Talvez na ânsia ou desespero de demonstrar que será possível fazer um próximo Governo em coligação com o PS, Pedro Passos Coelho tomou em menos de um mês várias posições que o deixam já de fora da hipótese de poder vir a ser alguma vez Primeiro-ministro de Portugal. Depois da "barraca" com o RSI e com a perseguição aos beneficiários do subsídio de desemprego segue-se agora a colagem a Sócrates, novamente, para que o aumento de impostos seja uma realidade em Portugal. 1% Para o IVA. No IRS o aumento será de 1% para salários inferiores ou iguais a 2.375 € e de 1,5% para valores superiores. Os bancos terão de pagar uma "taxa-crise" de cerca de 2,5% sobre os lucros. Tudo somado dará cerca de 1.000 milhões de euros. A despesa será cortada com uma redução de 5% nos salários dos membros do Governo, deputados, autarcas, gestores públicos e reguladores.
Este aumento de receita e corte de despesas permitirá gerar uma poupança de 2.100 milhões de euros. O mais curioso foi o maquiavelismo de apanhar os portugueses distraídos com a visita do Papa e aproveitar o dia 13 de Maio, dia de N.ª Sra de Fátima, para, com um sorriso nos lábios anunciar esta "boa nova", logo de seguida pedindo desculpa aos portugueses, coisa que nenhum político fez até hoje, pois pedir desculpa ao mesmo tempo que se mete a mão no bolso do povo, não é de todo inteligente nem bonito... É preciso acabar com esta teoria de Sá Carneiro, de que as maiorias são a solução para Portugal. Neste momento, "Deus" nos livre de mais maiorias PS e PSD, sejam em coligação assumida, ou em coligação na "sombra" (como tem sido nos últimos 20 anos)...