MIGUEL RELVAS EXTINGUE E FUNDE ORGANISMOS DE DESPORTO E JUVENTUDE

Miguel Relvas tem feito cortes a direito, sem impedimentos, no Orçamento de Estado

O ministro dos Assuntos Parlamentares, Miguel Relvas, foi ontem ouvido na Comissão Parlamentar de Educação sobre a fusão e extinção de organismos do desporto e juventude, medida do Governo que representa uma poupança de 14 milhões de euros. O Executivo aprovou, no início de Agosto, a fusão do Instituto do Desporto de Portugal e do Instituto Português da Juventude, criando o Instituto Português do Desporto e da Juventude, além da dissolução da MOVIJOVEM e a extinção da Fundação para a Divulgação das Tecnologias de Informação (FDTI). A decisão também mereceu críticas de associações do sector da juventude, como a Federação Nacional das Associações Juvenis e o Conselho Nacional da Juventude, bem como da Juventude Comunista Portuguesa. Também a Juventude Social-Democrata condenou a fusão dos Institutos do Desporto e da Juventude, reclamando que a opção não deve representar «uma subalternização da juventude face ao desporto» e não traduza a «redução de investimento nas políticas de juventude», mas apenas uma diminuição «nos custos de estrutura deste novo instituto». Segundo o secretário de Estado do Desporto e da Juventude, Alexandre Marques Mestre, a fusão e extinção de organismos por si tutelados e a criação de um único Instituto Português do Desporto e da Juventude (IPJD) vai representar uma poupança de 14 milhões de euros. A criação do novo instituto permitirá ainda a redução de 112 para cerca de 43 cargos dirigentes e poderá levar a despedimentos, admitiu o Governo, aquando da aprovação da medida pelo Conselho de Ministros.