GOVERNO PREPARA-SE PARA O PIOR: A SUA QUEDA DEPOIS DA PRIMAVERA

PS prepara-se para "assaltar" o poder, aproveitando os abusos troikistas e autoritários do Governo

Depois de um fim-de-semana de conversas com o PS, a maioria recuou e introduziu uma alteração ao Orçamento do Estado que sobe de 485 para 600 euros o limite a partir do qual os subsídios de Natal e férias começam a ser cortados a funcionários públicos e pensionistas. Mas a alteração não evitou que o Governo levasse uma profunda facada nas costas da bancada do Partido Socialista. Até ao último momento, José Seguro dava a entender que votaria a favor, mas o resultado foi surpreendente para a bancada do PSD e do CDS. A proposta apresentada pelo PSD e CDS, mesmo depois de adaptada e suavizada, foi considerada “decepcionante” pelos socialistas que se aliaram assim à esquerda para enfrentar as medidas autoritárias abusivas e anti-constitucionais do Governo. Os socialistas fizeram as contas e concluíram que havia margem para só cortar os subsídios de férias e de Natal a partir dos 750 euros – o valor a partir do qual o corte é progressivo – e para aumentar o tecto do corte dos dois subsídios para os 1250 euros. A intenção não foi acolhida pelo governo, que preferiu avançar com uma “cedência muito curta”, no entender dos socialistas, e levou o PS a demarcar-se da possibilidade de os dois partidos fazerem uma proposta conjunta. Com mais medidas autoritárias a caminho, justificadas pelo Governo como sendo necessárias para que a economia portuguesa cumpra os critérios exigidos pela UE, FMI e Troika, só resta Passos Coelho p+reparar-se para a rápida queda do seu Governo, talvez logo após a Primavera, como aconteceu com o de Sócrates.