GOVERNO SUSPENDE CONSTRUÇÃO DA TERCEIRA AUTO-ESTRADA LISBOA-PORTO

obras faraónicas iniciadas em plena crise, pelo Governo Sócrates, começam a abrandar

O facto de ainda não ter entrado em obra, facilita a suspensão do troço do IC3, entre Condeixa e Coimbra. O próximo corte de investimento no programa de novas concessões rodoviárias lançado pelo último governo de José Sócrates deverá levar à suspensão da construção do IC3, entre Condeixa e Coimbra, incluída na concessão do Pinhal Interior. Esta concessão foi adjudicada a 10 de Janeiro de 2010 ao consórcio da Ascendi, liderado pela Mota-Engil e pelo Banco Espírito Santo (BES). A concessão da Pinhal Interior, juntamente com a Auto-estradas do Centro (que já tinha sido suspensa pelo ex-ministro das Obras Públicas, António Mendonça, a 10 de Fevereiro de 2010), constituía a polémica "terceira auto-estrada Lisboa-Porto". Este é o corte mais significativo de um conjunto de investimentos nas novas concessões rodoviárias que poderão ser alvo de cancelamento, de acordo com um levantamento que está a ser efectuado pela Estradas de Portugal. A decisão final ainda não foi tomada, porque o Governo quer discuti-la com os autarcas da região, mas é dada como "muito provável". O troço do IC3 em causa tem uma extensão prevista de 25,6 quilómetros e o investimento global seria de 570 milhões de euros, não só em construção, mas também na componente de exploração e manutenção, e nos custos de financiamento, ao longo dos 40 anos da concessão.