militares de patentes inferiores da NATO de Oeiras já terão recebido guia de marcha para Abril...
A continuidade do comando regional da NATO em solo português passa por se
transformar numa estrutura naval, deixando de existir praticamente em solo, o que reduz a sua importância militar mas
corresponde à vitória político-diplomática possível para Lisboa. A Cimeira da NATO de Lisboa debateu-se por evitar o encerramento do comando da aliança em Oeiras. Em Outubro de 2010, fonte governamental tinha avançado ao jornal « i » que a decisão já estava tomada há algum tempo.
"Se o Comando de Oeiras fechar, outro comando assumirá as suas funções, mas será um erro se a NATO deixar de ter este comando", afirmou o Almirante Vieira Matias ao «i». "Arrisco-me a dizer que será uma perda grande para a NATO, menor para Portugal." Os argumentos que Vieira Matias utiliza na defesa do não-encerramento são racionais: para além de Portugal ter "uma posição geográfica importante, porque faz a articulação entre Atlântico Norte, Atlântico Sul e Mediterrâneo", é um país "membro fundador da NATO, extremamente fiel, e será nocivo para a cultura NATO excluí-lo" no seu plano de reestruturação dos comandos transnacionais.
Para o chefe de Estado-Maior General das Forças Armadas, o comando de Oeiras “tem fortes argumentos a seu favor, mas os critérios e parâmetros das decisões quanto à nova estrutura de comandos da Aliança não serão apenas esses”. “A minha posição é aquela que tem sido a posição portuguesa. É indispensável para a nossa perspectiva e para o nosso interesse nacional que haja uma bandeira NATO em território português e que essa bandeira flutue num comando”, disse à Lusa o general Valença Pinto sintetizando a sua posição pessoal e a posição portuguesa perante a questão do comando da NATO em Oeiras.
Depois de vários anos a cumprir funções estritamente navais, o comando de Oeiras passou a comando conjunto, tornando-se um dos três deste tipo na NATO, que, nas palavras de Loureiro dos Santos, "organizam e comandam forças nos diversos ramos das Forças Armadas".
O processo de revisão da estrutura de comandos da Aliança Atlântica coloca uma vez mais em questão, tal como em 1982, 1999 e 2004, o estatuto do comando de Oeiras, actual Joint Headquarter Lisbon desde a última revisão, em 2004.