o Governo continua a cumprir os objectivos da Elite Mundial da NWO: desmantelar os benefícios sociais da classe média
"A CGTP continuará a colocar todos os esforços no sentido de levar os trabalhadores a exigir o respeito pelos seus direitos e a lutarem pela defesa da sua dignidade. Não aceitamos o documento que está neste momento na Assembleia da República, não aceitamos a sua promulgação e tudo faremos para lutar contra a sua aplicação. O primeiro objectivo da greve geral é contra a revisão da legislação laboral, quer para o sector privado, quer para a administração pública. Em segundo lugar, o combate e a contestação aos cortes salariais que se verificaram na administração pública e particularmente contra os cortes do subsídio de Natal e do subsídio de férias. É também uma greve geral contra a desprotecção social com que os desempregados estão a ser confrontados – reclamamos um reforço da protecção social. E é uma greve geral também contra a precariedade, por uma política económica que promova o emprego de qualidade e que simultaneamente dinamize uma política de rendimentos que assegure o aumento dos salários e das pensões", disse Arménio Carlos em entrevista ao Jornal i.
"Em relação aos salários, consideramos que é fundamental o aumento do salário mínimo nacional. As nossas reivindicações não se ficam por aqui, têm uma visão mais estratégica daquilo que queremos para o nosso país: a dinamização do sector produtivo. O nosso sector produtivo tem de responder, não só à problemática das exportações, mas ainda às necessidades internas do país, fornecer produção e serviços ao país, de forma a que possamos importar menos e reduzir por esta via também a dívida. E há ainda outra área para nós muito sensível que é aquela que tem a ver com a prestação dos serviços públicos e das funções sociais do Estado, particularmente as que se relacionam com a saúde, a educação e a segurança social, a questão dos transportes e também do poder local, que, com a anunciada redução das freguesias, não só põe em causa postos de trabalho, mas também um direito indissociável do bem-estar das populações: a proximidade do poder local para prestar serviços e apoio às populações. Só podemos sair desta situação com crescimento económico, com criação de emprego e criação de riqueza, com uma outra política de rendimentos, pois só assim arranjamos dinheiro para dar resposta às necessidades internas e assumir os nossos compromissos internacionais."
"O que está aqui em marcha é precisamente o contrário disto, a negação do direito ao crescimento. E há outra questão, que está à vista de toda a gente, que é o aumento do desemprego, uma tendência que se acentuará nos próximos tempos. E as alterações da legislação laboral são mais uma peça que vem agravar rapidamente esta situação. Com uma consequência ainda mais dolorosa: é que a maior parte dos desempregados que hoje temos já não recebem subsídio de desemprego – 58 em cada 100 neste momento não recebem subsídio de desemprego – e, se estas políticas forem implementadas, dentro de seis meses, um ano, este número já não será o mesmo, teremos um número de desempregados muito superior sem qualquer tipo de protecção social. Estamos a propor soluções para resolver o problema, enquanto as políticas deste governo e da troika agravam a situação. Se for coerente com aquilo que diz, que está preocupado com a pobreza e o desemprego, a primeira coisa que deve fazer é reflectir sobre o documento que lhe foi apresentado e tomar uma decisão óbvia: não promulgar. Porque os conteúdos do documento que está em discussão pública na Assembleia da República não só promovem a facilitação dos despedimentos como incentivam os patrões a despedir, neste caso concreto a aumentar o desemprego e simultaneamente também as outras propostas visam a aceitação da pobreza. Se houver coerência, é isso que ele tem de fazer – não promulgar." (in, Jornal i).