Na noite de 4 de Dezembro de 1980, o avião onde seguia o então primeiro-ministro, Francisco Sá Carneiro, a sua companheira, Snu Abecassis, e o ministro da Defesa, Adelino Amaro da Costa, António Patrício Gouveia, chefe de gabinete de Sá Carneiro, despenhou-se em Camarate, quando seguia para o Porto. No total, morreram sete pessoas.
«O advogado das famílias das vítimas do «caso Camarate» confessou estar «satisfeito» mas «não surpreendido», com as afirmações de José Esteves, que assumiu à revista Focus o fabrico de um engenho que alegadamente matou Sá Carneiro e Amaro da Costa. Em declarações à agência Lusa, Ricardo Sá Fernandes confessou estar «contente» com a confissão de José Esteves mas «com um certo amargo de boca» pelo facto de «esta não poder ser usada para se fazer justiça», já que o «Caso Camarate» prescreveu em Setembro passado. O ex-segurança José Esteves confessou, em entrevista à revista Focus, ter preparado um engenho que alegadamente fez explodir o avião que matou o primeiro-ministro Francisco Sá Carneiro e o ministro da Defesa Adelino Amaro da Costa, a 4 de Dezembro de 1980.
«Sempre disse que prescrito o crime, os autores não deixariam de assumir a sua autoria. Esta confissão de José Esteves tem enorme importância porque foi feita pela primeira vez. Tinha ameaçado algumas vezes que ia falar mas só agora o fez», disse o advogado. De acordo com Ricardo Sá Fernandes, «falta agora fazer na Europa a justiça que não foi possível fazer em Portugal». «Neste momento tenho duas consolações: que na História de Portugal ficará registado que Camarate não foi acidente mas um atentado e que o Tribunal Europeu dos Direitos do Homem possa ainda reconhecer que foi cometido um crime», disse o advogado, acrescentando que «se a Europa considerar que foi um atentado isso significa uma severa punição para o regime democrático português do 25 de Abril». O causídico vai apresentar, em Janeiro, junto do Tribunal Europeu dos Direitos do Homem, uma acção em que pede a condenação do Estado português «a uma indemnização simbólica de um euro» às famílias das vítimas.
Para Ricardo Sá Fernandes, várias foram as instituições que falharam, impedindo que Camarate chegasse à barra do tribunal. «Falharam várias instituições mas a principal foi o Ministério Público. O então Procurador-Geral da República Cunha Rodrigues equivocou-se por razões de Estado e agiu contra os interesses desse mesmo Estado. É o grande responsável», afirmou. A queda de uma aeronave Cessna no bairro de Camarate, a 4 de Dezembro de 1980, provocou a morte do então primeiro-ministro Francisco Sá Carneiro, da sua mulher Snu Abecassis, e do ministro da Defesa Adelino Amaro da Costa. José Esteves, antigo segurança do CDS, assume agora que foi o autor de uma bomba incendiária que alegadamente provocou o acidente mas que o seu plano era apenas pregar um «susto» ao general Soares Carneiro, candidato pela Aliança Democrática (AD) à Presidência da República, e que o seu engenho foi alterado por forma a provocar a morte dos passageiros do Cessna. O Cessna, já a arder e deixando um rasto de detritos, acaba por embater em cabos de alta tensão, junto ao bairro das Fontainhas, e depois de perder velocidade acaba por se despenhar sobre Camarate, perto de Lisboa.»
«O advogado das famílias das vítimas do «caso Camarate» confessou estar «satisfeito» mas «não surpreendido», com as afirmações de José Esteves, que assumiu à revista Focus o fabrico de um engenho que alegadamente matou Sá Carneiro e Amaro da Costa. Em declarações à agência Lusa, Ricardo Sá Fernandes confessou estar «contente» com a confissão de José Esteves mas «com um certo amargo de boca» pelo facto de «esta não poder ser usada para se fazer justiça», já que o «Caso Camarate» prescreveu em Setembro passado. O ex-segurança José Esteves confessou, em entrevista à revista Focus, ter preparado um engenho que alegadamente fez explodir o avião que matou o primeiro-ministro Francisco Sá Carneiro e o ministro da Defesa Adelino Amaro da Costa, a 4 de Dezembro de 1980.
«Sempre disse que prescrito o crime, os autores não deixariam de assumir a sua autoria. Esta confissão de José Esteves tem enorme importância porque foi feita pela primeira vez. Tinha ameaçado algumas vezes que ia falar mas só agora o fez», disse o advogado. De acordo com Ricardo Sá Fernandes, «falta agora fazer na Europa a justiça que não foi possível fazer em Portugal». «Neste momento tenho duas consolações: que na História de Portugal ficará registado que Camarate não foi acidente mas um atentado e que o Tribunal Europeu dos Direitos do Homem possa ainda reconhecer que foi cometido um crime», disse o advogado, acrescentando que «se a Europa considerar que foi um atentado isso significa uma severa punição para o regime democrático português do 25 de Abril». O causídico vai apresentar, em Janeiro, junto do Tribunal Europeu dos Direitos do Homem, uma acção em que pede a condenação do Estado português «a uma indemnização simbólica de um euro» às famílias das vítimas.
Para Ricardo Sá Fernandes, várias foram as instituições que falharam, impedindo que Camarate chegasse à barra do tribunal. «Falharam várias instituições mas a principal foi o Ministério Público. O então Procurador-Geral da República Cunha Rodrigues equivocou-se por razões de Estado e agiu contra os interesses desse mesmo Estado. É o grande responsável», afirmou. A queda de uma aeronave Cessna no bairro de Camarate, a 4 de Dezembro de 1980, provocou a morte do então primeiro-ministro Francisco Sá Carneiro, da sua mulher Snu Abecassis, e do ministro da Defesa Adelino Amaro da Costa. José Esteves, antigo segurança do CDS, assume agora que foi o autor de uma bomba incendiária que alegadamente provocou o acidente mas que o seu plano era apenas pregar um «susto» ao general Soares Carneiro, candidato pela Aliança Democrática (AD) à Presidência da República, e que o seu engenho foi alterado por forma a provocar a morte dos passageiros do Cessna. O Cessna, já a arder e deixando um rasto de detritos, acaba por embater em cabos de alta tensão, junto ao bairro das Fontainhas, e depois de perder velocidade acaba por se despenhar sobre Camarate, perto de Lisboa.»
(in, Diário Digital / Lusa 29-11-2006 7:54:00)