14 carros de luxo e um iate foram apreendidos durante a operação da megafraude
Fonte da PJ disse à agência Lusa que a operação "SOS PHARMACIAS" envolveu buscas a mais de 30 farmácias e residências em diferentes pontos do país. Em comunicado, aquela força policial não refere qualquer detenção.
Fraude fiscal, associação criminosa, falsificação de documentos e burla são os crimes sob suspeita no estratagema a funcionar há pelo menos quatro anos e que envolverá montantes de "muitos milhões de euros", acrescentou a mesma fonte contactada pela agência Lusa.
O processo iniciava-se com a aquisição de farmácias, através de crédito bancário, nalguns casos mais do que as quatro permitidas por lei a cada proprietário, recorrendo à ocultação da verdadeira identidade do comprador, através de "testas de ferro".
O passo seguinte era a aquisição de medicamentos a fornecedores, a quem nunca eram pagos, e posterior venda ao público, recebendo ainda a parte referente à comparticipação do Serviço Nacional de Saúde (SNS), sem o pagamento dos devidos impostos.
As verbas reunidas eram todas encaminhadas para a aquisição de "luxuoso património mobiliário e imobiliário", já que não pagavam qualquer dos créditos obtidos nem pagavam impostos, acrescentou a fonte da PJ.