PORTUGAL O 9.º PAÍS DO MUNDO COM PREDISPOSIÇÃO PARA EMIGRAÇÃO

Linda de Suza, o paradigma luso de quem luta pela sobrevivência num país deprimido

De acordo com o estudo realizado pela empresa de estudo de mercados internacional GfK que abrangeu 29 países, com 27 por cento da população portuguesa activa está disposta a mudar para outro país para encontrar um emprego melhor. Os resultados do estudo revelam que o risco de fuga de cérebros é uma ameaça em todo o mundo, mas que atinge mais alguns países. A América Central e a América do Sul são os mercados mais atingidos por esta predisposição para a emigração uma vez que perto de seis em 10 trabalhadores mexicanos (57 por cento), metade da força de trabalho da Colômbia (52 por cento) e dois quintos dos trabalhadores do Brasil e do Peru (41 e 38 por cento, respectivamente) estão dispostos a procurar melhores carreiras além-fronteiras. Mas, acrescenta o estudo, a tendência está longe de se limitar aos mercados em desenvolvimento: a Turquia surge em 3.º lugar, com 46 por cento, a Hungria, em 7.º lugar, (33 por cento) seguida pela Rússia (29 por cento) e - empatados no 9.º lugar - Portugal e o Reino Unido, com 27 por cento cada. Até mesmo nos EUA e no Canadá - países tradicionalmente caracterizados pelo seu relativo desinteresse em viver no estrangeiro - um quinto dos seus trabalhadores afirma que está disposto a mudar de país para conseguir emprego melhor, com, respectivamente, 21 e 20 por cento. O GfK International Employee Engagement Survey inclui as opiniões de 30,556 adultos empregados em 29 países. Em Portugal, este estudo foi realizado durante os dias 11 e 22 de Fevereiro, a uma amostra de 547 indivíduos.