Comprovado já por milhares de portugueses, estes jornais distribuídos gratuitamente nos meios de transporte e por todas as cidades, anunciam nas suas páginas cursos de formação, ofertas de emprego, prestação de diversos serviços por algumas empresas. Jornais gratuitos e lidos sobretudo por aqueles que não podem comprar jornais diariamente. Constata-se agora que, a maioria destes anúncios são fraudulentos e que visam explorar ainda mais aqueles que já pouco têm. Formações em média de 1.500€ (que depois não têm aplicabilidade no mercado e que apenas exploram a ânsia dos desempregados), empregos com estágios que não dão em nada (e que levam as pessoas a consumirem gasolina e fazerem despesas sem obterem nada em troca), empresas que prestam serviços enganosos e fraudulentos representam a maioria destes anúncios. Os principais prejudicados são jovens inocentes ou desempregados que procuram desesperadamente resolver a sua situação financeira embarcando em todo o tipo de armadilhas e burlas, montadas como se se tratassem de situações reais e construtivas. Este é o reverso da medalha de aceitar jornais “à borla”. Neste país tudo se paga, e paga-se bem…