A pirataria ao largo da Somália é um negócio com muitos interessados, face à enorme crise social e económica do país. Os desempregados alistam-se nas fileiras terroristas ou de piratas, para sobreviverem às difíceis condições políticas e sociais. A missão Atalanta da União Europeia, naquela região marítima para reduzir os actos de pirataria é fundamental para garantir o transporte de mercadorias por via marítima, segundo um estudo publicado pelo Instituto Económico de Berlim (DIW). No entanto, apesar do aumento de presença militar na zona, os ataques de pirataria praticamente duplicaram o que criou um excelente negócio para as seguradoras de navios e cargas transportadas. Num balanço geral, o número de navios afectados é relativamente baixo: em 30.000 navios por ano, 116 foram atacados por piratas.