A VIRGEM DE LA SALETTE

Maximin e Mélanie escutaram da boca da Virgem uma das profecias mais apocalípticas de sempre

A 19 de Setembro de 1846, no monte de La Salette, próximo a Grenoble, duas crianças, Mélanie e Maximin têm a visão de N.ª Sr.ª, numa aparição de “luz enorme e fantástica” que lhes comunicou: “Ai dos habitantes da terra! Deus vai esgotar a sua cólera e ninguém poderá subtrair-se a tantas desgraças juntas. Os chefes, os condutores do povo de Deus, negligenciaram a oração e a penitência, e o demónio obscureceu as suas inteligências. Deus permitirá à velha serpente lançar a divisão entre os reinantes, em todas as sociedades e em todas as famílias; sofrerão penas físicas e morais; Deus enviará castigos que se sucederão durante mais de trinta e cinco anos. A sociedade encontra-se nas vésperas dos mais terríveis flagelos e dos mais importantes acontecimentos; tem de esperar ser governada pelo bastão de ferro e beber o cálice da cólera divina. Os espíritos maus terão grande poder sobre a Natureza; haverá Igrejas para servir estes espíritos. Algumas pessoas serão levadas de um lugar para outro por estes espíritos maus, até mesmo os padres. Farão ressuscitar os mortos e os justos, isto é, esses mortos assumirão o aspecto das almas justas que viveram na terra, para melhor seduzirem os homens; estes mortos ressuscitados, que outra coisa não serão senão o demónio sob essas figuras, pregarão um evangelho contrário ao evangelho de Jesus Cristo, negando a existência do céu. Todas essas almas aparecerão como que unidas aos seus corpos. Em toda a parte haverá prodígios extraordinários, porque a verdadeira fé extinguiu-se e a falsa luz ilumina o Mundo. Ai dos príncipes da Igreja, ocupados apenas em amontoar riquezas sobre riquezas, em salvaguardar a sua autoridade e em dominar o orgulho. Os governos civis terão todos os mesmos objectivos, que consistirão em abolir e fazer desaparecer todos os princípios religiosos, para dar lugar ao materialismo, ao ateísmo, ao espiritismo e a todas as espécies de vícios. A Igreja sofrerá uma crise atroz”.

“A França, a Itália, a Espanha e a Inglaterra estarão em guerra. O sangue correrá nas ruas. O francês lutará contra o francês, o italiano contra o italiano; depois, haverá uma guerra geral, que será terrível. Os maus manifestarão toda a sua maldade. As pessoas vão matar-se e massacrar-se mutuamente, até ao seio das famílias. Ao primeiro golpe da sua espada fulminante, tremerão as montanhas e toda a Natureza, porque as desordens e os crimes dos homens rompem a abóbada dos céus. Paris será queimada e Marselha engolida; várias grandes cidades serão abaladas e engolidas por tremores de terra. Julgar-se-á que tudo está perdido, só se verão homicídios, só se ouvirão ruídos de armas e blasfémias. Os justos sofrerão imenso; as suas orações, penitências e lágrimas subirão ao céu, e todo o povo de Deus pedirá perdão e misericórdia, e pedirá a minha intercessão. Então, haverá paz e reconciliação de Deus com os homens; Jesus Cristo será servido, adorado e glorificado; a caridade voltará a florescer por toda a parte, e os homens farão grandes progressos na fé. Esta paz entre os homens não irá durar muito. Vinte e cinco anos de fartas colheitas farão esquecer que os pecados dos homens são a causa de todas as calamidades que acontecem na terra. Haverá novas guerras, até à última guerra que será feita pelos dez reis do Anticristo, reis que terão todos o mesmo objectivo e que serão os únicos a governar o Mundo. Antes que isso aconteça, haverá no Mundo uma espécie de falsa paz. Felizes as almas humildes, conduzidas pelo Espírito Santo! Combaterei a seu lado até que alcancem a plenitude da idade. As estações serão alteradas, a terra apenas produzirá maus frutos, os astros perderão o seu movimento regular, a Lua apenas reflectirá uma débil claridade avermelhada; a água e o fogo darão ao globo da Terra movimentos convulsivos e horríveis abalos telúricos que engolirão montanhas e cidades. Combatei, filhos da luz, vós que sois o pequeno número dos que vêem; porque vai chegar o tempo dos tempos, o fim dos fins”.

“Mas eis que Enoc e Elias, repletos do espírito de Deus, pregam com a força divina. Ai dos habitantes da Terra! Haverá guerras sangrentas e fome; peste e doenças contagiosas. Haverá chuvas de granizo terrível para os animais, trovões que abalarão as cidades, terramotos que engolirão cidades inteiras; nos ares ouvir-se-ão vozes, os homens baterão a cabeça nas paredes, chamando pela morte. Os animais comerão o trigo, que tombará do ar sob a forma de poeira. Grande carestia sobreviverá, e os homens conhecerão a fome. Quem conseguirá vencer, se Deus não encurtar o tempo da provação? Pelo sangue, pelas lágrimas e orações dos justos, deus deixar-se-á aplacar. Enoc e Elias serão condenados à morte; a Roma pagã desaparecerá; cairá o fogo do céu, consumindo três cidades. Todo o Universo será atingido pelo terror e muitos deixar-se-ão seduzir. Eis o tempo, o abismo abre-se. Eis o rei dos reis das trevas. Eis a Besta com os seus súbditos, declarando-se salvador do Mundo. Elevar-se-á orgulhosamente nos ares para chegar ao céu, mas acabará por cair, e a terra, que, durante três dias, estará em evoluções contínuas, abrirá seu seio repleto de fogo. Então, a água e o fogo purificarão a terra e consumirão todas as obras do orgulho dos homens e tudo será renovado. Deus será servido e glorificado”.

Esta aparição tão apocalíptica da Virgem foi, desde sempre, pouco divulgada, provavelmente devido justamente ao seu carácter profético tão devastador narrando o apocalipse em pormenor. As várias aparições da Virgem ao longo do séc. XIX e XX referenciam-se, em geral, a acontecimentos que se passariam na segunda metade do séc. XX e princípios do séc. XXI. Neste caso, em particular, depois de descrever acontecimentos que identificamos como pertencendo à primeira e segunda guerras mundiais, a Virgem revela que o apocalipse, que será mais um fim material de onde renascerá um novo espírito, sem religiões, sucederá a uma grande guerra global desencadeada por dez “reis” (ou chefes de estado) unidos (poderão muito bem ser o G10 chefiado por líderes do mundo ocidental, ou dez chefes de estado do Mundo Árabe). Semelhante à profecia Maia, na sua essência e na revelação do NOVO ESPÍRITO, esta aparição é também idêntica à profecia de Joaquim de Fiore, nos aspectos da destruição da Natureza e nos dois “profetas” (com nomes semelhantes, tal como os considerados pelos seus povos como “repletos de espírito” Obama nos EUA, e Osama, para o Islão!!!...) depois dos quais se darão guerras sangrentas, com armas de destruição maciça que destruirão por completo três cidades, de entre as quais “Roma pagã” (poderá ser Washington, considerada no séc. XX como a nova Roma, o novo poder?). Depois o Rei das Trevas – a Besta – autoproclamar-se-á o salvador do Mundo mas também ele padecerá. A água e o fogo destruirão tudo o resto e purificarão a Terra, dando lugar a uma nova era de renovação…