Sarkozy, um neo-fascista francês, até já imita a mímica de Hitler nos seus discursos
Nicolas Sarkozy entra em palco como se fosse o pugilista Muhammad Ali, dando palmadas nas mãos das pessoas, ou fãs, que estendem os braços para o cumprimentar.
Pronto para deixar nocaute a livre circulação dentro do espaço Schengen, o presidente francês reafirmou ontem a necessidade de proteger melhor as empresas e as fronteiras europeias e defendeu a revisão do acordo que prevê a liberdade de circulação de bens dentro desse espaço.
Ameaçando suspender a participação da França no Acordo de Schengen, caso não se estabeleça “um governo político de Schengen” no prazo de um ano, o líder francês defendeu também a criação de uma iniciativa, “Acto Compre Europeu”, para estimular a economia na zona euro.
Argumentando que “o acordo de Schengen não permite continuar a responder à gravidade da situação”, devido a um fluxo cada vez maior de imigrantes que chega ilegalmente à Europa, Sarkozy, que procura um segundo mandato como presidente francês, sublinhou que o controlo dos fluxos migratórios não deve ser deixado apenas “nas mãos de tecnocratas e dos tribunais”.
Para Sarkozy, que luta para diminuir a distância para o favorito na corrida presidencial, o socialista François Hollande, “deve punir-se, suspender ou excluir de Schengen um Estado que falhar, assim como se deve punir um Estado da zona euro que não cumpra com as suas obrigações”.
No entanto, o presidente não se poupa a esforços para obter um resultado alentador na primeira volta a 22 de Abril para ganhar ímpeto para derrotar Hollande na segunda volta a 6 de Maio.