ESPANHA E PORTUGAL AVANÇAM COM LEI DE DESPEDIMENTOS FÁCEIS

Luís Amado viabilizará o despedimento facilitado, tal como Zapatero em Espanha

O presidente da Confederação do Turismo de Portugal, Carlos Pinto Coelho, defendeu na 4.ª feira reformas estruturais obrigatórias para fazer face à situação económica do país dos últimos 3 anos. Na sua perspectiva o facto de ser mais fácil despedir pode levar mais empresas a não terem medo de contratar... Uma ideia inteligente para um empresário, mas que pode tornar-se numa ferramenta para aumentar facilmente o desemprego, face à decadência do sector empresarial do último ano. O ministro de Estado e dos Negócios Estrangeiros, Luís Amado, já disse que aceita discutir as propostas em sede de consertação social. Claro que Pedro Passos Coelho poderá estar por detrás desta iniciativa, pois foi o primeiro a anunciá-la.

Quanto a Espanha, o Governo de Zapatero avançou sozinho com uma proposta de lei semelhante que precariza os contratos a longo prazo, flexibiliza a rigidez actual do mercado, tornando os despedimentos mais fáceis. As indemnizações em caso de despedimento são reduzidas e as causas de despedimento passam a incluir a "crise". Os sindicatos já marcaram uma greve geral para dia 29 de Junho, a primeira desde que Zapatero chegou ao poder em 2004. A oposição conservadora está a fzer tudo para derrubar o governo socialista (um dos três que restam na zona euro). Estas reformas seguem-se a um pacote de medidas de austeridade. Chegamos afinal a legislação que justifica o surgimento desta crise "artificialmente" criada pela banca desde 2008 e que apenas defende os empresários das multinacionais e mega-empresas e grupos económicos.