IGREJA PEDE: 20% DOS RENDIMENTOS DOS POLÍTICOS PARA FUNDO SOCIAL

D. Carlos Azevedo lança o desafio: 20% dos ordenados dos políticos para fundo social

O bispo auxiliar de Lisboa, D. Carlos Azevedo deixou esta quinta-feira um desafio aos políticos cristãos para que cedam 20 por cento dos rendimentos para um fundo social. A Igreja Católica espera que venha a ser feito um pacto social em Portugal para que a pobreza e as desigualdades sociais possam ser combatidas. D. Carlos Azevedo defendeu que a crise é tão grave que todos têm de dar um contributo para que as vítimas não continuem a aumentar. O bispo sugeriu que os políticos católicos abdiquem de 20 por cento dos rendimentos contribuindo para um fundo social. «Era muito bom que os políticos cristãos dissessem eu cedo do meu ordenado 20 por cento para um fundo social. Isso era um testemunho concreto. É preciso decisões novas, alguma coisa que digam às pessoas que é possível», afirmou. «É bom partilharmos antes que nos tirem porque aquilo que nós temos em situações de necessidade não é nosso, é do bem comum. Este é o princípio da moral cristã», defendeu. «Os pobres precisam de soluções e não de paliativos», foi a resposta da deputada independente do PS, Teresa Venda, ao desafio lançado pelo bispo. Teresa Venda, do Movimento Humanismo e Democracia, eleita como independente, disse à TSF que o dinheiro não é a solução e, para além disso, os políticos também não ganham de modo a poderem abdicar de 20 por cento do seu salário.