Sócrates defendeu-se na 6.ª feira no Parlamento, durante o debate quinzenal, afirmando que sendo o Estado "uma pessoa de bem" não pode anular os compromissos assumidos com as empresas envolvidas na construção do TGV, Novo Aeroporto, 3.ª Travessia do Tejo e Nova Auto-Estrada N-S. Claro que todos sabem que já há muito tempo que o Presidente da República, Manuela Ferreira Leite e Paulo Portas alertaram para o endividamento que tais obras farónicas em tempo de crise acarretariam para o déficit e dívida externa, mas claro, os "negócios" de milhões entre o Estado e estas empresas sobreposeram-se aos interesses nacionais e avançaram, "contra tudo e contra todos". A nova ponte sobre o Tejo, será apenas mais um símbolo "neo-salazarista", mais uma "marca" desta governação tão "à direita" de Sócrates. Na realidade, o Primeiro-ministro parece mais preocupado com os seus projectos imaginários do que a dura realidade vivida pelos portugueses do desemprego exponencial, que empurra cada vez mais famílias para o fcom osso da pobreza, de onde dificilmente sairão nos próximos anos...