Assistimos na última década à destruição do pouco que restava do Parque Mayer, em Lisboa. Pedro Santana Lopes manda encerrar o recinto e em vez de apoiar financeiramente as companhias aí sediadas, contrata um espalhafatoso projecto do arquitecto internacional Frank O. Gehry, seu amigo pessoal, com orçamentos de projecto e de construção muito acima da média nacional para projectos equivalentes. António Costa torna-se o novo presidente da câmara e o Parque Mayer é transformado em parque de estacionamento público, enquanto espera novo destino. No Porto em Outubro de 2006 algumas dezenas de pessoas fecham-se dentro das instalações do teatro Rivoli como forma de protesto contra a privatização da companhia de teatro pela falta de apoios da parte do Estado, mas nada conseguem. Entretanto em Lisboa e por todo o país vemos praticamente apenas uma “marca” progredir, pois livre de concorrência, e com o apoio da opinião pública “fabricada” através de notícias estratégicas nos Media, Filipe La Féria, controla cada vez mais companhias de teatro e os próprios teatros, na zona das portas de Santo Antão.
Com os seus conhecidos musicais apoiados de várias formas e com mecenatos diversos, La Féria, “institui-se” como o grande nome do teatro comercial. Mas para isso, todos os concorrentes, menores ou não, tiveram de desaparecer “estrategicamente” do mapa artístico. Assim os grandes musicais internacionais não enfrentam concorrência de bilheteiras, já que o público português frequenta muito menos o teatro que o cinema (por este ser necessariamente mais caro). Com forte apoio socialista e de muitos “herméticos” da sociedade de elites portuguesa, este encenador acaba por manipular o mundo da produção artística, concentrando na sua pessoa toda a fama e glória. No mundo dos actores e artistas que trabalham consigo, ninguém diz mal do “boss”, tal como na Hollywood dos anos 40, onde a máfia da direita manipulava todas as “peças” da sua máquina produtora. Não há direito a opinião nos bastidores, apenas submissão e trabalho duro. Ninguém tem tempo para respirar ou pensar. Todos entram na rápida máquina de produção, sem descanso, caso queiram continuar a trabalhar na companhia… Estes métodos, tão longe da arte criativa do teatro e da representação, são aplicados de forma sistemática por muitas empresas conotadas com uma certa extrema-direita, como forma de aniquilarem pensamentos, representações ou transmissão de ideias revolucionárias, críticas da sociedade e manifestações reaccionárias em relação ao poder instituído. O teatro de revista do pós-25-de Abril morreu. Mataram-no pois era inconveniente à execução do plano pensado dos Illuminati, de aniquilarem todas as formas de expressão de esquerda, para melhor se instituir uma NOVA ORDEM MUNDIAL, totalitária, onde a opinião pessoal ou contrária ao sistema, não tem lugar…