PASSOS COELHO INSULTADO POR POPULARES NA INAUGURAÇÃO DO CENTRO DE ARTE MODERNA DE MATOSINHOS

quando os Primeiros-ministros são vaiados em público, ficam pouco tempo no poder

Foi em Matosinhos que Pedro Passos Coelho teve, esta quarta-feira, a sua primeira “chuva” de apupos e insultos enquanto primeiro-ministro. À chegada ao novo Centro de Arte Moderna Gerardo Rueda, que inaugurou, houve manifestações de descontentamento de alguns populares, mas também outras de apoio. Na partida das viaturas oficiais houve mesmo necessidade da intervenção policial para acalmar os ânimos mais exaltados. Na cerimónia, o primeiro-ministro defendeu que “cada oportunidade perdida é uma pequena tragédia” de que o país nunca recupera. E rejeitou que, em tempos de crise, a arte e a cultura devam ser subordinadas a outras prioridades. Durante a sua intervenção, após ter visitado o novo espaço cultural, o primeiro-ministro defendeu que “hoje o desafio crucial para os portugueses é saber aproveitar todas as capacidades de cada pessoa”, condenando o facto de “durante demasiado tempo” Portugal ter reservado “um olhar desaprovador para a irreverência das novas gerações”. “Este não é o Portugal em que eu acredito. (…) O capital humano não é senão a capacidade de inventar um futuro novo, de multiplicar possibilidades e abrir horizontes. Cada oportunidade perdida é uma pequena tragédia de que nunca recuperaremos. Isto vale para as artes como para a economia”, defendeu.