VIVE-SE EM TENDAS, SEIS MESES DEPOIS DO TERRAMOTO DO HAITI

as forças especiais militares apenas viram no Haiti mais uma forma de ganharem dinheiro

O balanço do sismo que abalou o Haiti em 12 de janeiro provocou 222 mil mortos e cerca de 300 mil feridos e prejuízos materiais estimados em 120 por cento do produto interno bruto de 2009. Estas estimativas são avançadas pelo Fundo da Organização das Nações Unidas (ONU) para as Crianças (Unicef) quando passam seis meses da catástrofe e os efeitos persistem. A destruição foi agravada pelas debilidades das instituições e das estruturas de governança deste país, que é o mais pobre do Hemisfério Ocidental e ocupou o 149.º lugar, entre 182 países, no índice de Desenvolvimento Humano da ONU. A dimensão da destruição material, quantificada em 7,86 mil milhões de dólares, motiva que ainda hoje existam 1,6 milhões de pessoas, metade das quais crianças, de uma população de 9,9 milhões, a viverem em 1190 acampamentos improvisados. O sismo, que atingiu os 7,0 graus na escala aberta de Richter, provocou, entre outras, a destruição de 188 mil casas, 3978 escolas e 22 por cento de todas as infraestruturas de saúde. O contributo da Unicef tem-se distribuído pela proteção das crianças, alimentação, educação, saúde, e ainda no campo da água, higiene e saneamento.