Nino Vieira, terá sido brutalmente assassinado na presença da sua mulher, na sua casa, à catanada, em eventual acto de vingança contra o assassinato do seu rival Tagmé Na Waie, chefe do Estado-maior, morto num atentado à bomba. A residência do Presidente não tinha qualquer nível mínimo de segurança e a sua morte foi facilitada por esse motivo. A rivalidade entre estes dois dirigentes mortos, remontava aos anos 80, e estava pré-destinada pois segundo palavras do próprio Tagmé, que reflectiam o frágil equilíbrio de forças existentes entre o político e o exército, “eu morro de manhã e o Nino morre à noite”. O estranho é que o tipo de atentado à bomba excedeu as capacidades dos militares locais, o que faz desconfiar que algum “apoio” internacional - operativos de forças especiais de intervenção - pudessem ter estado envolvidos no assassinato de Tagmé. Se os actos cometidos na Guiné-Bissau, têm ou não a ver como a nova União Africana que se desenha “a passos largos” no horizonte político deste continente, só o futuro o dirá…