O presidente da SIBS (rede multibanco), Vítor Bento, considera que a única liberdade que Portugal tem é a de continuar a pedir emprestado, por força do caminho que escolheu, considerando imperioso estabilizar o crescimento da dívida pública. Portugal é actualmente o país da Europa com a maior dívida externa líquida em percentagem do PIB, cerca de 250 por cento em termos brutos. A Dívida Pública foi em 2004 de 90,7 mil milhões de euros (62,9% do PIB); em 2005 de 101,8 mil milhões de euros (68,3% do PIB); em 2006 de 108,6 mil milhões de euros (69,9% do PIB); em 2007 de 112,8 mil milhões de euros (69,1% do PIB); em 2008 de 118,5 mil milhões de euros (71,3% do PIB); em 2009 de 132,8 mil milhões de euros (80,6% do PIB); em 2010 de 146,8 mil milhões de euros (87,7% do PIB).
Já no que toca à Despesa Corrente do Estado temos: 59.368 milhões de euros (2004); 64.567 milhões de euros (2005); 66.646 milhões de euros (2006); 69.007 milhões de euros (2007); 71.938 milhões de euros (2008); 73.968 milhões de euros (2009); 75.610 milhões de euros (2010). No meio de tantos milhões uma coisa parece clara: as dívidas externa e pública de Portugal crescerão sempre exponencialmente já que cada vez produzimos menos e importamos mais. Estamos hipotecados aos que nos emprestam. Em breve deixaremos de ser uma nação soberana... Talvez seja esse o destino dos países europeus mais fracos e talvez seja esse um dos objectivos dos países mais fortes...