De acordo com o estudo realizado pela empresa de estudo de mercados internacional GfK que abrangeu 29 países, com 27 por cento da população portuguesa activa está disposta a mudar para outro país para encontrar um emprego melhor. Os resultados do estudo revelam que o risco de fuga de cérebros é uma ameaça em todo o mundo, mas que atinge mais alguns países. A América Central e a América do Sul são os mercados mais atingidos por esta predisposição para a emigração uma vez que perto de seis em 10 trabalhadores mexicanos (57 por cento), metade da força de trabalho da Colômbia (52 por cento) e dois quintos dos trabalhadores do Brasil e do Peru (41 e 38 por cento, respectivamente) estão dispostos a procurar melhores carreiras além-fronteiras. Mas, acrescenta o estudo, a tendência está longe de se limitar aos mercados em desenvolvimento: a Turquia surge em 3.º lugar, com 46 por cento, a Hungria, em 7.º lugar, (33 por cento) seguida pela Rússia (29 por cento) e - empatados no 9.º lugar - Portugal e o Reino Unido, com 27 por cento cada. Até mesmo nos EUA e no Canadá - países tradicionalmente caracterizados pelo seu relativo desinteresse em viver no estrangeiro - um quinto dos seus trabalhadores afirma que está disposto a mudar de país para conseguir emprego melhor, com, respectivamente, 21 e 20 por cento. O GfK International Employee Engagement Survey inclui as opiniões de 30,556 adultos empregados em 29 países. Em Portugal, este estudo foi realizado durante os dias 11 e 22 de Fevereiro, a uma amostra de 547 indivíduos.
MIGUEL PORTAS PEDE CABEÇAS NUMA BANDEJA DOS 4 FUNDADORES DO BE
Para Miguel Portas, eurodeputado do Bloco de Esquerda, "a renovação tem de passar pela saída dos quatro fundadores" do partido. "O ciclo político dos chamados fundadores do Bloco chegou ao fim no dia 5 de Junho. A renovação não só não deve ser tutelada pelos fundadores, como precisa de ter tempo para ser sólida", defendeu Miguel Portas em entrevista ao jornal i, reforçando que "a renovação tem de passar pela saída dos quatro fundadores". Portas deixa elogios ao coordenador do Bloco de Esquerda - "como Louçã não há ninguém" -, mas argumenta que o partido "podia ser dirigido de outra forma, criativa e adaptada aos tempos novos". "Não há uma questão de legitimidade da actual direcção, ela foi eleita três semanas antes das eleições, mas há um problema de credibilidade política do núcleo dos fundadores do Bloco", declarou o eurodeputado. Portas disse ainda ter registado "com tristeza a saída [de Rui Tavares]" embora considere que "existe uma clara desproporção entre o motivo invocado e a consequência da decisão". Rui Tavares, eurodeputado eleito pelo Bloco de Esquerda, desvinculou-se do partido em conflito com Francisco Louçã. Miguel Portas, talvez já demasiado habituado às mordomias europeias e aos luxos de Bruxelas, pretende garantir assim o seu futuro no Parlamento Europeu.
CONFRONTOS VIOLENTOS NA GRÉCIA POR VOTO FAVORÁVEL À MOÇÃO DE CONFIANÇA
Algumas centenas de manifestantes que aguardavam a votação da moção de confiança no exterior do Parlamento grego manifestaram-se violentamente contra a polícia após saberem o resultado favorável a Papandreou. Dispersados com bastonadas e gás pimenta, os manifestantes ainda arremessaram diversos objectos contra o cordão policial, mas sem mais consequências. Num parlamento rodeado por milhares de manifestantes, o remodelado governo do primeiro-ministro grego venceu a moção de confiança e afastou o cenário de bancarrota do país, pelo menos para já. A queda do governo significaria de certa forma a a reprovação das medidas de austeridade exigidas pelo FMI e a União Europeia para canalizarem as verbas urgentes da ajuda externa. “Esta moção de confiança é um contrato com o povo grego, um contrato do que podemos prometer, mas também daquilo que não podemos prometer. É também um compromisso daquilo que cada grego pode fazer pelo seu país”, discursou George Papandreou durante o debate parlamentar. Ao ser conhecido o resultado da votação, ganha apenas com os votos dos socialistas, o mar de gente que protestava no exterior gritava a palavra “ladrões”. “Há uma grande indignação, como pode ver. Há muito desespero marcado na face das pessoas. Significa que não há futuro”, explicou um manifestante. O próximo grande teste do governo é agora fazer com que o parlamento aprove o novo plano de austeridade – cortes, despedimentos, impostos e privatizações. Atenas terá que apresentar o plano aprovado no início de Julho aos parceiros europeus. O objetivo é reduzir o défice de 10,5 % do Produto interno Bruto e pagar a dívida que supera já os 150% do PIB.
CONFRONTOS NA IRLANDA DO NORTE ENTRE NACIONALISTAS E UNIONISTAS
Pelo menos duas pessoas resultaram feridas de bala durante confrontos violentos em Belfast (Irlanda do Norte) entre grupos nacionalistas e unionistas, informou hoje uma fonte de segurança. O Serviço da Polícia confirmou que várias pessoas que participaram nos confrontos tinham armas de fogo. Os confrontos produziram-se no bairro de Short Strand, no leste da capital, onde com frequência acontecem distúrbios entre grupos de diferentes crenças religiosas e ideias políticas. Para Colm McKevitt, membro do Parlamento regional pelo Partido Nacionalista Irlandês, os acontecimentos registados esta madrugada são os mais violentos da última década, depois de vários anos de tranquilidade. De acordo com imagens da televisão local, os manifestantes lançaram tijolos, pedras e bombas de gás, e causaram danos avultados em moradias e veículos estacionados na zona. Durante quase 30 anos, a Irlanda do Norte sofreu confrontos entre unionistas (protestantes em sua maioria), que querem seguir integrados a Reino Unido, e republicanos (a maioria católicos), que desejam a independência da província britânica.
ASSUNÇÃO ESTEVES A PRIMEIRA MULHER NA PRESIDÊNCIA DA ASSEMBLEIA
A deputada do PSD Assunção Esteves tornou-se ontem a primeira mulher a assumir a presidência da Assembleia da República, sucedendo no cargo ao socialista Jaime Gama e depois de falhada a eleição de Fernando Nobre. A deputada do PSD Assunção Esteves foi eleita presidente da Assembleia da República, com 186 votos favoráveis. Com 54 anos, foi a primeira mulher a desempenhar o cargo de juíza no Tribunal Constitucional, onde esteve entre 1989 e 1998, e também a única eurodeputada eleita para o Parlamento Europeu nas eleições de 2004, pela lista de coligação Força Portugal (PSD/CDS-PP). Licenciada em Direito pela Faculdade de Direito de Lisboa, onde também fez um mestrado em ciências jurídico-políticas, Assunção Esteves foi eleita deputada pelo círculo de Vila Real, em 1987, na primeira maioria absoluta liderada por Cavaco Silva. O nome de Assunção Esteves, que se tornará na segunda figura do Estado, foi proposto pelo PSD depois de o independente Fernando Nobre, eleito nas listas do PSD, ter falhado por duas vezes a eleição (não obtendo os necessários 116 votos favoráveis) na primeira sessão plenária, que decorreu segunda-feira. A nova presidente da Assembleia da República, Assunção Esteves, obteve a quarta melhor votação desde que o Parlamento é composto por 230 deputados, abaixo das duas eleições de Jaime Gama e da reeleição de Almeida Santos. A sua eleição foi inclusivamente elogiada pela maioria da bancada do PS, da qual se destacou o elogio de Maria de Belém.
ISABEL DOS SANTOS, A ANGOLANA COM QUEM TODOS QUEREM NEGOCIAR
para muitos uma testa-de-ferro do lobbie angolano do seu pai José Eduardo dos Santos 

Portugal tem muitas mulheres importantes, algumas são ricas, poucas são poderosas. Uma é as três coisas. Tem 36 anos e não é portuguesa. É a angolana: Isabel dos Santos. O "dinheiro dos angolanos" pesa sobre muitas consciências
Os angolanos são entronizados em Portugal. Dizem que detesta ser tratada como "a filha de José Eduardo dos Santos". Pela maneira como está a afirmar-se em Portugal, um dia trataremos o Presidente de Angola como "o pai de Isabel dos Santos". É a nova accionista da Zon. E de muitas outras empresas. Uma atrás da outra, todas lhe estendem tapetes. Tapetes verdes, da cor do dinheiro. A mulher mais rica de Portugal, segundo a "Exame", é Maria do Carmo Moniz Galvão Espírito Santo Silva, _com uma fortuna de 731 milhões de euros. Não tem metade do poder de Isabel dos Santos. E tem apenas uma fracção do seu dinheiro: só na Galp, BPI, Zon e BESA, a empresária angolana tem quase dois mil milhões de euros. Fora o resto. A lista dos dez mais ricos de Portugal está aliás cheia de pessoas que fazem negócios com a família dos Santos. _Américo Amorim é sócio de Isabel na Galp e no Banco BIC. Belmiro de Azevedo, segundo foi noticiado, quer ser parceiro de distribuição em Angola. O Grupo Espírito Santo tem interesses imobiliários, nos diamantes, na banca. Salvador Caetano tem concessões. O Coronel Luís Silva acaba de fechar negócio para vender acções da Zon a Isabel dos Santos. Zon onde João Pereira Coutinho e Joe Berardo são accionistas. Da lista dos mais ricos, só a família Mello e Soares dos Santos estão "fora" da geografia. O "dinheiro dos angolanos" pesa sobre muitas consciências. Soares dos Santos foi o único a assumir publicamente o desdém pelos níveis de corrupção de Angola. Isabel dos Santos é, accionista da Zon e sócia da PT, accionista do BPI e sócia do BES, accionista da Galp sendo a Sonangol parceira da EDP. Garante, no entanto, que não relações com as actividades do seu pai e da estatal Sonangol. As suas relações de interesses estendem-se à Caixa Geral de Depósitos, ao Totta, ao BPN e claro, à polémica Mota-Engil. (in, Jornal de Negócios, por Pedro Santos Guerreiro).
Os angolanos são entronizados em Portugal. Dizem que detesta ser tratada como "a filha de José Eduardo dos Santos". Pela maneira como está a afirmar-se em Portugal, um dia trataremos o Presidente de Angola como "o pai de Isabel dos Santos". É a nova accionista da Zon. E de muitas outras empresas. Uma atrás da outra, todas lhe estendem tapetes. Tapetes verdes, da cor do dinheiro. A mulher mais rica de Portugal, segundo a "Exame", é Maria do Carmo Moniz Galvão Espírito Santo Silva, _com uma fortuna de 731 milhões de euros. Não tem metade do poder de Isabel dos Santos. E tem apenas uma fracção do seu dinheiro: só na Galp, BPI, Zon e BESA, a empresária angolana tem quase dois mil milhões de euros. Fora o resto. A lista dos dez mais ricos de Portugal está aliás cheia de pessoas que fazem negócios com a família dos Santos. _Américo Amorim é sócio de Isabel na Galp e no Banco BIC. Belmiro de Azevedo, segundo foi noticiado, quer ser parceiro de distribuição em Angola. O Grupo Espírito Santo tem interesses imobiliários, nos diamantes, na banca. Salvador Caetano tem concessões. O Coronel Luís Silva acaba de fechar negócio para vender acções da Zon a Isabel dos Santos. Zon onde João Pereira Coutinho e Joe Berardo são accionistas. Da lista dos mais ricos, só a família Mello e Soares dos Santos estão "fora" da geografia. O "dinheiro dos angolanos" pesa sobre muitas consciências. Soares dos Santos foi o único a assumir publicamente o desdém pelos níveis de corrupção de Angola. Isabel dos Santos é, accionista da Zon e sócia da PT, accionista do BPI e sócia do BES, accionista da Galp sendo a Sonangol parceira da EDP. Garante, no entanto, que não relações com as actividades do seu pai e da estatal Sonangol. As suas relações de interesses estendem-se à Caixa Geral de Depósitos, ao Totta, ao BPN e claro, à polémica Mota-Engil. (in, Jornal de Negócios, por Pedro Santos Guerreiro).
FERNANDO NOBRE CHUMBADO: UM CANDIDATO QUE DE NOBRE TEM MUITO POUCO
Fernando Nobre queria, com o mesmo direito que assiste a qualquer cidadão com mais de 35 anos, ser presidente. Só não chegaria a Belém se alguém lhe desse um tiro na cabeça. Ninguém lhe deu um tiro na cabeça. Foram só os eleitores que não lhe deram os votos. Depois das eleições, Fernando Nobre prometeu que não ocuparia nenhum lugar oferecido por um partido. "Não aceito nenhum cargo partidário ou governativo. Está assente, determinado, não volto atrás." Deidicar-se-ia à cidadania. Não foi preciso passarem muitos meses para voltar atrás no que estava assente e determinado. Aceitou ser cabeça de lista do PSD por Lisboa. E como não é com pouco que se arranca um homem como Nobre da sua paixão pela cidadania, a candidatura vinha, coisa inédita, com a promessa pública de ocupar o lugar de presidente da Assembleia da República. Um lugar que nunca lhe poderia ter sido oferecido previamente pois tinha de ser votado em Asembleia, após tomada de posse do novo Governo de Passos Coelho. Ao presidente do PSD e ao primeiro-ministro indigitado só restou lamentar que a maioria dos deputados tenha chumbado a candidatura de Fernando Nobre à presidência do Parlamento desperdiçando a oportunidade de ter "um verdadeiro independente" nesse cargo. Numa declaração de dois minutos, nos Passos Perdidos do Parlamento, Passos Coelho acrescentou que respeita a decisão dos deputados e que vai apresentar na terça-feira um novo candidato do PSD a presidente da Assembleia da República, depois de ouvir os órgãos internos do partido. Fernando Nobre traiu os que nele depositaram esperança na cidadania contra a corrupção política. Na primeira oportunidade - talvez por estar endividado pela sua campanha à Presidência - Nobre vendeu-se ao partido que lhe "oferecia" mais condições. Depois "deu" os seus eleitores ao PSD e exigiu um cargo não exigível. Nobre é neste momento um dos mais tristes exemplos de como a nossa política nunca chegará longe e de como se mente aos eleitores fazendo exactamente o contrário na primeira oportunidade. Ao menos Nobre foi julgado em tribunal próprio: a Assembleia. "Case closed".
NATO ASSASSINA CIVIS EM BOMBARDEAMENTO NOCTURNO EM ZONA RESIDENCIAL
A NATO reconhece que o bombardeamento de ontem à noite, em Trípoli, poderia ter atingido uma área residencial. Num comunicado, a aliança atlântica afirma que, uma avaria poderia ter levado um míssil a falhar o seu alvo inicial, uma base militar do exército líbio. Segundo o regime de Kaddafi, o ataque teria provocado a morte de 9 civis no bairro de Al-Arada no Leste da capital. O ministro dos negócios estrangeiros líbio falava esta noite de “um ataque injustificado contra uma zona residencial, levado a cabo por uma organização bárbara e assassina, apoiada e financiada por governos criminosos”. A aliança atlântica que tinha respondido a acusações similares no passado afirmando tratar-se de “pura propaganda”, está ainda a investigar a situação. O porta-voz da NATO declarou que a organização lamenta a morte de civis e que está a fazer tudo para proteger o povo líbio. “O regime de Kaddafi poderia pôr fim a esta guerra se respeitasse as exigências da comunidade internacional”, afirmou. A NATO tinha revelado ontem estas imagens de um alegado ataque das forças de Kaddafi em Zitlan, nos arredores de Misrata, levado a cabo a partir de uma mesquita na cidade. Uma prova de que o exército líbio estaria a movimentar-se em zonas civis para evitar os bombardeamentos aliados. Nesta guerra que ninguém pediu, estão a morrer pessoas reais, civis com famílias, pessoas que tentam sobreviver ao dia a dia já duro e difícil do inóspito clima líbio.
ESPANHA: DEZENAS DE MILHAR SAEM À RUA E GRITAM "NÃO PAGAMOS A CRISE"
Seis marchas contra a austeridade concentraram-se ontem na capital espanhola. O Movimento 15-M, que reúne os "Indignados" (como já se intitulam) com a crise económica em Espanha, mostrou ontem que não morreu com o levantamento do acampamento que manteve durante semanas na Porta do Sol, em Madrid. Desde a manhã que um mar de pessoas, provenientes de seis manifestações diferentes, convergiram sobre a Plaza de Neptuno, em frente ao Parlamento, provenientes do Norte, Sul, Leste e Oeste da cidade. Estimados entre 35 e 45 mil pessoas segundo a polícia, e em mais de 150 mil pelos organizadores do protesto, os movimentos ‘Democracia Real Ya' e a ‘Acampada del Sol'. Os manifestantes, de todas as idades e ocupações, invadiram o centro da cidade de um modo organizado e festivo, sem qualquer tipo de violência e seguindo os planos que haviam sido traçados nos últimos dias através das redes sociais da Internet. Sob o tema "Caminhemos juntos contra a crise e o capital" e usando o grito de que os partidos políticos actuais "não nos representam", a multidão gritou frases como "não pagamos a vossa crise", "chamam a isto Democracia e não é", e apelaram a uma greve geral, não tendo entrado em confrontos com os 500 agentes que garantiam a segurança da praça.Mas o protesto não se centrou apenas em Madrid. Diversas cidades espanholas se juntaram também a este grito de protesto. Dezenas de milhares de pessoas saíram às ruas para contestar o que dizem ser a incompetência e a corrupção dos políticos e a falta de representatividade do sistema democrático. A crise económica foi o rastilho para o movimento de protesto nascido a 15 de maio. “Viémos a esta manifestação, a este chamamento do povo que quer a mudança. A sociedade está a pagar a crise e nós queremos mudar isso”, disse um manifestante. A cidade francesa das luzes também teve o foco dos chamados indignados. Não foram milhares, mas centenas em Paris. Foram quase quinhentos no total, a polícia deteve 127 por alegadamente terem continuado o protesto para lá da hora que foi permitida. O movimento está em sintonia com o que se passa em Espanha. “Nós somos os indignados. Viram o que se passou no mundo árabe, viram o que está a acontecer em Espanha, o que acontece na Islândia, na Grécia ou ainda na Inglaterra. As coisas não estão bem e nós estamos fartos. E temos a sensação de que nem sempre os sindicatos têm boas soluções”, referiu um manifestante francês. Berlim e Lisboa também não foram excepção ao protesto por uma real democracia. A reportagem em: http://pt.euronews.net/2011/06/20/dezenas-de-milhares-exigiram-uma-real-democracia/.
GRÉCIA PROTESTA PELO 25º DIA CONTRA AUSTERIDADE
Com uma multidão em frente ao parlamento, irritada com aquele que poderá ser o apertar ainda mais do cinto do país, o primeiro-ministro da Grécia iniciou o debate sobre uma moção de confiança no parlamento, considerada de vida ou de morte para a sobrevivência financeira helénica. Enquanto no exterior os cidadãos gritavam que não pagavam a crise e na mesma altura em que os ministros das Finanças da zona euro debatiam no Luxemburgo o futuro da ajuda externa à Grécia, George Papandreou explicava porque é preciso dar o voto de confiança na terça-feira. Para além da queda do governo, a rejeição da moção comprometerá significativamente a adoção das medidas adicionais exigidas pelo FMI e os parceiros europeus – que Papandreou deseja levar a cabo – num país a um passo da bancarrota.
BILDERBERG'S DISCUTIRAM SOBRE GUERRAS E MÉDIA INDEPENDENTES
O encontro deste ano do Grupo Bilderberg na Suiça abordou, segundo fonte interna presente no encontro, temas como as guerras actuais, essenciais para a sobrevivência económica da banca mundial e da economia dos EUA, mas também se deu especial destaque aos média independentes que estão a ter papel fundamental para combater os próprios Bilderberg. Sobre a guerra, a CIA está a construir uma base para drones (aviões automáticos não tripulados) no Médio Oriente para fazer guerra à Al-Qaeda no Iémen. O controlo da internet livre é também uma das preocupações dos "banksters" bilderberg's que pretendem manter a sua guerra à classe média e por isso afastar notícias reais e preocupantes que circulam em sites de imprensa livres, blogues e televisões online. Os vídeos e reportagem completa em: http://www.prisonplanet.com/insider-leaks-reveal-full-bilderberg-agenda-on-war-and-alternative-media.html.
MERKEL E SARKOZY REÚNEM-SE PARA DECIDIR FUTURO DA GRÉCIA E DA EUROPA
A chanceler alemã e o Presidente francês reúnem-se hoje em Berlim para debater o impasse sobre a ajuda financeira suplementar à Grécia. O encontro foi inicialmente agendado para preparar a cimeira europeia de Junho, tradicionalmente dedicada a temas económicos de rotina, e para debater outros temas da agenda europeia e internacional. Porém, o agravamento da crise social e política em Atenas dominará por completo a conversa entre Merkel e Sarkozy, relegando para segundo planos temas como as revoltas no mundo árabe e a intervenção da NATO na Líbia, segundo fontes diplomáticas. A Europa comunitária espera que a chanceler e o chefe de Estado francês mostrem o caminho para ajudar a Grécia, depois de os ministros das Finanças da zona euro não terem conseguido chegar a acordo, numa reunião que decorreu no princípio desta semana, em Bruxelas. A grande maioria dos países da moeda única está de acordo em exigir a participação dos credores privados, como bancos e seguradoras, na solução financeira para a Grécia, mas divergem quanto à metodologia. Entretanto, na véspera da cimeira franco-alemã, o comissário para os assuntos financeiros, Olli Rehn, anunciou, em Bruxelas, que a ajuda à Grécia será levada a cabo em duas fases. Na primeira fase, ou seja, já no próximo domingo, em novo encontro de ministros das finanças da zona Euro, deverá ser libertada a próxima "tranche" do empréstimo em vigor da União Europeia e do FMI, para que Atenas honre compromissos financeiros imediatos. A segunda fase, que incluirá novo pacote de ajudas, exige negociações mais aturadas, e só deverá haver uma decisão final em meados de Julho, ou até mais tarde.
FERNANDO NOBRE, O "ENTALADO"
António Capucho, conselheiro de Estado e ex-presidente da Câmara de Cascais, diz que o líder do PSD não pode arriscar uma derrota no Parlamento à custa da escolha de Fernando Nobre para o cargo de presidente da Assembleia da República. Em entrevista à TSF e ao Diário de Notícias, o Conselheiro de Estado deixa ainda um conselho a Passos Coelho para que faça um "teste" às intenções de voto dos deputados do PSD e CDS para, na falta de garantias, procurar um nome mais consensual, de preferência um deputado "laranja" e que, idealmente também tenha o apoio do PS. Esta quinta-feira, o secretariado do PS decidiu que não iria apoiar o nome de Fernando Nobre para a Assembleia por falta de competências.
PSP DEVE 15 MILHÕES À CAIXA GERAL DE APOSENTAÇÕES
Ao contrário do que esperavam os sindicatos, a "injecção" financeira de seis milhões de euros, que o ministro da Administração Interna autorizou para a PSP, não será para colmatar graves falhas em material de funcionamento e manutenção de viaturas, mas sim para tapar uma parte do enorme buraco financeiro entre PSP e Caixa Geral de Aposentações. Além de terem ficado sem viaturas os reformados da PSP arriscam-se a terem de ir pedir para a rua...
BANCA INTERDITADA DE COBRAR TAXAS A QUEM ENTREGA CASA POR NÃO PAGAMENTO
Já são sete as decisões judiciais que proíbem os bancos de cobrar aos clientes que entregam a casa como último recurso. Os bancos não podem manter uma dívida remanescente sobre um crédito à habitação que entre em incumprimento e cujos clientes entreguem a casa ao banco para liquidar o empréstimo. Ou seja, a entrega do bem liquida a dívida.Este é o entendimento de sete decisões judiciais, de primeira instância, proferidas por tribunais portugueses - quatro na Madeira e três no Continente -, que deram razão aos clientes, contra a prática dos bancos.Apesar destas decisões não constituírem jurisprudência e de os bancos terem recorrido, tratam-se de situações inéditas em Portugal, numa altura em que muitos portugueses estão a ver a manutenção da dívida, depois de entregarem a casa.
ESTRATÉGIA DA ISLÂNDIA "NÃO PAGAMOS" RESULTOU
Ao mesmo tempo que vão superando a crise, os islandeses alertam a Irlanda, Grécia e Portugal para não tentarem imitar o seu modelo de excepcional recuperação. As palavras de alerta proferidas anteontem pelo ministro islandês das Finanças, Steingrimur J. Sigfusson, são um soco no estômago para as nações europeias que continuam a lutar com recessões e défices explosivos no rescaldo da crise financeira global, ao mesmo tempo que vêem a Islândia a sair dessa crise sem esforço. A seu favor, a Islândia tem dois factores que nenhum dos países citados por Sigfusson têm: é uma nação pequena, de apenas 320 mil cidadãos, e tem uma moeda própria, cuja desvalorização funciona como ferramenta de equilíbrio das contas públicas. Uma queda de 80% da corôa islandesa face ao euro em 2008 conduziu o défice da balança comercial a um superávit em poucos meses. Os cortes nos gastos do governo fizeram o resto, ajudando a controlar o Orçamento, e actualmente a Islândia prevê um défice de 1,4% do PIB no final deste ano. O número é impressionante quando comparado com os défices registados pelos países europeus que estão a ter mais dificuldades em lidar com a crise (em Portugal, por exemplo, a meta da troika é chegar a um défice orçamental de 5,9% este ano). Entre outras coisas, "o que aconteceu" na Islândia foi a nacionalização dos três grandes bancos privados do país, que abriram falência dias depois do crash de grandes instituições norte-americanas como o Lehman Brothers.
O que o actual ministro define como "situação de emergência" não foi mais do que o não-pagamento das dívidas da banca, que acumulava 85 mil milhões de dólares em perdas à data da falência. A juntar a isto, o país tornou-se, no mês passado, no primeiro do mundo a sentar um ex-primeiro-ministro no banco dos réus por negligência e por não evitar uma crise que podia ter sido prevenida (leia aqui). Outro assombro para a Islândia actual é a questão, até agora pendente, do processo judicial contra o país levantado pelo Reino Unido e Holanda. Depois de, num referendo em Abril, 59% dos islandeses terem votado contra o pagamento das dívidas contraídas pelo Landsbanki nos dois países, no valor de 4 mil milhões de euros, os governos britânico e holandês decidiram levar o caso ao tribunal da Associação Europeia de Livre Comércio (EFTA). Antes do início do julgamento, na passada sexta-feira, a organização decidiu que "a Islândia é obrigada a garantir o pagamento de uma compensação mínima aos depositantes no Reino Unido e na Holanda, de acordo com a Directiva de Garantia de Depósitos". O governo islandês - que condenou a decisão da população - tem agora três meses para começar a tomar medidas para pagar esta dívida de acordo com a directiva. Caso falhe, a primeira-ministra, Johanna Sigurdardottir, poderá ser a próxima política islandesa a sentar-se no banco dos réus.
CRISE GREGA ALASTRA A ESPANHA E ESMAGA ECONOMIA IBÉRICA
A casa do euro está em chamas. A política de contenção da crise da dívida soberana na periferia da Europa derrete no terreno de batalha da Grécia e o contágio ameaça agora o equivalente a 14% do PIB da União Europeia: Espanha. Madrid sentiu o embate com os juros exigidos pelos seus títulos de dívida a dez anos a dispararem ontem para o valor máximo dos últimos 11 anos. Os investidores não acalmaram perante a notícia de que o FMI iria avançar com a sua parcela (3,3 mil milhões) dos 12 mil milhões de euros da quinta tranche do empréstimo que Atenas precisa de receber até Julho para evitar a falência - mesmo que a UE não tenha um compromisso quantificado que assegure o financiamento de Atenas nos próximos 12 meses (a condição necessária para o FMI libertar o dinheiro). O contágio a Espanha ficou evidente ontem. Os juros exigidos a dez anos saltaram para 5,66%, o valor mais alto em 11 anos, uma subida não só motivada pelo cepticismo dos mercados perante a situação grega, mas também pelo facto de o leilão de dívida espanhola desta quinta-feira não ter sido um sucesso total (colocou no mercado 2,8 mil milhões de euros a 8 e a 15 anos, menos do que o limite de 3,5 mil milhões anunciado).
Para que o plano avance é necessário que a Grécia se comprometa com novos aumentos de impostos, maiores reduções da despesa do Estado e a concretizar um plano de privatizações que deverá render 50 mil milhões de euros até 2015 (ver págs. 16/17). A Grécia precisa de 120 mil milhões de euros adicionais para se financiar nos próximos três anos. Mas o país está bloqueado politicamente. O primeiro-ministro George Papandreou decidiu fazer uma remodelação governamental e apresentar ao parlamento uma moção de confiança para ganhar legitimidade e avançar com um novo pacote de austeridade que a União Europeia e o Fundo Monetário Internacional exigem em troca de um segundo plano de resgate financeiro de Atenas. Mas o PASOK, o partido socialista que suporta o governo, começou a fragmentar-se. Dois deputados socialistas demitiram-se ontem e o grupo parlamentar reuniu-se de emergência para debater as políticas do governo. Será muito difícil encontrar agora pessoas com qualidade para formar um governo. A situação levou o próprio presidente da Comissão Europeia, Durão Barroso, a reconhecer a gravidade do momento, avançando que hoje está mais preocupado com a crise da dívida soberana do que há um ano.
DEUTSCHE BANK EM PORTUGAL PASSA A SUCURSAL COM MEDO DAS NACIONALIZAÇÕES
Como sucursal a instituição pretende ganhar vantagens a captar recursos por passar a banco de direito alemão. Assim, o Deutsche Bank Portugal vai deixar de ser um banco de direito português para passar a sucursal da casa-mãe alemã. Um passo que, no sistema financeiro nacional, é visto como uma forma de a instituição deixar de estar exposta ao risco de Portugal, evitar nacionalizações e assim proteger os seus fundos e os seus clientes de qualquer possível crise política grave em território luso. Sendo sucursal, pode encerrar os seus balcões em território português de um dia para o outro. Um forte sinal de que os alemães já esperam para breve a saída de Portugal da Zona Euro. Temos que ler estes sinais, quando vêem do país onde uma chanceler neo-nazi lidera uma Europa cega e subjugada às decisões de um bando de incompetentes gordos e anafados que mais não fazem do que acumular ordenados e pensões de luxo, auto-intitulando-se deputados europeus. (in, Jornal de Negócios).
GOVERNO AUSTRÍACO SUSPENDE A VENDA DE DOIS PICOS NOS ALPES
A agência pública que gere o património do Estado austríaco suspendeu ontem a venda de dois cumes rochosos no Tirol, que haviam sido postos a leilão com um preço base de 120 mil euros. Na sequência de fortes protestos da população e de políticos locais, o Estado austríaco recuou na venda do Grosse Kinigat (na foto) e do Rosskopf, dois picos “gémeos” situados a 2.700 e a 2.600 metros de altura, respectivamente, e que ocupam uma área de cerca de 1.200 metros quadrados. O leilão, que estava programado para 8 de Julho, deverá agora ser reformulado para o limitar a “instituições austríacas”. A venda dos dois picos rochosos enfureceu a população local, que rapidamente fez o paralelo com a Grécia, que está a beneficiar de um empréstimo externo para evitar a bancarrota e, não obstante, se recusa a “privatizar” quaisquer ilhas. Também no Reino Unido, o Executivo foi forçado a recuar com a venda de florestas que estão no domínio público. Embora esteja numa situação financeira mais confortável, a Áustria tem sido recorrentemente posta ao lado de Itália e da Bélgica no grupo dos países do centro do euro mais vulneráveis a um eventual contágio da crise da dívida soberana, por ora limitada aos países da periferia. A dívida pública austríaca elevou-se, em 2010, a 205 mil milhões de euros, 72,3% do PIB, e o défice orçamental está na casa dos 4% do PIB. Mais do que a situação financeira do Estado, é a saúde dos bancos austríacos – muito expostos a países do centro e leste europeu já intervencionados pelo FMI, como é o caso da Hungria – que é considerada uma “bomba-relógio” para as finanças públicas do país. Nesse contexto, Viena tem prometido prosseguir uma política de grande austeridade para defender o “rating” máximo de que ainda dispõe.
ESPANHÓIS A UM PASSO DE FICAREM SEM ACESSO A MERCADO DE FINANCIAMENTO
O agravamento da percepção do risco em relação à Grécia e à Espanha sob ameaça de perder o acesso aos mercados de financiamento caso falhe as metas orçamentais para 2011 - alerta feito pelo comissário europeu da Concorrência - coloca Portugal numa situação ainda mais fragilizada. Em Espanha a crise está a reduzir o número de trabalhadores e a aumentar o de desempregados, sendo que o mercado laboral tem neste momento dois trabalhadores a receberem subsídios ou pensões por cada três activos. Esta situação, juntamente com o envelhecimento populacional, está a deteriorar consideravelmente o sistema de bem-estar em Espanha e irá tornar-se insustentável muito brevemente. se houver mais pessoas com subsídio do que a descontar, revela um relatório das empresas de trabalho temporário.
Assinar:
Postagens (Atom)