KADHAFI INCITA "JIHAH" CONTRA SUIÇA POR RESTRIÇÃO A MESQUITAS

as declarações de Kadhafi não são compatíveis no panorama das relações internacionais

O líder da Líbia Muammar Kadhafi incitou nesta quinta-feira, 25, uma "jihad" ou revolta armada contra a Suíça, nação a qual acusou de ser um Estado infiel que estava a destruir mesquitas, em referência ao veredicto de um referendo suíço que proíbe a construção desses templos. "Qualquer muçulmano em qualquer parte do mundo que trabalha com a Suíça é um infiel, é contra (o Profeta) Maomé, Deus e o Corão", disse Kadafi durante um encontro na cidade oriental de Benghazi para comemorar o aniversário do Profeta. As relações da Líbia com a Suíça foram congeladas em 2008 quando um filho de Kadhafi foi preso no hotel em Genebra, acusado de abusar de empregadas domésticas. Solto pouco tempo depois, as acusações foram retiradas, mas a Líbia cortou as relações com a Suíça, retirou biliões de dólares de contas em bancos suíços e prendeu dois executivos suíços que trabalhavam no país do norte da África.

Um deles foi libertado, mas o outro foi forçado nesta semana a deixar a embaixada suíça em Tripoli, onde estava abrigado, e mudar para uma prisão para cumprir uma sentença de quatro meses, aparentemente evitando um maior conflito. Segundo a Líbia, a prisão do líbio em Genebra e o caso dos dois executivos não possui ligação. "Deixem-nos lutar contra a Suíça, o sionismo e a agressão estrangeira", disse Kadhafi. "Isso não é terrorismo", acrescentou o líder em referência a Al-Qaeda. "Há uma grande diferença entre o terrorismo e uma jihad, que é um direito de luta armada", considerou.