BUR(R)OCRACIAS LUSAS

muitos funcionários públicos são tão implacáveis para com as suas "presas" como o Tiranossaurus Rex

Quantos de nós já não nos vimos a braços com a “poderosa máquina bafienta e pós-revolucionário-e-paradoxalmente-salazarista” da burocracia da função pública portuguesa, herdada desse período fascista e que faz imensos trabalhadores que aí se deslocam para tratarem dos seus assuntos, perderem horas preciosas do seu trabalho para resolver pequenas questões, muitas vezes fruto de erros ou confusões internas dos próprios serviços?... Pois é… Esta “máquina” mafiosa do funcionário típico da função pública que trata o utente ou o cidadão abaixo de cão, como se se tratasse de um criminoso que pedincha misericórdia a uma força da autoridade e que se tem de ajoelhar perante o Todo-Poderoso funcionário que exerce o seu poder implacável (às vezes só com o olhar, ou com a falta dele!!!...) sobre as vítimas que se encontram do outro lado do sólido balcão de pedra… O utente é sempre o burro, o culpado, aquele que faz perder o precioso tempo ao funcionário, que prefere estar embrenhado nas toneladas de papéis que estrategicamente coloca na sua secretária (para parecer que o seu trabalho é pesado e muito sério). Ou é porque lhe falta um documento, uma declaração, uma fotocópia, ou porque faz demasiadas perguntas, ou porque se está a armar em esperto para ver se não tem de voltar à instituição ou repartição, ou porque quis passar à frente de milhares de pessoas (que aguardam ordeiramente na fila) para perguntar se é ali que… ou porque preencheu mal o impresso e tem de pagar uma coima, ou porque não pagou o que devia a tempo e terá de enfrentar um mar de problemas que isso acarretará… Muitos destes funcionários, nos dias de hoje, estão-se literalmente “borrifando” para o correcto ou errado preenchimento de declarações ou impressos (e isso nas finanças é mato!!!...) dos utentes, não usam critérios ou estratégias comuns no preenchimento ou nas informações que dão (às vezes mesmo dentro do mesmo atendimento as informações são completamente opostas ou díspares), o que cria uma ideia de total incompetência dos serviços e inoperância, reflectindo-se muitas vezes em coimas para os próprios cidadãos, que na sua boa fé, acreditam nas falsas ou erróneas informações que lhes são irresponsavelmente prestadas.

Para infelicidade cada vez maior dos portugueses, agora até muitas empresas privadas, como os bancos, gestoras de cartões de crédito, lojistas ou outros tipos de empresas, usam estes “procedimentos” e “atenções” para com os clientes, tornando as suas vidas num verdadeiro inferno, entre problemas e incertezas, pois já nada é certo ou seguro… A relatividade e o caos são palavras de ordem na sociedade portuguesa e europeia e a informatização dos serviços públicos e por vezes até privados, em vez de simplificar a vida de todos é muitas vezes utilizada de forma arcaica e pouco lógica, tornando-se tão “obsoleta” e ridícula como o papel químico usado até aos anos 70 face às modernas fotocopiadoras surgidas em massa, nos finais dos anos 80, em Portugal!!! Por mim, os funcionários públicos, quase sem excepção, podiam ser despedidos em massa, resolvendo desta forma o governo, uma parte significativa do problema da “recessão política” que atravessa…