OPERAÇÃO ANTI-NOBEL CHINESA FALHOU EM OSLO

preso em Junho de 2009, Liu foi condenado a 11 anos de prisão por "incitar à subversão"

A cerimónia simbólica norueguesa de entrega do Nobel da Paz ao preso político chinês Liu Xiaobo, na passada sexta-feira, em Oslo foi coroada de êxito mediático. 40 Países fizeram-se representar apesar das pressões da China. Irão, Cuba, Venezuela, Vietname e Rússia foram alguns dos 17 ausentes. À última hora, Ucrânia, Sérvia, Filipinas e Colômbia decidiram participar. Vários líderes mundiais aproveitaram a 62ª edição do prémio para apelarem à libertação do preso político condecorado com o Nobel deste ano. Foi o caso de Barack Obama e de Catherine Ashton, chefe da diplomacia europeia. Obama, o vencedor do ano passado, referiu que Liu encarna "valores universais" e "merece mais esta recompensa que eu". No mesmo dia Pequim fez um blackout informático e mediático total à notícia, impedindo assim os chineses de assistirem em directo à cerimónia na CNN e na BBC. Junto à casa onde vive a mulher de Liu, estacionaram duas carrinhas que se encarregaram de bloquear qualquer sinal de comunicações de satélite ou por cabo. Várias pessoas foram colocadas em prisão domiciliária na China por suspeita de apoio a este Prémio Nobel. Nas últimas semanas, Liu Xiaobo foi transferido para uma prisão junto da fronteira com a Coreia do Norte. Face à sua ausência, uma cadeira com um seu retrato gigante ocupou a cadeira vazia do premiado...