DÍVIDAS DE HOSPITAIS A FARMACÊUTICAS COLOCAM VIDAS EM RISCO

a falta de compressas para cirurgias no Hospital de Almada foi um alerta para a gravidade e implicações do problema

Os hospitais públicos estavam a dever, em Janeiro, mais de 1.300 milhões de euros aos laboratórios farmacêuticos, mais 30 milhões do que no mês anterior. O prazo médio de pagamento fixou-se nos 478 dias, tendo também crescido face a Dezembro (476 dias). O Centro Hospitalar Lisboa Norte (Santa Maria e Pulido Valente) é a entidade que mais deve aos laboratórios (mais de 175 milhões de euros), mas o Centro Hospitalar do Nordeste é o que deve demora mais tempo a pagar (899 dias), segundo os dados hoje divulgados na página da internet da associação portuguesa da indústria farmacêutica (Apifarma). O prazo médio de pagamento aos laboratórios derrapou 105 dias face a Janeiro do ano passado, altura em que os hospitais públicos deviam 983 milhões de euros. Os ministros da Saúde e das Finanças já disseram que será libertada a verba de 1.500 milhões de euros, proveniente da transferência de fundos de pensões da banca, para pagar dívidas dos hospitais às farmacêuticas. Esse pagamento começará a ser feito em Abril, mas o modo que será feito está a ser negociado entre o Ministério da Saúde e a Apifarma. Os ministros da Saúde e das Finanças já disseram que será libertada a verba de 1.500 milhões de euros, proveniente da transferência de fundos de pensões da banca, para pagar dívidas dos hospitais às farmacêuticas. Esse pagamento começará a ser feito em Abril, mas o modo que será feito está a ser negociado entre o Ministério da Saúde e a Apifarma.Partilhar