300 MORTOS NAS MANIFESTAÇÕES VIOLENTAS DO EGIPTO

centenas de feridos graves morrerão nas próximas semanas nos hospitais

Pelo menos 297 pessoas foram oficialmente consideradas mortas durante os violentos protestos que tiveram início a 25 de Janeiro no Egipto, indicou hoje a organização de defesa dos direitos humanos Human Rights Watch. A organização não governamental indicou que pôde confirmar que 232 pessoas morreram no Cairo, 52 em Alexandria e 13 em Suez, explicou a investigadora Heba Morayef no site da Human Rights Watch. A grande maioria das mortes ocorreu a 28 e 29 de Janeiro e as vítimas foram atingidas por balas verdadeiras durante confrontos entre manifestantes e polícia, acrescentou. Uma parte significativa foi resultado de balas de borracha e de bombas lacrimogéneas atiradas de perto para a multidão. A polícia desapareceu depois das ruas, sendo substituída pelo exército e por comités populares de auto-defesa. Segundo a organização, os hospitais receberam instruções para minimizarem o número de mortos. O número real de mortos será bastante mais elevado que os 297 porque a contagem baseia-se apenas nos principais hospitais das três cidades. Apenas foram contados o número de mortos que puderam ser confirmados. As autoridades egípcias não deram qualquer balanço das vítimas e anunciaram apenas 11 mortos durante os confrontos entre partidários do regime e manifestantes anti-Mubarak a 02 e 03 de Fevereiro.