SOLDADOS AMERICANOS MATAVAM CIVIS AFEGÃOS POR DESPORTO

civil afegão sobrevivente às duras torturas por choques eléctricos das tropas da NATO

Cinco soldados dos EUA foram acusados de ter morto três civis afegãos por desporto. Coleccionavam dedos das pessoas que assassinavam, que exibiam como troféus. O sargento Calvin Gibbs, de 25 anos, era, ao que parece, o cabecilha do grupo e tinha estado antes no Iraque, onde já coleccionava dedos das pessoas que assassinava. Ele o soldado Jeremy Morlock, de 22 anos, participaram nos três assassinatos, no início deste ano. O primeiro destes assassinatos deu-se perto de Kandahar a 15 de Janeiro, quando mataram Gul Mudin, um homem sobre quem primeiro atiraram uma granada e depois terminaram a execução com tiros de espingarda. No segundo caso, em Fevereiro, mataram a tiro Marach Agha e puseram uma espingarda Kalashnikov ao lado do corpo para justificar a morte. Em Maio, executaram Mullah Adadhdad também com tiros e granada. O pai de outro dos acusados, Adam Winfield, revelou nesta quarta feira à Associated Press que o seu filho lhe tinha contado, em Fevereiro, o primeiro assassinato e dissera que o grupo queria matar mais afegãos. O pai alertou o exército norte-americano, mas a sua informação não foi tida em conta. Os cinco militares estão detidos numa base do Estado de Washington à espera de serem julgados pelo tribunal militar. Outros sete foram acusados de obstruir a investigação, de assalto à mão armada e de conspiração para cometer assalto e agressão.