegam a existir sites altamente especializados para todo o tipo de públicos, práticas, fetiches, e claro, para os aficionados da pedofilia. São milhões de voluntários que colocam os seus vídeos pessoais ao dispor de todos numa atitude de voyeurismo intracomunitário, numa espécie de orgulho colectivo de participação sexual ao nível de um “mercado da carne” global. Alguns fazem-no porque são remunerados, outros porque são efectivamente violados em tempo real e filmados, outros ainda são apanhados desprevenidos e “gravados” sem o saberem. O negócio do sexo é altamente lucrativo, e encontra-se actualmente ao nível do tráfico da droga, se falamos de rentabilidade económica. Associado ao mundo da noite, das discotecas, dos bares, das festas privadas, este negócio ganha cada vez mais adeptos e tende a especializar-se cada vez mais, por um lado, por outro, a generalizar-se enquanto fonte de rendimento de inúmeras máfias locais, nacionais e internacionais. “Boites” e “Dancing’s”, “Casas de Passe” e de Prostituição, locais de Striptease e Table-dance, Clubes Privados, antros de droga, determinadas discotecas e bares gays, saunas e até alguns Healthclubs e Spa’s, são locais preferenciais para troca de serviços na área do sexo.

Quando a droga se implementava em Portugal com enormes consumos, nos anos 80 e 90, o sexo era ainda algo relativamente circunstancial. Mas agora, com o aumento do poder das máfias, ganho à conta, justamente de décadas a comercializar droga e a investir esses rendimentos em investimentos imobiliários em Espanha (maioritariamente), estas máfias viram no crescente “mercado” do sexo, uma excelente oportunidade de negócio. A droga agora é oferecida para estimular a alucinação e aumentar o desejo descontrolado sexual, e o sexo é a nova droga, efectivamente. Muitas vezes é utilizada de forma perversa, como meio para a manipulação sexual de pessoas (jovens na sua maioria) e mantê-las num estado de quase inconsciência para poderem ser alvo de violações imperceptíveis à vontade consciente (“Rohypnol”, uma droga que dissolvida em qualquer bebida provoca amnésia forte muitas vezes associada a “Progesterex”, uma pastilha usada para esterilizar animais é usada para “evitar que mulheres engravidem quando são violadas sem saber, mas nunca mais poderão ter filhos). O sexo estimula a ansiedade, a repetição, a variedade infinita de situações, aumenta o ego e os instintos violentos e animais dentro de cada um, o que se torna muito mais atractivo, enquanto vício, causando uma dependência muito mais forte e intensa no dependente. Para além dos locais de encontro, a internet oferece hoje, milhares de sites e chats onde qualquer pessoa pode encontrar parceiros virtuais ou reais para encontros de amizade, amor, sexo individual ou em grupo, trocas de casais, num infindável mar de oportunidades. Esta facilidade aumenta o grau de dependência imediata e a propagação do vício, a cada segundo, de forma exponencial.

Claro que as pessoas são absolutamente livres de frequentar estes locais ou de praticarem todo o tipo de sexo permitido por lei. Mas a questão é que vão estar, na maioria das vezes, a “alimentar” e financiar directa ou indirectamente as máfias do sexo e da droga. O grande problema coloca-se ainda, nas vítimas desta gigantesca máquina destrutiva, sejam elas menores, prostitutas ou prostitutos, vítimas de violação, coação ou tráfico humano e exploração… À luz do tipo de sexo que se pratica hoje nestes locais, o Bibi, seria um “santo”. Talvez até fosse ilibado da maioria dos seus crimes…

SÓCRATES PERDE APOIO DE MILITANTES

a política portuguesa aproxima-se a passos largos da corrupção praticada na América do Sul

Reeleito para secretário-geral do PS, José Sócrates “contou espingardas” e apelou aos candidatos independentes do partido, “vindos dos sectores mais dinâmicos da sociedade portuguesa”, para que contribuíssem com as suas ideias, propostas e energia e também com o seu “olhar crítico”. O que Sócrates não disse foi que a grande maioria dos militantes não foram votar (dos 73.000 militantes apresentaram-se nas secções de voto 26.331). O caso Freeport abalou a convicção interna do partido em apoiar um Primeiro-ministro envolvido num caso de “corrupção corrente” de aprovação de um empreendimento comercial (tão comum no nosso pequeno país). Cavaco Silva foi afastado da política pelo famoso caso da Quinta da Ribafria, e Sócrates, pagará os seus “pecadilhos”…?

QUANDO UM GNR CORTA A CABEÇA DE UM JOVEM…

em muitos casos as forças policiais são autoritárias e actuam contra os mais desprotegidos

“Libertado GNR que decapitou suspeito (28.10.2007): “O sargento José Santos tinha fama de duro nos interrogatórios. Carlos Rosa não resistiu a um tiro na cabeça. Encostou o cano da arma à cabeça do suspeito e berrou-lhe mais uma vez ao ouvido para o intimidar. Foi o último grito antes de a velha pistola Star abrir fogo. Carlos caiu morto no posto e o sargento Santos, comandante da GNR de Sacavém, resolveu cortar-lhe o pescoço. Separou o corpo da cabeça para esconder a bala. Foi apanhado pela Judiciária e o crime, em Maio de 1996, chocou o País. José Santos cumpria 17 anos de cadeia em Santarém mas saiu há uma semana em liberdade condicional. O comandante contou com Castelo Branco e Samuel Pereira para esconder o crime, dois guardas de serviço à 01h30 de 7 de Maio. Todos foram condenados em Dezembro de 1997”. O Tribunal da Boa-Hora condenou José Santos a 17 anos de prisão – os outros dois apanharam, respectivamente, seis anos de cadeia e uma pena suspensa por dois anos. Foram afastados da GNR. O sargento Santos cumpriu pena em Santarém. Aos 49 anos, atingiu os dois terços da pena. A liberdade condicional, concedida no dia 19, sexta-feira, foi ordenada pelo Tribunal de Execução de Penas. Carlos Rosa, 25 anos, roubava para alimentar o vício da droga. Acabou apanhado pela GNR e levado ao comandante. A pistola de José Santos fez fogo no calor do interrogatório e, enquanto Samuel omitiu o crime, Castelo Branco ajudou a esconder o cadáver – embrulhado num cobertor e levado de carro para um descampado na Quinta da Apelação. O sargento Santos usou uma faca de mato para cortar o magro pescoço de Carlos Rosa, até o decapitar. Deixou o cadáver coberto com ramos e levou a cabeça de volta para o posto onde, com uma chave de fendas, tentou tirar a bala comprometedora. Não reparou que a munição atravessou o crânio da vítima e se foi alojar numa porta de madeira.Horas depois, o sargento abandonou a cabeça em Chelas, Lisboa, atirou a faca ao Rio Trancão e deitou o cobertor ao Tejo. O esforço foi em vão: a 16 de Maio, dez dias depois, um pastor encontrou o cadáver. A Polícia Judiciária começou a investigar o estranho caso do corpo sem cabeça e o cadáver foi identificado. Reconstituíram o último dia de Carlos Rosa e todos os caminhos iam dar ao posto da GNR. O sargento Santos já não disfarçava os nervos. A PJ encontrou marcas de pneus no local onde o corpo foi encontrado. Pertenciam ao Citroën ZX do sargento. O comandante confessou o crime e indicou o lugar para onde tinha atirado o crânio. Dez anos depois está em liberdade”.

"A heroína levara Carlos Rosa ao desemprego – vivia para roubar e roubava para comprar doses diárias que lhe permitiam viver. Na manhã de 6 de Maio de 1996, o sargento Santos é procurado no posto por um velho conhecido. O homem levava um vizinho, que pedia ajuda para localizar Carlos Rosa, suspeito de furtos numa empresa – chaves, um aparelho de fax, máquina de escrever e um teclado de computador. Rosa foi apanhado nessa mesma tarde. Confessou tudo, prometeu ajudar a recuperar o material e até deu informações sobre quem lho tinha comprado. Já depois das 20h00 seguiu com o sargento Santos para o Prior Velho e Galinheiras, de barraca em barraca, à procura dos receptadores. O comandante deixou-o no posto da GNR, pelas 22h30, e voltou a sair. Carlos Rosa ficou à espera. O sargento Santos regressou cerca da 01h30. Levou Carlos Rosa para uma sala dos fundos e, à civil, fez um truque habitual: apontou-lhe a arma e disse: “O que tu merecias era isto”. A velha Star atirou mesmo. O comandante do posto, sargento-ajudante José Fernando Aleixo dos Santos, tinha fama de duro. Foi transferido da Guarda Fiscal para a GNR em 1983 com uma folha de serviços invejável: louvores assinados pelos superiores reconheciam-lhe um comportamento irrepreensível, máxima competência, dedicação e espírito de sacrifício. Um exemplo de militar. Pouco tempo depois de ter chegado ao comando do posto de Sacavém caiu nas boas graças da população. Os moradores, causticados pelos roubos, apreciavam a desenvoltura com que encontrava suspeitos e recuperava material roubado, que devolvia aos proprietários. O sargento era um herói – e o reconhecimento público inchava-lhe o ego. 17 anos de cadeia foi a pena aplicada pelo colectivo de juízes do Tribunal da Boa-Hora ao sargento Santos – responsável pela morte, profanação e ocultação do cadáver. 2/3 da pena cumprida é o mínimo exigível por lei para que um condenado por crimes de sangue possa pedir a liberdade condicional. José Santos sai ao fim de quase 11 anos, por decisão do tribunal”.

“O crime de Sacavém chocou a população local e o País em geral – obrigou a uma reestruturação policial e que, neste caso, levou à troca do posto da GNR por uma esquadra da PSP. Antes de se apresentar ao interrogatório do Sargento Santos, Carlos Rosa tentou que a mãe o acompanhasse: «Eles matam-me».” (in, http://portugal-verdades-e-consequencias.blogspot.com/)

COIMAS E A “FORÇA” DA AUTORIDADE

os radares na periferia de Lisboa "servem" maioritariamente para "enriquecer" os cofres do Governo

As multas por excesso de velocidade duplicaram em 2008 face a 2007, “graças” aos inúmeros radares instalados em Lisboa. Esta medida de “segurança” visa, mais do que a segurança dos condutores, a “segurança” dos cofres do Estado. Se por um lado é necessário aplicar coimas como forma de prevenção, o exagero da aplicação de medidas coercivas pode tornar-se num verdadeiro inferno para os condutores que necessitam diariamente de utilizar um veículo para exercerem a sua profissão. Algumas pessoas, recebem em sua casa dezenas de multas anualmente, pelo excessivo rigor dos radares instalados, em geral, nas vias de circunvalação das cidades, onde nem por isso interessa que a velocidade seja de 50 km/hora… Foram multados um total de 298.500 condutores (193.297 graves, 81.471 leves e 23.732 muito graves) apenas em Portugal continental.

Perante um cenário destes ainda há quem se tenha admirado daqueles que, para fugirem às operações-stop, atropelaram em 2008 inúmeros agentes da PSP e da ex-GNR, alguns deles mortalmente. É certo que muitos agentes da autoridade mantêm alguma arrogância “salazarista”, própria de pessoas que eram de zonas interiores, pobres, e que de repente, se vêem com “excesso de poder”, o qual não moderam com a sabedoria da vida, mas daí a odiá-los desta forma... Ainda para mais, como querem que os portugueses respeitem as ditas “forças da autoridade” quando vemos alguns destes agentes e ex-agentes da “autoridade” participarem criminalmente em assaltos a multibancos e gasolineiras (como muitas vezes sucedeu em 2008), matarem as suas mulheres ou respectivos amantes por ciúmes a tiros de pistola, utilizarem-se de violência doméstica para manterem a ordem no seio das suas famílias ou como um caso mais grave, o rapaz que há alguns anos viu a sua cabeça ser friamente cortada com uma faca de mato, por um sargento da GNR, de Sacavém, em Maio de 1996, dentro da própria esquadra onde era interrogado “amigavelmente” ?

O "JOGO" DOS PREÇOS DA GASOLINA

filas para abastecer a preços mais baixos: uma "preparação" para a futura crise dos combustíveis...?

A obrigação dos postos de combustíveis publicarem os preços no site - http://www.precoscombustiveis.dgge.pt/ - sob pena de poderem sofrer pesadas multas, permite aos condutores escolherem os locais com preços por litro mais baixos. Desta forma os portugueses poderão “penalizar” as gasolineiras que praticam preços mais elevados, mas existe um “reverso da medalha”: as filas de espera nas bombas de gasolina que praticam preços mais baixos são imensas e os míseros cêntimos de diferença podem não compensar o tempo dispendido na espera. Será esta mais uma forma de distrair os portugueses dos reais problemas económicos do país, mais “areia para os olhos” num jogo que visa apenas “entreter” os mais pobres que nunca perdem uma “promoção” ou desconto…?

CHÁVEZ: “DITADOR”

Luis Herrero foi deportado imediatamente após chamar DITADOR a Chávez, em público

O eurodeputado espanhol do PP, Luis Herrero chamou “ditador” a Hugo Chávez em público tendo sido imediatamente levado para a pista do aeroporto, sem bagagens nem documentos para ser deportado. Encontrava-se naquele pais a convite do partido democrata-cristão COPEI para observar o desenrolar do referendo sobre a emenda constitucional venezuelana. Chegado a Madrid, o eurodeputado reforçou a sua afirmação, tendo o embaixador venezuelano naquela cidade sido chamado ao Ministério dos Negócios Estrangeiros para registar os “protestos” de Espanha pelo tratamento de expulsão brutal.

Também duas cidadãs portuguesas residentes em Caracas narraram dois episódios, que segundo elas terão sucedido em enorme quantidade por todo o país e que indiciam a prática de eleições fraudulentas. Segundo uma, o voto introduzido por si na máquina de voto era “não” e o resultado saiu “sim”, e segundo outra enquanto pedia esclarecimentos sobre o funcionamento da máquina, o seu voto saiu com a designação “nulo”, não podendo alterá-lo à posteriori. Estes sinais de uma “democracia forçada totalitária chavista” são deveras preocupantes e sinal de que a Venezuela já entrou, de facto, na 3.ª ERA BOLIVARIANA do “ditador” Chávez.

EM BLOCO: A ALTERNATIVA DA ESQUERDA

Francisco Louçã, determinado na LUTA política da esquerda, promete combater o poder opressor

“Juntar Forças” foi o mote da VI Convenção Nacional do Bloco de Esquerda, cujo debate procurou unir a esquerda do BE, PCP e a ala esquerda do PS representada por Manuel Alegre. Na intervenção de encerramento, Francisco Louçã afirmou que para combater a exploração e a ganância - que é o "nome próprio do capitalismo" - é necessária uma "esquerda grande". O dirigente bloquista defende ainda: a proibição dos despedimentos nas empresas que tenham resultados (porque é o trabalho que produz e não o capital); mudar ideias feitas; combater o poder que tem amesquinhado as pessoas; desenvolver uma esquerda grande anti-capitalista; defender os mais explorados, pobres e trabalhadores precários; mudar o país de baixo para cima; combater as forças poderosíssimas que só um povo mobilizado pode vencer; combater o crime económico; desenvolver políticas socialistas contra a desigualdade.

Mesmo sem o PCP e Manuel Alegre, o BE demonstrou nesta VI Convenção ser uma força política que procura um debate sério e verdadeiro à esquerda, capaz, mesmo “só por si”, de atingir nas próximas eleições legislativas e autárquicas resultados nunca antes previstos. O BE pode e deve ser o futuro da esquerda portuguesa, uma esquerda moderna e abrangente, forte e determinada na identificação e no combate aos problemas criados por um Governo e uma classe política gasta nos seus ideais e vazia nas suas acções. Combater o poder totalitário do PS, esse sim, tem de ser o primeiro passo desta longa caminhada à esquerda, nem que, para isso, seja necessário repetir o 25 de Abril, antes que seja tarde demais…

PORTUGAL PARADOXAL: POBRE OU RICO…?

centros comerciais com lojas "de marca" são a principal fonte de endividamento familiar...

Para muitos espanhóis Portugal representa um país pobre (mesmo muito pobre segundo a opinião de alguns), mas que estranhamente, revela uma qualidade de prestação de serviços superior aos de Espanha em inúmeros sectores. Supermercados mais bem distribuídos, bombas de gasolina mais modernas e com oferta de serviços múltiplos, policiamento nas ruas (que em Espanha é raro ver), parque automóvel bastante moderno (quando comparado com o deles), centros comerciais com lojas de marca e artigos de preço elevado, e, falamos relativamente bem espanhol e inglês… O paradoxo é só para quem vive “dentro do convento” e sabe que em Portugal somos muito mais mal pagos, a precariedade laboral é muito maior e a imagem que damos para o exterior não passa de “cenário” de um filme de série B em que os protagonistas não são actores conhecidos mas pessoas que se esforçam por manter uma aparência muito acima das suas posses, consumindo roupas e artigos de marca e endividando-se até não poderem mais. Nos anos 90 os “opinion-makers” infiltraram-se por toda a sociedade portuguesa com o objectivo de criarem uma rede de “escravos consumistas” que se encarregavam de transmitir para o “exterior” uma “falsa” imagem de progresso suportada num enorme bluff económico. Agora face à recessão, sem suporte consistente, esse castelo de cartas desmorona-se em segundos…

Nos países que se assumem como pobres tudo é permitido. Os pobres “desenrascam-se” como podem, fazem trabalhos que mais ninguém faz, não pagam impostos mas não têm ninguém a persegui-los por isso. Na União Europeia criaram-se leis, directivas e normativas para tudo e mais alguma coisa, que regulamentam e obrigam a milhões de regras e encargos qualquer tipo de actividade ou a simples existência de querer ser ou viver… Uma legislação apertada própria de uma civilização economicamente próspera, rica mesmo, mas para um panorama bem diferente: países mais ricos que dominam países mais pobres. Há muito que se falava nesta dura realidade, mesmo no tempo da fundação da União Europeia ou aquando da adesão de Portugal. Agora está à vista de todos o resultado e nem mesmo assim as pessoas vêem o gigantesco logro que nos foi vendido pela extrema-direita do Centro-Europa. Eles manipular-nos-ão, até à exaustão, e esta está muito próxima… Em Portugal é proibido ser pobre!!!... Quem quiser exercer à margem da lei para sobreviver pode ver os seus bens confiscados e penhorados pelas Finanças ou pelas forças policiais. Os centros de emprego, onde quase não há empregos, operam já com preferência à CUNHA, muitas das vezes, em condições de remuneração e de horário de trabalho que violam todas as mais elementares leis do trabalho instituídas pelo Estado…! O Governo controla o emprego e os desempregados directamente criando soluções de emprego “politizadas” em sites na Internet, controladas e manipuladas directamente pelo poder político totalmente corrompido e indiferente à situação desesperante das pessoas. As fábricas em vez de recorrerem a situações intermédias para solucionar a sua insolvência financeira são “apadrinhadas” pelo GOVERNO para despedirem colectivamente de um dia para o outro centenas e milhares de empregados, para meterem os seus equipamentos em camiões e barcos e deslocarem-se para a Europa de Leste onde a mão-de-obra é quase “gratuita”. EM PORTUGAL É PROÍBIDO SER POBRE…

NOTÍCIAS LUSAS: CRIME, CRIME, CRIME...

criminalidade violenta "criada" para justificar AUTORIDADE VIOLENTA...?

Por que será que os jornais têm agora páginas e páginas de relatos de todo o tipo de crimes e corrupção? Será exclusivamente devido à recessão mundial, que tende a caminhar a passo acelerado para uma enorme depressão global com proporções catastróficas para a população mundial? Se houvesse vontade em resolver o problema “na fonte” não se teria já preparado uma MEGA TASKFORCE para atacar o touro pelos cornos…? Mas afinal os políticos continuam a sua “vidinha” tranquila, o seu quotidiano da Assembleia da República, os seus almoços e eventos, os seus devaneios demagógicos e oratórios, num total desprezo pela condição humana das muitas famílias que desesperam e que não sabem que tudo isto não passa de uma maquiavélica estratégia “fabricada” pelos adeptos da escravização dos pobres e oprimidos e do abaixamento rápido da qualidade de vida da classe média para definir apenas dois lados do campo de batalha: os que estão com eles (os corruptos, a máfia) e os que se opõe e que a nada terão direito, senão sofrimento, desespero e… morte…

O crime aumenta não tanto pela maldade das pessoas mas pelo desespero a que muitas famílias foram votadas. Os políticos criaram a situação de ruína nacional e global, mas criam também o machado do carrasco. Não lhes interessa resolver o problema na origem, pois a origem, está justamente neles. Então instituem o MEDO espalhando AUTORIDADE violenta para combater a criminalidade por eles instigada directa ou indirectamente. No meio da confusão, as pessoas já desmoralizadas em todas as frentes limitam-se a ver um desfilar de crimes e do seu combate ficando pelo caminho as razões e soluções para um problema que só fará aumentar a pobreza e o agudizar da corrupção e da própria criminalidade violenta. Em poucos anos criou-se artificialmente À FORÇA, um tipo de violência e crime que não existia em Portugal com um objectivo encapotado: permitir e justificar a utilização de medidas anti-terroristas e policiais de excepção como forma de controle social e criminal, que é nada mais nada menos que o primeiro passo para assumir uma AUTORIDADE inquestionável vista como necessária… O passo seguinte será o de essa AUTORIDADE “necessária” se transformar em PODER POLÍTICO. Esta é a fórmula das sociedades totalitárias: espalhar o MEDO para justificar a AUTORIDADE OMNIPRESENTE, OMNIPOTENTE e OMNISCIENTE…

POPULAÇÃO MUNDIAL DE ESCRAVOS

"Slumdog Millionaire", mostra que mesmo os pobres quando acreditam podem vencer a MÁFIA

Perante o rápido desabar das economias de todo o mundo, mesmo as mais poderosas, o conceito “escravo” volta a estar na ordem do dia. Desde 1800 aproximadamente, a NOVA ORDEM MUNDIAL já preparava “na sombra” o dia em que o NOVO PODER dos ILLUMINATI se sobreporia como a única alternativa ao tradicional poder político e religioso instituídos, desenvolvendo um novo poder pela força, como forma de o assumir publicamente (como aliás sempre foi feito ao longo da história por todos os que fizeram cair impérios) e lhe dar carácter unificador. Para isso os ILLUMINATI reuniram todas as sociedades secretas e seitas, religiões e grupos étnicos, satânicos e fundamentalistas cristãos, árabes e muçulmanos, máfias e mártires, fizeram desabar o mundo como o conhecêramos nos últimos duzentos anos, desde a Revolução Francesa, o primeiro momento da história deste NOVO PODER. Depois desta Revolução, veio a 1.ª e 2.ª Guerras Mundiais como forma de quebrar o poder monárquico e religioso instituídos e fazer vergar a população mundial a uma ferramenta fundamental para a escravização e submissão: a economia capitalista selvagem. Organizados por lojas maçónicas, potências, núcleos políticos, igrejas evangélicas e apostólicas, células terroristas e famílias de máfias que dominam a “angariação” e recrutamento de cada vez mais fiéis, neófitos e iniciados nas suas fileiras. Depois instituíram hierarquias e obediências para melhor poderem preparar o seu “plano maquiavélico” e dominador, na sombra. Agora, a sombra já não é necessária pois o plano cumpriu-se e já nos encontramos num ponto sem retorno para as próximas décadas e talvez até séculos e milénios. Todos os que demonstram VONTADE em lutar pela VERDADE e pela JUSTIÇA, contra este estado de coisas são aniquilados, afastados e abandonados para dar lugar aos submissos, aos corruptos, aos ESCRAVOS…

No recente filme estreado passado na Índia, “Slumdog Millionaire” (Quem quer ser milionário?) é revelada a verdade nua e crua de uma sociedade escrava, SEM PODER para nunca mais sair da pobreza a não ser pela mão das máfias da extorsão e exploração sexual de menores, da prostituição, da droga e do tráfico de armas e influências. Países pobres mesmo com uma economia crescente como a Índia, nunca serão civilizações como a Europa milenar, carregada de história pois o novo boom económico da actualidade é maioritariamente manipulado pelas máfias políticas nacionais, regionais e locais. Mas da mesma forma a Europa, tomada por uma gestão corrupta, de extrema-direita e igualmente carregada de máfias e influências, destrói a cada dia a classe média, arrastando milhares de famílias para a miséria, demonstrando-se cada vez mais fria e implacável neste “objectivo”, corroborado pela violência e desproporção das forças policias e da autoridade. Caímos a cada dia mais fora do círculo da democracia para entrarmos num mundo tão grato a Salazar, em que Estado, Autoridade e Religião não eram questionados… O mundo actual é o mundo dos Hugo Chávez, servos do satanismo hierarquizado, onde a democracia é substituída de um dia para o outro pela autocracia e pela sinarquia dos ILLUMINATI, seus “deuses e senhores”…

“ANJO DA MORTE”: EX-NAZI CRIA CIDADE DE GÉMEOS

as experiências nazis de fertilização originaram uma cidade com elevada taxa de gémeos, no Brasil

Josef Mengele, médico nazi que torturou inúmeros presos dos campos de concentração durante a 2.ª Guerra Mundial, fugiu para o Brasil no pós-guerra e aí conduziu durante décadas, experiências de fertilização na população local, que resultaram numa cidade com uma taxa de gémeos muito acima da média. Responsável por Hitler em aumentar artificialmente a população ariana na Alemanha Nazi, este alemão sediou-se em Cândido Godoi, uma cidade brasileira localizada no Rio Grande do Sul, acompanhando e medicando grávidas, o que resultou num elevado número de gémeos, muitos deles loiros e de olhos azuis. Sendo a média de 1 em cada 85 gravidezes resultarem em gémeos, este médico conseguiu fazer aumentar a média nesta localidade para 1 em cada 5…! Em 1979 Josef morre em Bertioga, no Estado de São Paulo, enquanto nadava, por enfarte, tendo deixado na população local os resultados das suas experiências levadas a cabo em animais enquanto exerceu como veterinário, nos primeiros anos do seu “exílio”.

CAOS NO TERREIRO DO PAÇO

por falta de planeamento de tráfego, a interrupção de circulação no Terreiro do Paço originou o caos...

Deu início no domingo dia 15 de Fevereiro o desvio de tráfego de 65.000 viaturas diárias da zona do Terreiro do Paço sem que tivesse havido um plano cuidado, estrategicamente lógico de circulação nesta zona da cidade, considerada um dos centros nevrálgicos de distribuição automóvel da capital. Claro que as confusões não se fizeram esperar, com filas de tráfego lento, falta de informação, com prejuízo directo para os automobilistas. Mas também já não esperamos nada dos políticos a não ser caos, coimas, penhoras, longas esperas, falsas promessas e desemprego, certo…?


HUGO CHÁVEZ: DEMOCRACIA TOTALITÁRIA…?

"Atlantica", a "cidade ideal" de Hugo Chávez, construída num planalto no meio da selva...

Na Venezuela a maioria popular optou por dar todo o apoio a Chávez e ao seu governo, que já não governa à luz das leis da democracia, mas que, claramente se sobrepôs a esta, ignorando e segregando os “outros”, os que não apoiaram a sua candidatura e as suas políticas. Pediu o voto dos eleitores para poder “governar por tempo indefinido” o que à letra se deve interpretar como uma forma contemporânea de novo totalitarismo “democrático” populista ou antes um “fascismo popular” que poderá derivar perigosamente numa nova onda de extrema-direita encapotada de falso "socialismo", tão “grata” à Internacional Socialista, cujos princípios derivam da filosofia radical da Nacional Socialista de Hitler… Oxalá, este político não passe de mais um corrupto demagogo, pois ao ritmo a que tem sujeitado o povo venezuelano a transformações políticas de carácter totalitário, não faltarão as perseguições e execuções dos opositores ao “regime chavista”. Para reforçar a sua política totalitária irracional, resolveu construir uma cidade de raíz para 3.000 habitantes, num planalto no meio da selva, com habitações de qualidade do tipo “CHAVE(Z) NA MÃO”, para a qual ficaram altamente dispendiosas as infraestuturas viárias e de construção civil, visto não existir nada à volta num raio de centenas de quilómetros, a não ser selva pura e dura… Hitler também sonhou um dia arrasar Berlim para construir uma nova capital, a cidade dos deuses...

FEIRA DE EMPREGO: DEMAGOGIA SOCRÁTICA - II

as Feiras de Emprego em Portugal, são muitas vezes, apenas locais de passeio com os amigos...

Realizou-se a 15ª Feira de Emprego nos dias 14 e 15 de Fevereiro, no horário 14h-19h no Hotel Vip Zurich (Lisboa). A feira anunciada em inúmeros jornais nacionais e pelo Governo, afinal não passava de uma pequena sala, com cerca de 15 expositores, de entre os quais alguns eram de formação paga (CRH, ISLA, RYANAIR), dois da Força Aérea e Marinha, um para massagens e um para trabalho em África (sem dúvida a maior aposta desta feira). Ouviam-se muitos comentários de desilusão face às tão escassas oportunidades de emprego, visto que eram mais os “negócios” à “caça” de clientes que ofertas de trabalho… Ao menos era gratuita, pois se fosse paga, a desilusão seria, consideravelmente maior. Assim, para muitos, foi apenas um pequeno passeio com amigos, depois do almoço ou um pretexto para tomar café... As medidas políticas para combater o desemprego continuam a revelar alguma falta de imaginação e muita falta de estratégia!!!...


PAINÉIS SOLARES: DEMAGOGIA SOCRÁTICA - I

painéis solares: uma solução para a crise económica das famílias, já "afogadas" em dívidas...?

Foi anunciado recentemente uma “estranha” medida de combate à crise: o desconto de 50% na aquisição de painéis solares por privados, sendo os restantes 50% suportados pelo Governo. Estranha esta medida, numa altura em que as pessoas já não se podem endividar mais. Ainda mais estranha por que foi anunciada pelo próprio Primeiro-ministro como se fosse uma fantástica solução para os problemas que as famílias portuguesas estão a atravessar, com dívidas que não conseguem pagar. Mais parece uma piada masoquista, um sarcasmo maquiavélico que de quem não tem escrúpulos em “sufocar” um pouco mais a agonia familiar dos cidadãos portugueses. Mas a coisa piora ainda mais, quando nos apercebemos de que afinal o maravilhoso “desconto” obriga à contracção de um empréstimo bancário para poder ser entregue o “desconto”. Com hipótese de crédito até sete anos, indexado à Euribor e com “spread” de 1,5% acrescida de uma taxa fixa a acordar com os “clientes”, os interessados serão obrigados a optar por um “pack” fornecimento-instalação-manutenção, do tipo “chave na mão”. Os bancos em questão são a CGD, BCP, BES e BPI e este “benefício” só poderá ser usufruído até 31 de Dezembro ou até se esgotar a verba de 95 milhões de euros correspondente a 50% dos valores de todos os interessados.

BANCOS MUNDIAIS DESPEDEM 172.000

Basílio Horta, faz comentários pouco técnicos sobre a crise, comparando-a a um "terramoto"...

Bancos e seguradoras de todo o mundo anunciaram recentemente despedimentos que, todos somados, totalizam 172.000 postos de trabalho que vão passar a fazer parte das estatísticas de desemprego. Empresas “gigantes económicos” como a ING (holandesa) despede 7.000 de uma só vez. A OIT (Organização Internacional do Trabalho) revela-se muito preocupada com os alarmantes números que não parecem impressionar muito os políticos que não estabelecem estratégias de emergência face a esta verdadeira catástrofe de despedimentos, sem comparação em toda a história. Os países considerados “ricos” sobem a sua taxa média de desemprego para 7,1% da população activa, num total (até agora) de 36 milhões de pessoas sem trabalho, das quais cerca de 20% não têm direito sequer a nenhuma compensação financeira ou subsídio. Na América Latina e Ásia Oriental (onde se encontra a maior parte da linha de produção industrial da China) são geograficamente os locais no planeta onde estes números subiram de forma exponencial. A nível mundial vão-se somando valores de empresas multinacionais: Caterpillar (20.000), Pfizer/Wyeth (20.000), Boeing (10.000), Nec Tokin (9.500), Sprint Nextel (8.000), ING (7.000), Home Depot (7.000), Philips (6.000), Intel (6.000), Microsoft (5.000).

Como solução da crise em Portugal vamos tendo opiniões “especializadas” e “nada” genéricas como esta de Basílio Horta, Presidente da Agência Portuguesa para o Investimento e Comércio Externo de Portugal: comparou a crise internacional a um “abalo de terra que está a gerar uma angústia profunda, porque não sabemos o que havemos de fazer mais”. Com comentários desmoralizadores destes, sem apresentar soluções, Basílio Horta está a “concorrer” com o Mário Soares, para o 1.º lugar dos comentários políticos generalistas, não especializados e com linguagem “nada fashion”. Esperávamos mais de um presidente de tão elevada instituição financeira…

VENDAS AGRESSIVAS

as confortáveis cadeiras de massagens podem-se tornar numa verdadeira "dor de cabeça"...

Com o agudizar da crise económica, o ano de 2008 revelou sinais preocupantes de inúmeros casos de publicidade enganosa ou abusos praticados por muitas empresas de serviços, tendo aumentado o número de queixas na DECO para cerca de 328.000 (um aumento de 31% relativamente a 2007). A PT, Vodafone bateram os recordes de reclamações na área das telecomunicações e internet, sendo logo seguidas por queixas na área de compras e vendas, por problemas com produtos contendo defeitos ou por produtos enganosos como é o caso das vendas agressivas. Neste sector encontram-se nos top’s a Worten, Nokia, Phone House e a Rádio Popular. No sector de serviços de interesse geral, alvo de cerca de 21.000 reclamações ou pedidos de informações, destacam-se a EDP, Lisboagás, CTT e os Serviços Municipalizados de Águas e Saneamento – SMAS (em particular o de Oeiras e Amadora). Os bancos também não escaparam com cerca de 29.000 contactos à DECO, destacando-se as reclamações do Banco Santander Totta, Caixa Geral de Depósitos, Citibank e Millenium BCP. Também o “Livro de Reclamações” foi recusado a cerca de 465 pessoas, prática infractora que pode resultar numa coima que pode chegar aos 30 mil euros, ocorrência normalmente fiscalizada pela Secretaria do Estado do Comércio, Serviços e Defesa do Consumidor.

Mas foi na área das vendas agressivas que os consumidores se sentiram mais lesados, tendo alguns casos sérios contornos jurídicos graves. Cabe à ASAE a fiscalização deste tipo de burlas, desde a adopção, em Março de 2008, da directiva europeia que proíbe a prática de vendas agressivas. No entanto, muitas empresas que praticam este tipo de vendas não têm moradas ou mesmo identidades estáveis, como forma de fugirem às denúncias dos lesados, que obrigam à intervenção da ASAE. Empresas de colchões, aspiradores, formações à distância, cursos de inglês da BBC, cadeiras de massagens e cartões de férias levaram a cerca de 10.447 reclamações na DECO em 2008. Depois de assinar um contrato de compra a prestações, que acabam por colocar produtos sem grande interesse a preços tão exorbitantes como 1.500€ (preço médio deste tipo de burlas) o consumidor apenas tem 14 dias para desistir do contrato do produto e do crédito para pagamento das prestações (muitas pessoas apenas entregam o produto ficando ainda vinculadas a empréstimos aos bancos…!!!). Face à recessão muitas empresas que antes não praticavam este tipo de vendas agressivas estão agora, lamentavelmente, a aproveitar-se dos mais incautos e distraídos para se lançarem nesta vergonhosa prática enganosa de vendas. Também estão incluídos neste tipo de vendas a quase maioria das formações de todos os tipos (com o mesmo valor médio de 1.500€ / ano) anunciadas sobretudo nos jornais distribuídos gratuitamente na CP, no metropolitano e em inúmeros locais públicos, cujo único objectivo é “vender” um produto de baixa qualidade, algumas vezes nem sequer certificado pela DGERT – Direcção Geral do Emprego e das Relações do Trabalho (antigo IQF - Instituto para Qualidade na Formação), noutras até recebendo subsídios deste, mas quase sempre sem aplicabilidade no mercado de trabalho, muitas vezes já completamente saturado nessas áreas profissionais…!!!


RODAS DE COMBOIOS A PREÇO DE “JAGUAR”

também as rodas dos comboios podem ser um "negócio" rentável para "alguns"

A EMEF (Empresa de Manutenção de Equipamentos Ferroviários), subsidiária da CP, continua a investir milhões de euros na aquisição de rodas para as composições de comboios e locomotivas a intermediários (por exemplo, a NASACAR vendeu cerca de 1.882 unidades e a BONATRANS cerca de 4.025), com sede na Bobadela), o que encarece em cerca de 50% o custo final destas peças, fundamentais à segurança destes equipamentos colectivos. Nos últimos dois anos a EMEF investiu cerca de 7 milhões de euros em rodas, compradas a intermediários. Estranhamente o presidente da CP, Cardoso dos Reis, que acumula escandalosamente também o cargo de presidente da EMEF, teve propostas da própria empresa brasileira MWL, fornecedora de um dos intermediários, para o fornecimento directo da CP a preços mais baixos, as quais “estrategicamente” recusou…! São ainda fornecedores intermediários a WAGONOREMONTEN ZAVOD-99 LTD (Bulgária) e a CAF – Construcciones y Auxiliar de Ferrocarriles, SA (Espanha). Contactado o gabinete de Mário Lino sobre este assunto, foi de imediato remetido para a EMEF por se “tratar de um assunto que diz respeito à gestão corrente da EMEF” tendo esta respondido aos assessores do ministro aquilo que já tinha respondido aos jornais: “os elementos[…] relatados são falsos e descontextualizados”. E desta forma, o Ministério das Obras Públicas, que garante não ter “qualquer conhecimento directo do assunto” entendendo que “não tem mais comentários a fazer sobre essa matéria”… Em tempo de recessão, parece ser esta resposta, uma “boa medida política” para reduzir a despesa pública…

20.000 CHINESES EM PORTUGAL

os chineses começaram em Portugal nos anos 90 com negócios de restaurantes de comida oriental

Em Portugal já vivem cerca de 20.000 cidadãos chineses, muitos deles já aceites como cidadãos portugueses. A cultura oriental milenar de conhecimentos tão benéficos para o corpo, mente e espírito, no entanto, fica por terras orientais, pois estes imigrantes pretendem estabelecer-se através de um tipo de comércio “alternativo”, barato e sem qualidade. Quem já não comprou marcadores que secam ao fim de uns dias, martelos que se partem, cd’s e dvd’s que não gravam ou parafusos que se desfazem quando são apertados? O que é certo é que este tipo de comércio de baixa qualidade que compete com comércio tradicional que cumpre as leis europeias, não é sequer fiscalizado pela ASAE que obriga os cidadãos nacionais a rigorosos controlos de qualidade, excessivos e que resultam na maioria das vezes em coimas desproporcionadas que levam mesmo ao encerramento de inúmeras pequenas e médias empresas, já em processo de falência e insolvência.

A comunidade chinesa em território nacional é já detentora de cerca de 300 restaurantes, 500 armazéns e cerca de 5.000 lojas, sediados no território nacional, segundo dados da Liga dos Chineses em Portugal. Este tipo de emigração tinha iniciado o seu processo nos anos 90 (em especial quando Macau passou de mãos portuguesas para gestão chinesa) com uma implementação de inúmeros restaurantes chineses por todo o país, invariavelmente “clones” com o mesmo tipo de decoração importada em contentores directamente da China (os chineses não consomem produtos que não sejam chineses!!!). Depois vieram as lojas de produtos baratos e agora, mais recentemente os armazéns. Desta forma, e estranhamente, os chineses conseguem colocar toneladas de produtos no nosso país, a baixo custo, muitos deles realizados pela exploração de mão-de-obra infantil ilegal na União Europeia, mas “permitida” indirectamente pela falta de fiscalização a estes produtos que, na sua maioria, não passariam os testes de qualidade e as rígidas normas europeias. Assim, deve-se perguntar: quem está por detrás deste megalómano “esquema” comercial, esta mega manobra financeira, que envolve, de certeza poder corrupto político e muitas e muitas “luvas” à fiscalização…??? A China lucra porque exporta os seus produtos, e os portugueses lucram com o quê, exactamente, senão com muito menos oportunidades de negócio...? Quem protege a comunidade chinesa em Portugal? Quem protege este “esquema”, completamente à margem das normas europeias e à vista de todos?...

ÁGUA E ELECTRICIDADE: NOVAS TAXAS ILEGAIS

a TAXA da TAXA da TAXA... a nova forma de enganar o cidadão distraído...

Como se já não bastasse o facto do Governo não tomar medidas sérias para contenção da crise económica, dos despedimentos em massa e dos endividamentos familiares (sem solução à vista), agora aos portugueses ainda vêem aumentadas as suas facturas da água e da electricidade com taxas e mais taxas, que todas somadas, representam o chamado “pequeno roubo” nas finanças familiares. Sub-repticiamente está a ser já aplicada uma Taxa de Recursos Hídricos, imposta pelo Ministério do Ambiente, nas contas da água, para pagamento da captação de águas de abastecimento e escoamento de águas residuais. Esta taxa é devida à ARH (Administração da Região Hidrográfica) à qual tem de ser entregue, podendo ser cobrada directamente por esta entidade ou pelas entidades intermediárias no processo de gestão da água, como por exemplo as Águas de Cascais, que já se encontram a cobrá-la desde Janeiro de 2009. Não deixa de ser estranho “inventar-se” uma “nova” taxa para explicar um aumento de um serviço que já estava pago, pois se os utilizadores assinaram um contrato com determinadas condições, uma das partes não o pode alterar a seu bel-prazer criando um novo serviço que inclui novos encargos para os utilizadores, visto ser anti-constitucional, para além de ser uma violação dos direitos adquiridos e contraídos por contrato defendidos em qualquer tribunal. Um contrato é um acordo entre duas partes e não uma imposição de regras por apenas uma das partes interessadas. A Taxa de Águas de Abastecimento tem um valor de 0.0525 €/m3 e a Taxa de Águas Residuais tem um valor de 0,1810 €/m3.

Da mesma forma, a EDP está a cobrar indevidamente uma taxa fixa de 3,42€ para “contribuição audiovisual” todos os meses para um serviço supostamente prestado pela RDP, quando a grande maioria das pessoas já têm a sua televisão e internet ligada à TVCABO ou MEO, pelo que constitui um valor indevido, na maior parte dos casos (até nas facturas dos condomínios…!).

Como se isto não bastasse, o subtil decreto-lei que obriga à cobrança mensal das facturas de água, gás, electricidade e telefone faz com que algumas taxas independentes do consumo, em vez de serem cobradas apenas uma vez, sejam cobradas duas vezes, por muito baixo que seja o valor, correspondendo a uma forma “inteligente” de aumentar o valor da factura. Claro que a tendência é para, com o agravar dos problemas ambientais, os políticos aumentarem estas taxas anualmente, culpabilizando os utilizadores da poluição do planeta, enquanto eles “enchem” os bolsos à conta da boa fé dos portugueses… Os políticos em vez de resolverem os problemas reais do país, limitam-se, hoje, a criarem leis para poderem aplicar coimas, taxas e extorquirem dinheiro do povo de todas as maneiras e feitios, até que as pessoas não tenham mais dinheiro, nem sequer para comer. Obrigado senhores políticos por “defenderem” os interesses daqueles que os elegem…

EUTANÁSIA: GESTÃO FRIA DE RECURSOS

adeus Hipócrates, o teu juramento não passa de História aos olhos da NOVA ORDEM...

A quem serve a morte assistida nos hospitais, senão ao Estado, como forma de redução das dispendiosas despesas de manutenção da vida a pessoas que requerem enormes cuidados de saúde?... Não querendo estar a acusar ninguém em particular, pode-se no entanto, encarar esta lei como mais uma medida fria, diria mesmo gélida, tão gélida como a pele de um morto, a de colocar na mão de médicos o poder da morte em vez do poder da vida. O juramento de Hipócrates, o juramente mais sagrado da classe médica, ao qual estão obrigados todos os médicos para exercerem a sua profissão, quando terminam a sua licenciatura diz claramente: “eu juro, por Apolo, médico, por Esculápio, Higéia e Panacéia, e tomo por testemunhas todos os deuses e todas as deusas, cumprir, segundo meu poder e minha razão, a promessa que se segue: estimar, tanto quanto a meus pais, aquele que me ensinou esta arte; fazer vida comum e, se necessário for, com ele partilhar meus bens; ter seus filhos por meus próprios irmãos; ensinar-lhes esta arte, se eles tiverem necessidade de aprendê-la, sem remuneração e nem compromisso escrito; fazer participar dos preceitos, das lições e de todo o resto do ensino, meus filhos, os de meu mestre e os discípulos inscritos segundo os regulamentos da profissão, porém, só a estes. Aplicarei os regimes para o bem do doente segundo o meu poder e entendimento, nunca para causar dano ou mal a alguém. A ninguém darei por comprazer, nem remédio mortal nem um conselho que induza a perda. Do mesmo modo não darei a nenhuma mulher uma substância abortiva. Conservarei imaculada minha vida e minha arte. Não praticarei a talha, mesmo sobre um calculoso confirmado; deixarei essa operação aos práticos que disso cuidam. Em toda a casa, aí entrarei para o bem dos doentes, mantendo-me longe de todo o dano voluntário e de toda a sedução sobretudo longe dos prazeres do amor, com as mulheres ou com os homens livres ou escravizados. Àquilo que no exercício ou fora do exercício da profissão e no convívio da sociedade, eu tiver visto ou ouvido, que não seja preciso divulgar, eu conservarei inteiramente secreto. Se eu cumprir este juramento com fidelidade, que me seja dado gozar felizmente da vida e da minha profissão, honrado para sempre entre os homens; se eu dele me afastar ou infringir, o contrário aconteça”.

Assim a ética médica é absolutamente colocada em causa. Se por um lado um doente em situação de sofrimento tem o direito a acabar com a sua vida, por outro esta decisão, tornada lei, coloca a morte como a forma preferencial de solução de um problema, quebrando a fé e esperança na vida, que sempre fizeram desenvolver a investigação biológica e médica. A eutanásia é uma medida implementada com a mesma filosofia das câmaras de gás nazis: acabar com um problema para o qual não se procura solução e “resolvê-lo” da forma mais rápida e menos dispendiosa para o Estado… Além disso, esta situação poderá levar a inúmeras cabalas médicas e familiares com interesses na morte de determinados doentes por terem interesses directos, nomeadamente no caso de heranças de pessoas que se encontram moribundas ou quando se quer “aniquilar” alguém, “inventando-lhe” uma doença incurável para posteriormente esta ser conduzida e desmoralizada ao ponto de desejar a sua própria morte, fruto de tratamentos químicos e drogas psicotrópicas que a levem a “desejar” o suicídio. Depois de criada a lei, virão os diplomas e decretos-lei que a “actualizarão” e sem darmos por isso, um dia a lei da eutanásia, transforma-se num decreto-lei do tipo da “Solução Final” da Gestapo de Hitler… Esta é mais uma medida claramente niilista desenvolvida por políticas fundamentalistas de extrema-direita que pretendem por todos os meios desmoralizar a cada dia, cada vez mais pessoas…

BRIGADA DE TRÂNSITO = UNIDADE NACIONAL DE TRÂNSITO

o combate ao álcool parece ser uma prioridade na nova UNT, e as coimas, claro...

Mudam-se os nomes das instituições para se poderem mudar as regalias sociais e laborais, para substituir postos de direcção e criar uma nova hierarquia. O que é preciso é, “à força”, mudar as regras, adaptá-las de forma a atingir os objectivos… É assim com a Brigada de Trânsito, nada amigável dos condutores, agora “substituída” pela UNT (Unidade Nacional de Trânsito). Como, na política tudo muda sempre para pior e para um maior controlo do cidadão, espera-se que esta nova polícia possa exercer o mesmo tipo de “brutalidade” selectiva política na escolha das suas “vítimas” praticada pela desmesurada e insensível política de coimas da ASAE. Até agora esta nova força policial já multou mais de 1500 condutores e efectuou 43 detenções. De certeza que demonstrou bem a “confiança” do governo, pois já começa a dar lucro… Em tempo de recessão, até os políticos têm de “o” ir buscar a algum lado, certo…?

Também a “Associação Portuguesa para o Estudo do Fígado” (estranha especialização esta…!) parece estar apostada em ajudar esta nova unidade policial, elogiando o Plano Nacional para a Redução dos Problemas Ligados ao Álcool que proíbe os estabelecimentos comerciais a venderem bebidas alcoólicas a menores de 18 anos (tal como nos EUA). Num país onde o vinho é tradição histórica é melhor inventarem um vinho sem álcool, tal como já inventaram o café descafeinado, o açúcar sem açúcar e a cerveja sem álcool… Já agora podia-se criar um Instituto ou uma Associação (por adjudicação directa, claro!!!...) para se desenvolver este novo “produto” e assim o Estado português lucrava de todos os lados…mais uma vez… Como sempre, a Lei, a “criação de empresas específicas para aplicação da lei”, depois o fornecimento de equipamentos a essas empresas, e finalmente as coimas a quem não cumpre uma catrefada de normas e decretos regulamentares obrigatórios… A fórmula repete-se sempre. O problema é que se repete em todas as frentes e sectores, e os lesados são sempre, sem excepção, os cidadãos comuns, não os que podem pagar tudo e mais alguma coisa…!

DISPOSITIVO ELECTRÓNICO DE MATRÍCULA: O “CHIP”

nas portagens será válido o CHIP ou o identificador (já pago) da VIA VERDE...?

Depois do presidente da Comissão Nacional de Protecção de Dados (CNPD), Luís Silveira, ter admitido ter dúvidas quanto à legalidade da instalação de chips nas matrículas dos veículos ("não se pode usar tecnologia que permita a qualquer momento que essas tais entidades passem a conhecer em que ponto do País se encontram todos os veículos, o que seria desproporcionado") e segundo o relatório da CNPD, citado pelo deputado Fernando Santos Pereira ("a identificação de veículos através da leitura electrónica da sua matrícula, se for entendida de modo a permitir a localização geral e permanente do paradeiro ou do percurso do titular de qualquer veículo em circulação, traduz-se numa violação ilegítima e não justificada da reserva da vida privada dos cidadãos") a instalação de chips electrónicos nas matrículas de todas as viaturas poderá revelar-se uma medida política perigosa. Quem o diz é a Oposição em bloco na Assembleia da República, que considera estar em causa a "violação da privacidade" dos condutores. "Nada nos diz que a informação sobre o cidadão não será usada de forma abusiva. Esta inovação tecnológica pode retirar liberdades, direitos e garantias [...] a cinco milhões de automobilistas", acusou ontem um deputado, demonstrando preocupação com a "potencialidade localizadora e seguidora de qualquer cidadão comum". Todos os partidos da Oposição advertiram para o perigo de o dispositivo electrónico violar a privacidade dos condutores e exigiram saber que entidades irão partilhar a base de dados. Perguntas que ficaram sem resposta.

O dispositivo electrónico de matrícula (DEM) aprovado por lei no dia 05.02.2009, obrigatório para todos os veículos motorizados, custará dez euros e constituirá um encargo suportado pelos condutores (gratuito apenas nos primeiros seis meses). O chip, que regista informação sobre o seguro automóvel e a inspecção obrigatória, destina-se igualmente a fiscalizar o cumprimento do código da estrada (excessos de velocidade, estacionamentos proibidos, manobras perigosas,…), identificar veículos acidentados, abandonados ou roubados, controlo e gestão de tráfego e cobrança de portagens virtuais e outras taxas rodoviárias, nomeadamente multas ou portagens à entrada das cidades, tal como previsto na Lei de Finanças Locais. Segundo o MOPTC, "os dispositivos de identificação ou detecção electrónica de veículos através do DEM serão dotados de um alcance meramente local, de forma a permitir o simples reconhecimento de veículos situados nas proximidades, não podendo, em caso algum, fazer o acompanhamento geral e permanente dos veículos". Para garantir a salvaguarda da privacidade dos proprietários e condutores dos veículos, o diploma refere que "não haverá cruzamento automático e permanente entre as bases de dados dos DEM e os dados relativos aos proprietários constantes do registo automóvel". O Instituto da Mobilidade e Transportes Terrestres (IMTT) é a única entidade a poder associar em permanência o código do DEM ao registo nacional de matrículas, não tendo, contudo, acesso à informação obtida através dos equipamentos de detecção do DEM. A 27 de Novembro, a CNPC considerou, num parecer, que não estava garantido o direito à privacidade dos condutores na proposta de lei. A CNPC referia que a nova legislação deve "permitir que os condutores possam optar, com todas as garantias, entre o pagamento das portagens através de um sistema electrónico de leitura das matrículas e a sua cobrança através de outros meios já existentes". No final de Agosto, quando promulgou o diploma que autorizava o Governo a legislar sobre esta matéria, o Presidente da República alertava precisamente para "dúvidas quanto à limitação à reserva de intimidade da vida privada dos cidadãos que o novo mecanismo de identificação e detecção electrónica de veículos suscita, e que não foram dissipadas durante o debate parlamentar". O Conselho de Ministro aprovou, igualmente, o decreto-lei que constitui a sociedade anónima de capitais exclusivamente públicos "SIEV, Sistema de Identificação Electrónica de Veículos, S. A.", atribuindo-lhe o "exclusivo da exploração e gestão do sistema de identificação electrónica de veículos".

Os abusos que este dispositivo pode originar “infernizando” ainda mais a vida dos portugueses são infindáveis. O acesso OBRIGATÓRIO, directo à conta bancária para cobrança de todo o tipo de portagens, multas, seguros, EM TEMPO REAL, é uma clara violação ao direito de opção a outros sistemas de pagamento, designadamente, em dinheiro, o que só por si, constitui uma forte violação aos direitos e liberdades dos cidadãos em geral, e da constituição em particular. Além disso se o veículo ou a matrícula forem roubados (e isso vai passar a ser um crime comum…!) serão descontados da conta bancária do seu proprietário, em tempo real, todos os valores “devidos” pelo seu “uso indevido”. O enorme rol de serviços envolvidos no chip irão originar infindáveis complicações, já para não falar das cabalas que entidades particulares e públicas poderão efectuar sobre cada condutor (enquanto indivíduo) e respectivos passageiros. Para além disso, no início a sua utilização até pode ser “suavizada” mas pela tendência europeia para “sufocar” o cidadão, este chip pode ser utilizado para tudo e mais alguma coisa. Poderão até, depois do “consentimento universal” actualizá-lo todos os anos com tecnologia cada vez mais sofisticada e mais “perigosa” para a liberdade dos cidadãos!!!... Um BIG BROTHER, assustador, uma nova PIDE, que só vem comprovar que em Portugal se está a instalar um Estado ditatorial, fascista, de ideais operativos totalitários e de contornos manipuladores. O total controlo dos movimentos dos veículos, associados à já possível localização por GPS dos telemóveis, bem como a sua relação e associação à conta bancária, são mais do que sinais desta realidade: são sinal, que se os portugueses aceitarem colocar o chip no seu veículo, estão, definitivamente, a dizer adeus aos princípios de liberdade defendidos em democracia. Associada à recessão e ao desespero que já milhares de famílias estão a passar, esta “simples” lei, colocará fora de circulação muitos veículos que poderiam circular em situação mais ou menos regular, daquelas famílias que, não tendo dinheiro para pagarem num determinado mês, poderiam pagar no mês seguinte… Imagine começar a receber multas atrás de multas na sua conta bancária, ou porque o seu seguro automóvel expirou, ou porque a inspecção caducou à uma semana… Esta medida vai favorecer apenas os cidadãos que podem pagar, sendo mais uma facada nos miseráveis portugueses que tentam desesperadamente sobreviver a este país onde os políticos se preocupam apenas a legislar “efectivamente” a favor dos mais ricos. O povo, esse, está a perder todas as regalias sociais conquistadas nos “anos de ouro” da “União” Europeia. Deveria ser negado, por todos os portugueses publicamente, através de uma manifestação nacional, o uso deste equipamento abusivo, antes que seja tarde demais…!!! A ditadura aproxima-se a cada dia da sua materialização. Acredite quem quiser… Eu, pessoalmente, vou protestar contra esta lei, não fazendo circular o meu veículo, não permitindo, desta forma, o acesso directo à minha conta bancária nem o acesso aos meus dados pessoais, com alto risco de poder ser roubado e ter de viver nessa “insegurança” constante...!