«Permitam-me fabricar e controlar o dinheiro de uma nação e já não me importarei com quem a governe.» (Meyer Amschel Rothschild, banqueiro alemão)
“«Não há como ser rico para que todo o mundo se creia no direito de criticá-lo». Isso devem ter pensado os membros da família Rothschild quando leram em Janeiro de 1991 a entrevista a John Todd publicada pela revista norte-americana Progresso para Todos. Membro do Conselho Maçónico dos Treze, John Todd afirmava que o famoso ícone da pirâmide e do olho resplandecente com o qual se representava em geral Deus, significava na realidade algo muito distinto: o olhar vigilante de Lúcifer. Segundo as suas palavras, a imagem foi criada pelos Rothschild e levada depois para os Estados Unidos por dois importantes maçons e pais fundadores da nação, Benjamin Franklin e Alexander Hamilton, antes de estes começarem a revolução e a guerra da independência de Inglaterra. «A família Rothschild é a cabeça da organização na qual ingressei no Colorado, e todas as irmandades ocultas formam parte dela», assegurava, «porque na realidade todas pertencem ao mesmo grupo dirigido por Lúcifer para instaurar o seu governo a nível mundial». Acrescentava ainda: «Dizem que os Rothschild mantêm contacto pessoal com o demónio. Eu estive na sua mansão e vivi-o. Sei que é verdade.» “
“A casa Rothschild, fundada por Meyer Amschel, designado por Rothschild, pioneiro da saga, constituiu desde o princípio o melhor exemplo deste tipo de banco. Meyer nasceu em 1743 e instalou o seu primeiro negócio financeiro na cidade alemã de Frankfurt am Main, a sua cidade natal. Filho do banqueiro e ourives judeu Moisés Amschel Bauer, a origem do seu famoso apelido tem de ser procurada no apelido, pelo qual todas as pessoas o conheciam na cidade, pelo facto de na fachada do edifício onde tinha instalado o seu negócio se encontrava pendurado um escudo vermelho (em alemão, rot é «vermelho» e schild significa «escudo»). A tradição considera o vermelho como uma cor solar, vivificante, fortalecedora de carácter positivo, mas, a partir da época do primeiro Rothschild e até à actualidade, o escudo ou a bandeira desta cor converteu-se no emblema das sucessivas revoluções de esquerdas que agitaram o mundo. Meyer começou no negócio bancário do seu próprio pai e mais tarde viajou até Hannover para melhorar o seu ofício com a família Oppenheimer. Graças à sua intensa actividade, a sua visão comercial e o seu à vontade nas relações sociais, permitiu-lhe estabelecer amizade com o general Von Storff, que o introduziu na corte do landgrave de Hesse-Kassel, e pouco depois começou a trabalhar com o próprio príncipe Wilhelm IX, que se dedicava a ganhar dinheiro de todas as formas possíveis e muito especialmente com a guerra. O príncipe recrutava mercenários que diversas monarquias europeias necessitavam para resolverem certas questões entre si, ampliadas com base nos desequilíbrios gerados pela Revolução francesa: equipava-os e dava-lhes guarida até estes partirem para a batalha, e cobrava uma percentagem por cada operação. Meyer compreendeu de seguida como funcionava o negócio e dedicou-se a ele com excelentes resultados. A melhor prova disto é que rapidamente adquiriu uma fortuna pessoal, que incrementou reinvestindo em todos os negócios em que pudesse ganhar mais, desde o comércio de vinhos até à venda de antiguidades, sem nunca esquecer o ofício original bancário, o qual consolidou quando regressou à sua Frankfurt natal.”
“Quais eram os sonhos pessoais do primeiro dos Rothschild? Em que desejava utilizar os seus elevados lucros, na realidade?”
“Muito provavelmente, em adquirir poder. Ao fim e ao cabo, esta é a grande tentação de todos os homens que conseguem destacar-se na hierarquia social. É possível que Meyer tenha fantasiado com a possibilidade de utilizar a sua riqueza para forçar a sua coroação nalguma parte do mundo, ainda que, na época das monarquias absolutistas ligadas a inúmera dinastias, o mero facto de expressar algo semelhante em voz alta pudesse ter-lhe custado a vida. Um punhado de espadas e mosquetes de um rei pobre podiam acabar facilmente com os sonhos de um banqueiro rico. E, no entanto, porque é que a monarquia tinha de ser hereditária, se os sucessores de um hipotético rei competente podiam ser uns ineptos? Ou mesmo que não o fossem. Porque é que não se podia projectar junto dos verdadeiros impulsionadores da economia e da sociedade, como ele mesmo se considerava, de primeira fila? Será que não havia nenhuma possibilidade de alterar a ordem das coisas? Neste cenário apareceram os Illuminati de Weishaupt, e desde logo, Meyer percebeu que existia outro meio de aceder ao poder. Se não era pela frente, actuaria pelos bastidores. Desde o primeiro momento, a família Rothscild amparou e financiou a trama dos Illuminati da Baviera até ao ponto de Meyer os reunir na sua própria casa de Frankfurt em 1786. Segundo alguns entendidos, naquela reunião o objectivo principal foi o estudo detalhado dos preparativos da revolução francesa, que se deu poucos anos depois. Ali se acordaram, entre outras coisas, todo o processo de agitação pré-revolucionária, o julgamento e execuções públicas do rei francês Luís XVI e a criação da Guarda Nacional Republicana para proteger o novo regime.”
“Alguns anos mais tarde, o deputado e membro do Comité de Saúde Pública da Assembleia Nacional, Joseph Cambron, chegou a denunciar veladamente estes factos, lembrando que a partir de 1789 «a grande revolução atingiu todo o mundo, excepto a banca». Seguindo o projecto original dos Illuminati, também se concebeu o plano para estender o processo revolucionário ao resto do continente europeu e provocar um cataclismo social que beneficiaria os interesses da sociedade secreta. Dois anos antes de morrer em 1812, o primeiro dos Rothschild já tinha planeado o futuro da sua empresa, associando os seus cinco filhos varões (e, segundo o seu testamento, excluindo de forma explicita as suas filhas de qualquer participação financeira) à empresa que a partir desse momento se passaria a designar Meyer Amschel Rothschild e Filhos. Assim constituiu a primeira rede financeira europeia de grande alcance, porque cada irmão instalou-se numa cidade diferente e abriu o seu próprio estabelecimento comercial, que representava uma quinta parte da propriedade total. Amschel júnior ficou em Frankfurt, Karl foi para Nápoles, Natham para Londres, e Salomón para Paris, onde ao fim de pouco tempo foi substituído por James, enquanto ele abria uma nova sucursal, desta vez em Viena. Eram as cidades mais importantes da altura, de modo a que os cinco irmãos podiam reunir-se periodicamente para trocarem informação e obterem uma visão de conjunto bastante real acerca do desenvolvimento político e económico da Europa, assim como para coordenarem as suas estratégias.”
“Os irmãos haviam-se comprometido a prosseguir a obra de seu pai, com a vantagem que cada um deles podia agora contar com o apoio incondicional dos restantes, e decidir assim que dirigentes de uma ou outra nação serviam melhor a sua causa e, por conseguinte, emprestavam-lhes ou não o financiamento pedido. O seu enriquecimento económico aumentou simultaneamente à sua influência junto dos vários governos europeus. Excelente exemplo é a sucursal francesa presidida inicialmente por Salomón, que, em pouco tempo, passou a figurar nos arquivos policiais por envolvimento em actividade de contrabando apesar de ser uma grande personalidade da corte e da alta sociedade. Foi a partir de 1823 quando o rei Luís XVIII de França obteve dele o empréstimo de 400 milhões de francos, o primeiro de uma série. Meses depois, o banqueiro era condecorado pela Legião de Honra pelos «seus valiosos serviços à causa da Restauração». Mais tarde, Salomón partiu para Viena onde rapidamente estabeleceu amizade pessoal com o chanceler Metternich e com honrarias da corte imperial. As suas relações com a cúria romana igualmente foram de vento em poupa, até ao ponto de negociar um grande empréstimo ao próprio Estado Vaticano. O resultado de todas estas manobras foi que a partir de então a Casa Rothschild se converteu em sinónimo de riqueza e poder sem fronteiras.” (in, Illuminati, Paul H. Koch, Editorial Planeta SA, 2006, Barcelona)
“«Não há como ser rico para que todo o mundo se creia no direito de criticá-lo». Isso devem ter pensado os membros da família Rothschild quando leram em Janeiro de 1991 a entrevista a John Todd publicada pela revista norte-americana Progresso para Todos. Membro do Conselho Maçónico dos Treze, John Todd afirmava que o famoso ícone da pirâmide e do olho resplandecente com o qual se representava em geral Deus, significava na realidade algo muito distinto: o olhar vigilante de Lúcifer. Segundo as suas palavras, a imagem foi criada pelos Rothschild e levada depois para os Estados Unidos por dois importantes maçons e pais fundadores da nação, Benjamin Franklin e Alexander Hamilton, antes de estes começarem a revolução e a guerra da independência de Inglaterra. «A família Rothschild é a cabeça da organização na qual ingressei no Colorado, e todas as irmandades ocultas formam parte dela», assegurava, «porque na realidade todas pertencem ao mesmo grupo dirigido por Lúcifer para instaurar o seu governo a nível mundial». Acrescentava ainda: «Dizem que os Rothschild mantêm contacto pessoal com o demónio. Eu estive na sua mansão e vivi-o. Sei que é verdade.» “
“A casa Rothschild, fundada por Meyer Amschel, designado por Rothschild, pioneiro da saga, constituiu desde o princípio o melhor exemplo deste tipo de banco. Meyer nasceu em 1743 e instalou o seu primeiro negócio financeiro na cidade alemã de Frankfurt am Main, a sua cidade natal. Filho do banqueiro e ourives judeu Moisés Amschel Bauer, a origem do seu famoso apelido tem de ser procurada no apelido, pelo qual todas as pessoas o conheciam na cidade, pelo facto de na fachada do edifício onde tinha instalado o seu negócio se encontrava pendurado um escudo vermelho (em alemão, rot é «vermelho» e schild significa «escudo»). A tradição considera o vermelho como uma cor solar, vivificante, fortalecedora de carácter positivo, mas, a partir da época do primeiro Rothschild e até à actualidade, o escudo ou a bandeira desta cor converteu-se no emblema das sucessivas revoluções de esquerdas que agitaram o mundo. Meyer começou no negócio bancário do seu próprio pai e mais tarde viajou até Hannover para melhorar o seu ofício com a família Oppenheimer. Graças à sua intensa actividade, a sua visão comercial e o seu à vontade nas relações sociais, permitiu-lhe estabelecer amizade com o general Von Storff, que o introduziu na corte do landgrave de Hesse-Kassel, e pouco depois começou a trabalhar com o próprio príncipe Wilhelm IX, que se dedicava a ganhar dinheiro de todas as formas possíveis e muito especialmente com a guerra. O príncipe recrutava mercenários que diversas monarquias europeias necessitavam para resolverem certas questões entre si, ampliadas com base nos desequilíbrios gerados pela Revolução francesa: equipava-os e dava-lhes guarida até estes partirem para a batalha, e cobrava uma percentagem por cada operação. Meyer compreendeu de seguida como funcionava o negócio e dedicou-se a ele com excelentes resultados. A melhor prova disto é que rapidamente adquiriu uma fortuna pessoal, que incrementou reinvestindo em todos os negócios em que pudesse ganhar mais, desde o comércio de vinhos até à venda de antiguidades, sem nunca esquecer o ofício original bancário, o qual consolidou quando regressou à sua Frankfurt natal.”
“Quais eram os sonhos pessoais do primeiro dos Rothschild? Em que desejava utilizar os seus elevados lucros, na realidade?”
“Muito provavelmente, em adquirir poder. Ao fim e ao cabo, esta é a grande tentação de todos os homens que conseguem destacar-se na hierarquia social. É possível que Meyer tenha fantasiado com a possibilidade de utilizar a sua riqueza para forçar a sua coroação nalguma parte do mundo, ainda que, na época das monarquias absolutistas ligadas a inúmera dinastias, o mero facto de expressar algo semelhante em voz alta pudesse ter-lhe custado a vida. Um punhado de espadas e mosquetes de um rei pobre podiam acabar facilmente com os sonhos de um banqueiro rico. E, no entanto, porque é que a monarquia tinha de ser hereditária, se os sucessores de um hipotético rei competente podiam ser uns ineptos? Ou mesmo que não o fossem. Porque é que não se podia projectar junto dos verdadeiros impulsionadores da economia e da sociedade, como ele mesmo se considerava, de primeira fila? Será que não havia nenhuma possibilidade de alterar a ordem das coisas? Neste cenário apareceram os Illuminati de Weishaupt, e desde logo, Meyer percebeu que existia outro meio de aceder ao poder. Se não era pela frente, actuaria pelos bastidores. Desde o primeiro momento, a família Rothscild amparou e financiou a trama dos Illuminati da Baviera até ao ponto de Meyer os reunir na sua própria casa de Frankfurt em 1786. Segundo alguns entendidos, naquela reunião o objectivo principal foi o estudo detalhado dos preparativos da revolução francesa, que se deu poucos anos depois. Ali se acordaram, entre outras coisas, todo o processo de agitação pré-revolucionária, o julgamento e execuções públicas do rei francês Luís XVI e a criação da Guarda Nacional Republicana para proteger o novo regime.”
“Alguns anos mais tarde, o deputado e membro do Comité de Saúde Pública da Assembleia Nacional, Joseph Cambron, chegou a denunciar veladamente estes factos, lembrando que a partir de 1789 «a grande revolução atingiu todo o mundo, excepto a banca». Seguindo o projecto original dos Illuminati, também se concebeu o plano para estender o processo revolucionário ao resto do continente europeu e provocar um cataclismo social que beneficiaria os interesses da sociedade secreta. Dois anos antes de morrer em 1812, o primeiro dos Rothschild já tinha planeado o futuro da sua empresa, associando os seus cinco filhos varões (e, segundo o seu testamento, excluindo de forma explicita as suas filhas de qualquer participação financeira) à empresa que a partir desse momento se passaria a designar Meyer Amschel Rothschild e Filhos. Assim constituiu a primeira rede financeira europeia de grande alcance, porque cada irmão instalou-se numa cidade diferente e abriu o seu próprio estabelecimento comercial, que representava uma quinta parte da propriedade total. Amschel júnior ficou em Frankfurt, Karl foi para Nápoles, Natham para Londres, e Salomón para Paris, onde ao fim de pouco tempo foi substituído por James, enquanto ele abria uma nova sucursal, desta vez em Viena. Eram as cidades mais importantes da altura, de modo a que os cinco irmãos podiam reunir-se periodicamente para trocarem informação e obterem uma visão de conjunto bastante real acerca do desenvolvimento político e económico da Europa, assim como para coordenarem as suas estratégias.”
“Os irmãos haviam-se comprometido a prosseguir a obra de seu pai, com a vantagem que cada um deles podia agora contar com o apoio incondicional dos restantes, e decidir assim que dirigentes de uma ou outra nação serviam melhor a sua causa e, por conseguinte, emprestavam-lhes ou não o financiamento pedido. O seu enriquecimento económico aumentou simultaneamente à sua influência junto dos vários governos europeus. Excelente exemplo é a sucursal francesa presidida inicialmente por Salomón, que, em pouco tempo, passou a figurar nos arquivos policiais por envolvimento em actividade de contrabando apesar de ser uma grande personalidade da corte e da alta sociedade. Foi a partir de 1823 quando o rei Luís XVIII de França obteve dele o empréstimo de 400 milhões de francos, o primeiro de uma série. Meses depois, o banqueiro era condecorado pela Legião de Honra pelos «seus valiosos serviços à causa da Restauração». Mais tarde, Salomón partiu para Viena onde rapidamente estabeleceu amizade pessoal com o chanceler Metternich e com honrarias da corte imperial. As suas relações com a cúria romana igualmente foram de vento em poupa, até ao ponto de negociar um grande empréstimo ao próprio Estado Vaticano. O resultado de todas estas manobras foi que a partir de então a Casa Rothschild se converteu em sinónimo de riqueza e poder sem fronteiras.” (in, Illuminati, Paul H. Koch, Editorial Planeta SA, 2006, Barcelona)