devido a políticos corruptos ou insensíveis Portugal perde todas as suas infraestruturas, uma a uma, dia após dia
O Alfeite está condenado a morrer. Esta é a convicção dos trabalhadores, segundo o sindicalista Rogério Caeiro que considera “manobra de diversão” do governo o anúncio de que os Estaleiros têm trabalho com a reparação da corveta João Roby, como ontem revelou o secretário de Estado da Defesa. Segundo Braga Lino, os Estaleiros Navais de Alfeite vão reparar a corveta João Roby, uma encomenda que representa um encaixe de seis milhões de euros. A informação, “se era uma resposta às minhas afirmações sobre a total paralisia do Alfeite, não adianta grande coisa à situação dos estaleiros, pois dá trabalho por apenas três ou quatro meses”, reagiu Rogério Caeiro. “Foi dito para nos calar”, acrescenta o delegado do Sindicato dos Trabalhadores Civis das Forças Armadas, Estabelecimentos Fabris e Empresas de Defesa (STEFFA), que ontem afirmou à TSF que os 600 trabalhadores dos estaleiros de Almada se apresentam todos os dias num local de trabalho onde “não há nada para fazer”, pois “a carteira de encomendas no Arsenal do Alfeite é zero”. A situação tornou-se insuportável desde que “algumas chefias começaram a dizer que a empresa vai despedir 200 trabalhadores”, explicou Caeiro. Apesar de não haver encomendas, os salários têm sido pagos em dia. O sindicalista lamenta que a Marinha tenha deixado de encomendar trabalhos de manutenção e reparação aos estaleiros de Almada, frisando que “se não for a Marinha a pôr aqui trabalho, não há futuro possível para o Alfeite”.