A taxa de desemprego estimada pela OCDE para Portugal recuou em Julho para os 10,8%. Ainda assim, o país manteve-se no quarto lugar do ranking da organização no grupo dos países com os números do desemprego mais elevados. Portugal surge depois de Espanha, que subiu para os 20,3%, da República Checa (15%) e Irlanda (13,6%). Os valores mais baixos foram observados na Coreia do Sul, com uma taxa de desemprego de 3,7 por cento e na Áustria (3,8%), escreve a agência Lusa. No conjunto dos países da Organização para a Cooperação e Desenvolvimento Económico, a taxa manteve-se em Julho nos 8,5%, com o número de desempregados a manter-se nos 45,5 milhões de pessoas. As taxas de desemprego médias dos países da União Europeia e da Zona Euro mantiveram-se estáveis nos 9,6% e nos 10%.
O fundo criado em 2007 pela União Europeia (UE) para ajudar trabalhadores vítimas de despedimento colectivo provocado pela crise só usou 140 milhões dos dois mil milhões de euros que tinha disponíveis (7%), revelou o "Financial Times". Portugal recebeu 1,3 milhões, de duas candidaturas já aprovadas por Bruxelas. Afogado em burocracia e inicialmente pouco abrangente, o Fundo Europeu de Ajustamento à Globalização (FEG) tem, assim, ficado aquém do seu potencial. Principalmente se for tido em consideração que os despedimentos e consequente desemprego são um dos principais problemas sociais que a Europa enfrenta e aquele que, segundo o Eurobarómetro, mais preocupa os europeus. Em média, a CE leva 10 meses a aprovar as candidaturas ao fundo. Um prazo que obriga os governos a avançarem com a totalidade do dinheiro até chegar o financiamento comunitário. Estes prazos dilatados fazem com que algum do dinheiro possa ser depois devolvido, visto que alguns dos trabalhadores arranjam emprego entretanto. Dos 140 milhões de euros pagos por Bruxelas, 26 milhões tiveram de ser devolvidos. O fundo tem como objectivo ajudar os trabalhadores despedidos a receberem formação, reinserirem-se no mercado e mesmo formar a sua própria empresa.