A FUNÇÃO PÚBLICA

discussões são algo típico quando se quer ver defendidos os interesses pessoais em Portugal

Em Portugal a Função Pública assim como muitas empresas de prestação de serviços semi-públicos existem por que têm de existir, mas a sua eficácia chega a ser quase nula, já que os utentes que se recorrem desses serviços raramente têm um atendimento sério da parte dos funcionários, do outro lado do balcão. Muitas vezes para se conseguir um simples documento impresso de uma instituição espera-se horas numa fila para, no momento do atendimento, na maior parte dos casos se ter uma resposta de bloqueio, não raramente antipática e muitas vezes inconclusiva. Perdem-se horas, gera-se desconfiança quanto à eficácia dos serviços que se viram quase sempre contra o utente, considerado na maior parte das vezes pelos funcionários, como indesejável. Este atendimento terceiro mundista é generalizado, mesmo quando os serviços são dotados de uma hierarquia ou quando estão altamente informatizados (nessas alturas existem sempre, “estrategicamente” falhas do sistema informático…). Enquanto nos países “civilizados”, maioritariamente localizados no Centro e Norte da Europa, os serviços conferem segurança e qualidade de vida às pessoas, em Portugal, cada vez que alguém tem de se deslocar aos serviços da função pública, já sabe que vai perder metade de um dia, pelo menos e que, invariavelmente será mal tratado pelos funcionários. Este é preço “europeu” de se viver num país periférico, onde as máfias privadas tudo conseguem e os cidadãos individuais apenas conseguem encontrar forças de bloqueio em qualquer serviço ou instituição… Felizmente existe o livro amarelo que permite, ao menos, descrever factos ocorridos durante o atendimento ou outras reclamações que poderão levar ao despedimento de certos funcionários, conforme a gravidade da ocorrência...