Depois do Governo ter accionado o PEC1 com um PEC2 dentro deste, o que vem sobrecarregar de impostos as famílias mais carenciadas baixando-lhes também os subsídios de férias, continua alegremente a gastar milhões nos seus projectos faraónicos e, agora, anunciou uma verba de 43 milhões de euros apenas para realizar os "Censos 2011", uma operação que poderia perfeitamente ser adiada face ao cenário negro da economia nacional das famílias portuguesas. O ministro da Presidência, Pedro Silva Pereira falava à margem das comemorações do 75.º aniversário do Instituto Nacional de Estatística (INE) e adiantou que o trabalho preparatório desta operação "está em curso". As equipas dos Censos deverão estar no terreno entre Março e Abril de 2011. "Até lá, é preciso preparar toda a ferramenta informática, formar as equipas e desenhar os questionários", acrescentou o ministro da Presidência, lembrando que se trata de uma operação "de enorme envergadura, que implica um grande investimento, porque é preciso recrutar recursos humanos em todo o país e garantir o seu acompanhamento para assegurar a fiabilidade dos dados". A entrada de novos funcionários para o INE poderá ser feita por via dos instrumentos de mobilidade na função pública. A presidente do INE, Alda Carvalho, salientou que "os tempos que correm não são fáceis para os organismos de estatística", aos quais se exigem estatísticas cada vez melhores e mais detalhadas para aumentar a informação disponível, sobretudo numa altura de crise.