As retaliações europeias ao Governo português não se fizeram esperar, em função dos maus resultados de José Sócrates, responsável pela perda da maioria do PS nestas eleições legislativas. É que a União Europeia apoia "preferencialmente" todos os governos que defendem a implementação das suas políticas macroeconómicas que permitem mais facilmente aos grandes grupos económicos europeus e internacionais introduzirem os seus produtos ou serviços em países "subjugados" ao sistema, como é o caso de Portugal. Sócrates, actuando como "testa de ferro" das políticas cegas europeias, não só prejudicou os portugueses com as suas decisões irresponsáveis e autoritárias que levaram ao desemprego mais de meio milhão de portugueses como também reduziu a capacidade da Europa influenciar a sua política económica, que muito tem prejudicado a média dos portugueses. Atacados por um lado pelo incentivo ao consumo e contracção de dívida pela União Europeia e por outro pelas Finanças portuguesas que, implacáveis e indiferentes à grave crise que se abateu no nosso país, efectuaram cerca de 200.000 penhoras num só ano levando ao desespero milhares de famílias e à falência empresas já em crise...!!!
Em Novembro a Comissão Europeia abrirá um procedimento contra Portugal, colocando Lisboa sob vigilância orçamental e avançar com um calendário para este saia da situação de desequilíbrio das contas superior a 3% do PIB (défice excessivo e que no final do ano será sensivelmente o dobro!!!) segundo as regras estipuladas no Pacto de Estabilidade e Crescimento da União Europeia e verificadas pelo Eurostat (instituto europeu de estatísticas). Na prática, a União Europeia chama "criançolas" aos governantes portugueses, puxa-lhes as orelhas e passa a controlar a sua "mesada" e as suas despesas... Basicamente a Comissão Europeia vai gerir Portugal. Poderá ser Portugal o primeiro país da União a ser gerido directamente por políticos não nacionais?