a austeridade portuguesa está a copiar os erros cometidos pela Grécia: esmagar a economia
A medida vai poupar cerca de 2.500 milhões de euros aos cofres do Estado e compensar o desvio da execução de 2011. A poupança obtida com a eliminação dos subsídios de férias e de Natal dos funcionários públicos permitirá tapar mais de 80% do buraco orçamental descoberto este ano. O primeiro-ministro revelou ontem que, afinal, o desvio no Orçamento de 2011 é de três mil milhões de euros - um descontrolo que rebola para 2012 quase por inteiro e que obrigou por isso a mais medidas de austeridade. As contas do Orçamento deste ano continuam a revelar surpresas e a justificar o agravamento da austeridade. Afinal, o desvio face aos compromissos assumidos com a ‘troika' não é de dois mil milhões de euros, mas sim de três mil milhões. Para explicar o descontrolo das contas, o primeiro-ministro relembrou que quando tomou posse, a 21 de Junho, "70% do défice permitido para a totalidade do ano fora já esgotado". Além disso, será preciso contar com um afrouxamento da receita fiscal, fruto do agravamento da recessão económica na segunda metade do ano. Tudo isto afundou ainda mais o buraco das contas públicas. (in, Ecomnómico).