CASOS SUBMARINOS E FREEPORT “SILENCIADOS”

contrapartidas: a corrupção na Alemanha seria facilmente absolvida em Portugal...

Cândida Almeida do DCIAP colocou o seu lugar à disposição depois de ter sido pressionada nos casos dos processos Freeport e Submarinos que envolviam directamente políticos de relevo. Os “intocáveis” não podem tolerar que as instituições do Estado para o qual “trabalham” possam acusá-los de corrupção, mesmo quando as provas parecem indicar a culpabilidade. No caso Freeport os acusadores ingleses, gestores originais do Freeport, Jonathan Rawnsley, Rick Dattani e Simon Jobling apenas prestaram declarações com a condição de nunca poderem ser acusados, uma posição demasiado confortável para um processo jurídico desta dimensão. Cândida Almeida defendeu os procuradores que estiveram com os dois processos por terem, na sua opinião, resistido às pressões políticas e mediáticas, apesar de estarem a ser actualmente inquiridos: Vítor Magalhães e Paes de Faria (Freeport) e Carla Dias (submarinos/contrapartidas).

Esta última estará a ser inquirida por ter estabelecido uma relação pessoal com José Rui Felizardo, presidente da INTELI, empresa que antes de trabalhar para o Ministério Público tinha já prestado consultadoria a entidades envolvidas nos negócios das contrapartidas (ESCOM do grupo Espírito Santo, ACECIA um consórcio que participou no processo e MAN FERROSTALL, o consórcio alemão que ganhou o concurso. Três gestores alemães foram acusados, neste processo, de burla de 30 milhões de euros. Entretanto o Conselho Superior da Magistratura, órgão máximo do MP, demonstrou estar preocupado com as recentes declarações do Procurador-Geral, Pinto Monteiro, quando este se comparou à Rainha de Inglaterra nos seus poucos poderes, e do controverso despacho que emitiu relativamente à acusação do caso Freeport. Certo é que estamos em crise e os submarinos seguem o seu rumo… Quanto ao Freeport, já conhecemos Sócrates, o político português que mais resistiu até hoje a todo o tipo de acusações de acusações e burlas… Assim vai a justiça portuguesa.