EMPRESAS DE TRABALHO TEMPORÁRIO LESAM ESTADO EM 15 MILHÕES

além de co-financiadas pelo próprio Estado, estas empresas ainda "cortam" nos impostos

O Ministério das Finanças revelou que foram efectuadas buscas em diversas empresas de trabalho temporário, no âmbito da operação "ET- Evasão Temporária", por suspeita de fraude fiscal no valor de 15 milhões euros. No âmbito de um inquérito a correr no Ministério Público de Cascais, foram cumpridos 25 mandatos de busca, esta terça-feira, sendo oito domiciliários e 17 a empresas, revelou o ministério tutelado por Teixeira dos Santos. A operação foi desencadeada na sequência de uma investigação efectuada pela Direcção de Serviços de Investigação da Fraude e Acções Especiais (DSIFAE) a empresas de trabalho temporário "que, através da falsificação das declarações periódicas de IVA, lesaram o Estado em cerca de 15 milhões de euros", refere o comunicado. No decurso da operação, na qual estiveram envolvidos 28 inspectores tributários da DSIFAE, 33 militares da Unidade de Acção Fiscal (UAF) e quatro técnicos da Direcção-Geral de Informática e Apoio aos Serviços Tributários e Aduaneiros (DGITA), que decorreu na região de Lisboa, foram constituídos três arguidos, tendo sido apreendida uma grande quantidade de documentação, computadores e cerca de 10 mil euros em dinheiro. "Em causa estão crimes de fraude fiscal, de frustração de créditos e de branqueamento de capitais, envolvendo várias empresas, havendo indícios de que este esquema tenha sido concebido pelo administrador de uma das maiores empresas de trabalho temporário do país", revela o documento.