SINARQUIA NEGRA VS SINARQUIA BRANCA

os Bilderberg assumem-se como o poder máximo na Terra, a nata da nata da hierarquia dos Illuminati

“Se incumprir ao mais ínfimo do meu juramento, que me cortem a garganta, me arranquem o coração, os dentes e as entranhas e que os atirem ao fundo do mar. Seja queimado o meu corpo e as minhas cinzas espargidas pelo ar para que não reste nada de mim, nem sequer a memória entre os homens e entre os meus irmãos maçons". (Juramento maçónico, 1869)


«No ano 510 a.C. quando a tirania se desmoronou em Atenas […] Clisteneo, avô do popular Péricles, encarregou-se de reformar a constituição vigente e instaurar um governo colegial, ou seja, não eleito pelos cidadãos, mas formado por um grupo de sábios e místicos de renome. Chamou-lhes sinarquia e funcionou bastante bem durante décadas. Quem foi o real promotor da sinarquia? Durante a tirania e inclusivamente antes, os antigos gregos tinham aprendido a diferenciar os plutocratas (de plutos, ou “donos da riqueza”) do resto dos cidadãos porque a filosofia que aplicavam os primeiros era a pleonexia ou “desejo desmedido de posse”. De possuir tudo: produtos, escravos, terras, influência social e política… Com semelhante atitude, destruíram a antiga sociedade pastoril e igualitária, que durava desde tempos imemoráveis […] dando lugar a outra época em que a desigualdade se converteu em regra-geral, gerando guerras contínuas e actos violentos. Então apareceu uma classe de filósofos pré-socráticos chamada MESOI (ou conciliadores), que advogavam a recuperação do espírito da era antiga e para isso promoviam a teoria do equilíbrio […]. Para encontrar a virtude do novo poder era necessário criar instituições que regulamentassem as práticas comerciais desleais, a escravidão e o caos social, impedindo que os mais poderosos pudessem impor as suas condições a todos os outros. Desta forma aparece também a filosofia da arkhé ou harmonia, segundo a qual, os cidadãos (os habitantes da polis) apenas podiam desfrutar de igualdade (eumonía) se os acordos tomados entre eles livremente, fossem respeitados por todos. Segundo os filósofos, esta era a situação dos homens no princípio dos tempos, quando a sua harmonia na terra reflectia a de todo o universo.»

«Arkhé representava a correcta evolução de tudo quanto existe, um avanço paulatino em direcção à divindade, que idealmente devia estender-se a todos os âmbitos, não apenas no das relações políticas e sociais, como também na vida pessoal. Para vigiar a sua correcta aplicação, nomearam-se os arkhontes ou magistrados, encarregados de manter a ordem e a harmonia, os verdadeiros guardiães do “demos” (o povo). Clisteneo aplicou estas ideias criando o seu governo de sábios aconselhado pelos filósofos, que além disso, tinham a missão de instruir o povo através das academias ou centros de ensino. Assim se instituíram as bases da Grécia Clássica, na qual o seu neto Péricles instauraria a democracia, ou governo do povo (ainda que limitada, uma vez que não participavam nela as mulheres, escravos ou estrangeiros). Alguns autores afirmam que o momento actual da civilização se parece muito ao descrito nos parágrafos anteriores: o desejo desmedido de posse de uma minoria, destruiu a convivência social, a harmonia entre homem e mulher, o equilíbrio entre a natureza e o ser humano. […] Não está claro de onde surgiram os filósofos conciliadores, os autênticos impulsionadores daquela mudança, mas parece muito evidente a tentação de relacioná-los directamente com as sociedades secretas instituídas no Antigo Egipto e descendentes de cultos solares como os de Akhenaton. Quanto aos plutocratas, o número de cidadãos que apoiaram a sinarquia forçou-os a retirarem-se para segundo plano, mas a sua frustração não fez mais do que alimentar as suas ânsias de poder militar, económico e religioso e levou-os a pensar que, se um número de cidadãos, ainda que em maioria, podia agrupar-se e organizar-se para defender os seus interesses comuns, eles igualmente podiam superar as suas diferenças internas e construir a sua própria sinarquia. […] Uns filósofos, digamos, influenciados pelos descendentes dos cultos ao terrível deus Seth, inimigos por antonomasia dos primeiros. Talvez naquele momento tenha nascido a sinarquia branca a sinarquia negra. A primeira decidida a ajudar o ser humano a caminhar em direcção a um reino de paz e felicidade. A segunda, disposta a apoderar-se do território, da paz e da felicidade mas apenas para os seus membros, condenando todos os outros à escravidão.» (in, Illuminati, Paul H. Koch, Editorial Planeta SA, 2006, Barcelona).