BANCOS MUNDIAIS DESPEDEM 172.000

Basílio Horta, faz comentários pouco técnicos sobre a crise, comparando-a a um "terramoto"...

Bancos e seguradoras de todo o mundo anunciaram recentemente despedimentos que, todos somados, totalizam 172.000 postos de trabalho que vão passar a fazer parte das estatísticas de desemprego. Empresas “gigantes económicos” como a ING (holandesa) despede 7.000 de uma só vez. A OIT (Organização Internacional do Trabalho) revela-se muito preocupada com os alarmantes números que não parecem impressionar muito os políticos que não estabelecem estratégias de emergência face a esta verdadeira catástrofe de despedimentos, sem comparação em toda a história. Os países considerados “ricos” sobem a sua taxa média de desemprego para 7,1% da população activa, num total (até agora) de 36 milhões de pessoas sem trabalho, das quais cerca de 20% não têm direito sequer a nenhuma compensação financeira ou subsídio. Na América Latina e Ásia Oriental (onde se encontra a maior parte da linha de produção industrial da China) são geograficamente os locais no planeta onde estes números subiram de forma exponencial. A nível mundial vão-se somando valores de empresas multinacionais: Caterpillar (20.000), Pfizer/Wyeth (20.000), Boeing (10.000), Nec Tokin (9.500), Sprint Nextel (8.000), ING (7.000), Home Depot (7.000), Philips (6.000), Intel (6.000), Microsoft (5.000).

Como solução da crise em Portugal vamos tendo opiniões “especializadas” e “nada” genéricas como esta de Basílio Horta, Presidente da Agência Portuguesa para o Investimento e Comércio Externo de Portugal: comparou a crise internacional a um “abalo de terra que está a gerar uma angústia profunda, porque não sabemos o que havemos de fazer mais”. Com comentários desmoralizadores destes, sem apresentar soluções, Basílio Horta está a “concorrer” com o Mário Soares, para o 1.º lugar dos comentários políticos generalistas, não especializados e com linguagem “nada fashion”. Esperávamos mais de um presidente de tão elevada instituição financeira…