Começou a retirada de cidadãos estrangeiros em Tóquio, uma das mais populosas cidades do Mundo, com o aumento dos níveis de radiação causado pela explosão de reactores na central nuclear de Fukushima. O nível de radiação na capital já é superior ao normal em 300 vezes, contrariando fonte do executivo municipal citada pela agência Reuters, "o nível de radiação ainda não apresenta riscos para a saúde". Cresce o alarme de um desastre nuclear - praticamente garantido - em torno da central nuclear de Fukushima, afectada em quatro dos seis reactores por um terramoto que devastou o país na passada sexta-feira. O reactor 4 sofreu um incêndio, e no número 2 houve uma explosão - a terceira em quatro dias naquela central. A água utilizada para baixar a temperatura está, por outro lado, a produzir o efeito contrário, podendo mesmo chegar a ferver, de acordo com a agência de notícias Kyodo. Enquanto isso, a zona continua a sofrer tremores de terra. Uma réplica de 6,3 atingiu hoje a região. O Governo japonês admite que possa ter-se "produzido uma fuga de materiais radioactivos", em especial por causa do incêndio, que "podem afectar a saúde humana".
As evacuações estenderam-se, por isso, a Tóquio, a cerca de 300 quilómetros. Os cidadãos estrangeiros começaram a ser retirados da capital, uma das mais populosas do Mundo, onde se detectaram pequenas quantidades de substâncias radioactivas como o césio. "O perigo de mais fugas de radiação está a crescer", advertiu o primeiro-minsitro, Naoto Kan, apelando porém à calma. De acordo com a Organização Mundial de Saúde, as medidas de evacuação garantem que não haja perigos de saúde para a população. A capital com mais de 13 milhões de habitantes, toda a população de Portugal, poderá ter de ficar deserta como ficou a cidade de Chernobyl. As consequências económicas para o país que tem a maior Dívida Pública do mundo, seriam tão devastadoras como uma III Guerra Mundial.