com a bancarrota a caminho, os mais zelosos querem garantir a protecção das suas poupanças
Os portugueses perderam definitivamente o interesse pelos produtos de poupança do Estado. Os certificados de aforro e do Tesouro registaram em 2011 a fuga de famílias mais elevada de sempre. Dos cofres do Estado saíram mais de 4 mil milhões de euros em certificados de aforro. Por sua vez, com os certificados do Tesouro, o governo falhou a meta, já que o montante angariado ficou aquém do previsto no Orçamento do Estado para 2011.
De acordo com os dados fornecidos pelo Instituto de Gestão de Crédito Público (IGCP) ao i, o número de portugueses com certificados (aforro e Tesouro) em carteira desceu de 610 180 no final de 2010 para 534 840 em Dezembro de 2011.
Feitas as contas, 75 340 portugueses desistiram dos instrumentos de aforro do Estado, uma fuga sem precedentes. Em média, estes produtos perderam cerca de 206 investidores por dia.
A baixa rentabilidade dos certificados de aforro, o congelamento da taxa de juro dos certificados do Tesouro, o aperto financeiro das famílias e a concorrência dos produtos oferecidos pela banca são algumas das explicações avançadas pelos especialistas. O desenvolvimento da notícia em: http://www.ionline.pt/dinheiro/fuga-recorde-mais-75-mil-familias-resgatam-certificados-aforro.