A organização separatista basca ETA e a guerrilha colombiana das FARC beneficiaram de uma "cooperação governamental venezuelana" no assassínio de personalidades colombianas em Espanha, afirmou o juiz de instrução espanhol Eloy Velasco. Entre os potenciais alvos dessa colaboração figuravam o presidente da Colômbia, Álvaro Uribe e o seu antecessor, Andrés Pastrana, segundo este juiz. É provável que por detrás destes ataques esteja a tentativa da Venezuela assumir-se como o maior exportador de cocaína da América do Sul. Foram acusados 6 membros da ETA e 7 da FARC. Desde que o Rei de Espanha mandou calar Hugo Chávez em público, no célebre episódio "por qué no te callas?", que as relações entre Espanha e Venezuela azedaram definitivamente. Em 2005, um membro da ETA, Arturo Cubillas Fontan, foi nomeado para um cargo de responsabilidade no Ministério da Agricultura venezuelano, casando logo de seguida com uma venezuelana, ela própria detentora de diversos cargos públicos desde que Hugo Chávez chegou ao poder. Para o juiz espanhol, Cubillas era o responsável pelo colectivo da ETA, naquela parte da América, desde 1999.